Auxiliadora aprova audiência para debater maioridade penal

O avanço na discussão da redução da maioridade penal para 16 anos está gerando polêmica em todo país. Em Campos, não está sendo diferente. A vereadora Professora Auxiliadora Freitas (PHS) apresentou e aprovou, por unanimidade, pedido de audiência pública para debater o tema com autoridades e com a sociedade civil no parlamento. A data ainda será marcada pela Mesa Diretora. 

Segundo Auxiliadora Freitas, uma comissão de jovens procurou o seu gabinete e também o do vereador Rafael Diniz solicitando a realização da Audiência Pública na Câmara.

– Eu sei que a maioridade penal não é de nossa competência. Está sendo discutido no brasil inteiro com intensidade. Tivemos um encontro com os jovens da nossa cidade e eles pediram a nossa comissão e ao vereador Rafael Diniz para que possamos discutir de alguma forma a questão da redução da maioridade penal. É de extrema importância que encontremos caminhos, alternativas, para eles não sofrerem com as consequências da violência e da criminalidade. Precisamos envolver a juventude nesta discussão e dar a nossa contribuição no momento que este assunto é debatido nacionalmente – disse Auxiliadora.

Já o vereador Rafael Diniz afirmou que a população campista precisa demonstrar para o Congresso Nacional qual é o seu posicionamento sobre o assunto:

– Não custa mostrarmos para o Congresso Nacional o que a Câmara de Campos e a juventude de Campos pensa sobre o assunto. Será que nós temos que nos omitir no debate se a redução da maioridade vale ou não à pena? – ponderou.

Durante a discussão da matéria, Auxiliadora foi aparteada pelos vereadores Genásio, Fred Machado e Abdu Neme. Enquanto Genásio questionou a capacidade do Estado de suportar mais presos, e Fred ter abordado a questão sob a ótica dos direitos humanos, Abdu foi incisivo ao se declarar favorável à redução da maioridade penal:

– Não tem cabimento um jovem que comete um crime hediondo que ele seja tratado de forma igual a quem comete crime de roubo. Não tem que ter maioridade para quem comete crime hediondo – enfatizou Abdu Neme.

Auxiliadora Freitas finalizou sua justificativa enfatizando a necessidade de fazer com que o jovem faça o caminho do bem:

– O que a gente precisa é de educação de qualidade – concluiu.

Campos 24 Horas/Show Francisco 
Foto: Ascom