quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

HOJE É ISSO QUE EU QUERO FALAR!

Quem observa o vento, nunca semeará ...

Viver não é difícil, 
mas a gente complica.

Queremos entender tudo, 
saber tudo, 
ter a ciência e as ferramentas 
e construir um mundo que, 
na realidade, 
está muito além de nós.

Cada dia que passa nos 
surpreendemos com os acontecimentos, 
como se não fossem previsíveis 
e tentamos construir à nossa volta 
a redoma que vai nos proteger e 
dar abrigo aos nossos.

O que acontece aos outros 
pode nos acontecer, 
como o ar que invade cada narina 
dos animais e dos homens 
e os torna iguais, 
mortais e dependentes de 
uma força Maior.

Essa realidade às vezes nos choca, 
como se não fôssemos, 
cada um, 
o outro para um outro.

E ter consciência da vida, 
da sua fragilidade e beleza não 
deveria nos intimidar.

Cada dia basta a si mesmo 
e se as dores de ontem continuam 
doendo no peito, 
as possíveis alegrias do amanhã 
devem nos fazer olhar para 
o momento presente e construir 
com ele o melhor que podemos 
com as nossas mãos.

Precisamos viver agora como 
se o instante seguinte não fosse 
existir e fazer de cada momento 
o mais precioso de todos.

Precisamos dar de nós 
com a consciência que o que fazemos 
ou deixamos de fazer fica enraizado 
nos que prosseguem nosso caminho.

O amor, o ódio, 
a esperança e a desilusão 
são sementes que plantamos.

O sorriso é o sol que oferecemos 
e o abraço o calor que 
abriga a vida.

Cada instante temos escolhas, 
cientes ou inconscientes e elas 
constroem o que somos 
ou deixamos de ser.

Quem observa o vento, 
nunca semeará. 
Mas aquele que estuda seu 
coração e olha para o Alto, 
esse possuirá campos imensos 
e nada lhe será recusado.

Deus ama ao que dá 
com alegria e oferece com 
alegria ao que ama.

Se tiver que deixar uma 
herança aqui na terra, 
que seja esta: 
o bem que você fez sem 
contar e sem escolher.

Somos todos sim, 
construídos do mesmo barro, 
mas nosso coração se 
modela cada dia, 
com cada lição, 
cada porta que abrimos, 
cada mão que oferecemos.
TEXTO: Letícia Thompson

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