sábado, 25 de agosto de 2012

Duplicação pode diminuir o número de acidentes fatais na BR-101

Cronograma de obras foram antecipadas, com autorização da ANTT
Cronograma de obras foram antecipadas, com autorização da ANTT 

 Na última semana quatro acidentes graves foram registrados no trecho norte da BR-101. Quatro pessoas morreram nas duas batidas mais graves, uma em Morro do Coco, onde três pessoas morreram e outra envolvendo um caminhão de explosivos e um de telhas, tragédia que  resultou na morte de um dos condutores. Os casos trouxeram à tona novamente a discussão sobre a duplicação da rodovia.

De acordo com o Centro de Controle Operacional da Autopista Fluminense, concessionária que administra o trecho norte da rodovia de janeiro a julho deste ano, foram registrados  661 acidentes com 33 mortes, entre o km 0 e o km 144, divisa com o estado do Espírito Santo até Macaé.



IMPRUDÊNCIA
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a maioria dos acidentes é causada pela imprudência dos condutores e em trechos urbanos.

“No nosso trecho que fica da divisa com o Espírito Santo até Macaé, grande parte dos acidentes estão ligados a pressa, velocidade excessiva, ultrapassagem em local indevido e transitar pelo acostamento”, disse o PRF Iuri Guerra.

De acordo com o PRF, em Campos, é no trecho entre o Aeroporto e o distrito de Ururaí, que acontecem a maioria dos acidentes, para tentar reduzir o número de registro a polícia desenvolveu um trabalho em cima de estudos estatísticos.

“Nesse estudo identificamos os locais onde mais acontecem acidentes, horários e dias da semana. Desde o início do ano em todo país, depois da implantação desse projeto 330 mortes foram evitadas, se compararmos os dados do ano passado. E aqui na região não é diferente, é em cima desses dados que nós trabalhamos”, comentou.

Iuri disse ainda que o patrulhamento e as fiscalizações no trecho também foram intensificados.

Sobre a duplicação da rodovia o PRF comentou que já foram realizados estudos em outras estradas duplicadas sobre número de acidentes e mortes.

“Nessas estatísticas apontam que nos dois primeiros anos de duplicação há um aumento no número de mortes nas estradas, pois muitos condutores acabam abusando, e os acidentes são mais graves. Mas depois com aumento da fiscalização e sinalização os acidentes e mortes diminuem”, finalizou.

DUPLICAÇÃO
A reportagem do Site Ururau entrou em contato com a assessoria de imprensa da Autopista Fluminense para saber como estão as obras de duplicação da BR-101. Eles informaram que no trecho do km 84 até o km 144, de Campos a Macaé, estava prevista para acontecer entre 2017 e 2021. Mas no final do ano de 2009 a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a antecipação das obras, estas se iniciaram em agosto do ano passado, no trecho entre o Km 132 e o Km 144.

O investimento fica na casa dos R$ 200 milhões, atualmente a concessionária faz a pavimentação dos pontos e tem previsão de término de alguns segmentos para o mês de setembro.

Entre os km 102 e km 125, de Campos a Conceição de Macabu, as obras de duplicação estão entre a execução de bueiros e de terraplenagem. Etapas que devem ser concluídas no próximo ano.

Nestes dois trechos de obras e na pedreira, localizada em Macaé, cerca 380 operários estão envolvidos nas intervenções.

De acordo com a assessoria, as obras ocorrem conforme o cronograma e seguem concomitantemente às outras obras na rodovia, previstas em contrato.

 

OUTRO TRECHO
Segundo a Autopista do km 190 até o 261, de Casimiro de Abreu à Rio Bonito, no dia 14 de junho a concessionária recebeu do IBAMA, a Licença Prévia n° 433/2012, válida por um período de quatro anos, referente à duplicação da rodovia.

Agora a empresa trabalha no cumprimento das exigências da Licença Prévia que passará por analise e aprovação do IBAMA. Após cumprimento desta etapa, o órgão providenciará a emissão da Licença de Instalação, documento fundamental para o início das obras. Mas ainda sem data prevista.

De acordo com o Programa de Exploração da Rodovia (PER), a duplicação total irá abranger o trecho entre o km 84,6, em Campos até o km 261,2, em Rio Bonito, até o 9º ano da concessão em 2017.

Para o restante do trecho a ser duplicado, a Concessionária aguarda a emissão das licenças ambientais.




Dorlany Del Esposti

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