Manifestantes não aceitaram proposta de retornar o trabalho por uma semana
Representantes das 12 empresas de ônibus que atuam em Campos e o presidente do sindicato dos rodoviários do município se reuniram com o poder público na manhã desta quarta-feira (30/04) para falar sobre a greve dos rodoviários que completa quatro dias.
Os manifestantes foram recebidos pelo secretário de Comunicação, Mauro Silva, presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), Álvaro Oliveira, secretário de Administração, Fábio Ribeiro e o subprocurador do município, Francisco Martins.
Entre as indagações dos manifestantes estava a possível demora no repasse da verba da prefeitura para as empresas de ônibus, que segundo um dos rodoviários é alegado constantemente pelos empresários.
Sobre isso, o presidente do IMTT, Álvaro Oliveira respondeu que: “A lei prevê que a gente pague adiantado às empresas, não é em dia, é adiantado. Todo o dia 10 de cada mês a gente paga 70%, 80% adiantado. Quando chega o dia 30 a gente bate conta do que ela rodou, paga o restante e já adianta para o outro mês. Na verdade eles recebem na frente. De 2009 a 2012 a prefeitura pagou as empresas R$113.608,772,12, no ano de 2013 pagou R$30.79,245,64, e em 2014 até março pagou R$8.012,605 e agora no mês de abril nós já adiantamos lá atrás R$2.039,245,24 e vamos compensar agora dia 30 para poder pagar o restante do mês adiantado de novo. Então a prefeitura já pagou até hoje as empresas R$153.739,867”, explicou.
Para tentar minimizar os danos que a paralisação vem criando, foi proposto pelo secretário de administração, Fábio Ribeiro, que os manifestantes mantivessem o estado de greve e voltassem a atuar por uma semana enquanto a prefeitura tenta conseguir um acordo.
“Ficou claro nessa reunião que a prefeitura não tem qualquer envolvimento e não cabe cair na conta do poder público essas questões. Nós estamos aqui em defesa do povo, nós somos o terceiro interessado. Isso é uma questão dos rodoviários e as empresas de ônibus. A prefeitura está em defesa do povo. Foi decidido o encontro no IMTT com o presidente do patronal para que essa situação seja resolvida. O que a prefeita quer são ônibus novos para dá mais conforto e segurança a população”, ressaltou o secretário de comunicação, Mauro Silva.
Para reforçar ainda mais a luta pela conquista dos direitos dos rodoviários, o subprocurador do município, Francisco Martins, sugeriu que o caso fosse levado ao Ministério Público do Trabalho.
“A gente quer o Ministério Público do Trabalho e por que o Ministério Público do Trabalho nessa questão? Porque através dele pode ser firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) onde os empresários se comprometem a cumprir essa e outras regras. O Ministério Público é um canal para isso. O que a gente pode fazer é intermediar essa situação”, recomendou.
No fim da reunião, os representantes se reuniram junto a multidão que aguardava do lado de fora da sede da prefeitura e seguiram para a sede do IMTT, na Rua Salvador Corrêa, no Centro.
Fonte: Ururau/Show Francisco
Nenhum comentário:
Postar um comentário