Proposta polêmica visa tirar o peso do voto em favor da continuidade do programa de transferência de renda
Bolsa-Família entra na berlinda por uso eleitoreiro
Bolsa-Família entra na berlinda por uso eleitoreiro
(Foto: Prefeitura de Maceió)
O Bolsa Família (BF) é um programa de transferência direta de renda que integra o plano Brasil sem Miséria e que atende a famílias em situação de pobreza, com renda per capita inferior a R$ 70 mensais. A exemplo de outras iniciativas, como o Bolsa Escola, o Auxílio Gás, o Prouni, o Pronatec, o Auxílio-Reclusão, o Minha Casa Minha Vida ou o Vale Gás, o Bolsa Família consiste em ajuda financeira direta ou indireta. O BF requer como contrapartida que os beneficiários mantenham seus dependentes vacinados e na escola.
Considerado uma das principais iniciativas de combate à pobreza em todo o mundo pela revista The Economist, o programa recebeu a atenção de governos de diversos países. Há três anos, a presidente Dilma Rousseff anunciou a expansão do BF, atendendo a mais de 13 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema.
Apesar disso, o programa está longe de ser uma unanimidade, uma vez que tem forte apelo eleitoral e atinge direta ou indiretamente 23% do eleitorado. Tática usual da campanha de Dilma tem sido a de consolidar os votos dos bolsistas e acenar que outro candidato – Marina ou Aécio – poderia representar o fim do programa. É a tática do medo.
Talvez por isso, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (PR) esteja propondo que os beneficiários de qualquer programa de transferência de renda – como o BF - não tenham o direito a voto nas esferas municipal, estadual ou federal. A entidade entende que o benefício contamina o processo eleitoral e vicia o eleitor que interpreta a continuidade do Governo cedente à manutenção do benefício.
O polêmico documento provocou reações e recebeu críticas por ferir direitos previstos na Constituição. Porém, a ideia acende os holofotes e promove uma discussão sobre o tema. E o debate não seria banal. Dentro desta lógica, banqueiros que financiam campanhas e pesquisadores com bolsas de estudo científicas – algumas até internacionais – entrariam no mesmo balaio dos excluídos?
É uma discussão que poderá levar à saudável à revisão do grande número de benefícios que divide o país em castas, sem considerar outros fatores que não os econômicos – como a idade ou integridade física do cidadão, por exemplo.
O leitor acha que cabe essa discussão?
O Bolsa Família (BF) é um programa de transferência direta de renda que integra o plano Brasil sem Miséria e que atende a famílias em situação de pobreza, com renda per capita inferior a R$ 70 mensais. A exemplo de outras iniciativas, como o Bolsa Escola, o Auxílio Gás, o Prouni, o Pronatec, o Auxílio-Reclusão, o Minha Casa Minha Vida ou o Vale Gás, o Bolsa Família consiste em ajuda financeira direta ou indireta. O BF requer como contrapartida que os beneficiários mantenham seus dependentes vacinados e na escola.
Considerado uma das principais iniciativas de combate à pobreza em todo o mundo pela revista The Economist, o programa recebeu a atenção de governos de diversos países. Há três anos, a presidente Dilma Rousseff anunciou a expansão do BF, atendendo a mais de 13 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema.
Apesar disso, o programa está longe de ser uma unanimidade, uma vez que tem forte apelo eleitoral e atinge direta ou indiretamente 23% do eleitorado. Tática usual da campanha de Dilma tem sido a de consolidar os votos dos bolsistas e acenar que outro candidato – Marina ou Aécio – poderia representar o fim do programa. É a tática do medo.
Talvez por isso, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (PR) esteja propondo que os beneficiários de qualquer programa de transferência de renda – como o BF - não tenham o direito a voto nas esferas municipal, estadual ou federal. A entidade entende que o benefício contamina o processo eleitoral e vicia o eleitor que interpreta a continuidade do Governo cedente à manutenção do benefício.
O polêmico documento provocou reações e recebeu críticas por ferir direitos previstos na Constituição. Porém, a ideia acende os holofotes e promove uma discussão sobre o tema. E o debate não seria banal. Dentro desta lógica, banqueiros que financiam campanhas e pesquisadores com bolsas de estudo científicas – algumas até internacionais – entrariam no mesmo balaio dos excluídos?
É uma discussão que poderá levar à saudável à revisão do grande número de benefícios que divide o país em castas, sem considerar outros fatores que não os econômicos – como a idade ou integridade física do cidadão, por exemplo.
O leitor acha que cabe essa discussão?
Terceira Via/Show Francisco
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