quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mesmo com a seca, pescadores conseguem lucrar com o Rio Paraíba

Pescador João Cláudio Souza, de 44 anos, consegue levar para casa uma média de 25 quilos de carpa por dia
Mesmo com a seca, pescadores conseguem lucrar com o Rio Paraíba (Foto: Silvana Rust / JTV)

Mesmo com a seca e tanta disputa entre os estados brasileiros por recursos hídricos e diante do despejo de esgoto sem tratamento nas águas do rio Paraíba do Sul, pescadores continuam a contar e lucrar com seus peixes. É o caso dos pescadores João Cláudio Souza, de 44 anos e o irmão José Roberto Souza, de 42 anos, que conseguem levar para casa uma média de 25 quilos de carpa, por dia. Cada quilo eles vendem a R$ 10, abastecendo quiosques da Beira Rio.

“Meu pai era pescador e desde pequeno vivo no meio da pesca. Nunca vi uma seca como essa. Mas para te falar a verdade, todos pensam que os peixes estão no fundo do rio, e não estão. Pesco os peixes com a água atingindo minhas canelas. A situação é difícil para quem depende do Rio Paraíba do Sul, mas assim como ele, nós pescadores conseguimos driblar as dificuldades”, disse o pescador João Cláudio sem revelar o ponto de pesca.

O Rio Paraíba do Sul vem registrando os mais baixos índices, desde que a medição do nível passou a ser feita, há cerca de 90 anos. 

Em meio a tanta dificuldade, a transposição do Rio Paraíba do Sul vem sendo debatida por autoridades da cidade. O projeto do governo de São Paulo visa captar água da bacia hidrográfica, com o objetivo de abastecer o sistema Cantareira. Para discutir o assunto, o procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira, foi convidado a participar de uma audiência pública na Câmara Municipal

O despejo de esgoto sem tratamento nas águas do rio Paraíba do Sul é outra discussão. O Ministério Público Federal (MPF) em Campos celebrou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Concessionária Águas do Paraíba e três condomínios em Campos (edifícios Barcelos Martins, Tancredo Neves e João Paulo II) para que se encerrem o despejo de esgoto sem tratamento nas águas do rio Paraíba do Sul. Os prédios existem há mais de 25 anos e possuem mais de 360 apartamentos, com cerca de 1.400 moradores. 



Terceira Via/Show Francisco




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