Trabalhadores fazem 28 viagens por exacala para dormir em anexo
Para dormir em um leito, os petroleiros - que fazendo reparo na P-65 - são obrigados a fazer transbordos diários, para um navio sonda fundeado próximo a unidade ou a terra firme, quando o tempo não permite pouso devido o mar revolto.
Segundo denúncia feita pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (SindipetroNF), os profissionais são obrigados fazer duas viagens por dia, durante o turno de trabalho (navio apoio – plataforma – navio apoio) ou para terra correndo sério risco de acidente. Se ficarem retidos na plataforma, acabam sem alimentação, banho, roupas limpas e cama para dormir durante a troca de turno.
O problema se arrasta desde 2011, quando a Petrobras iniciou a reforma da plataforma flutuante P-65. Equipes de reparo foram contratadas ou remanejadas para o serviço. Como a plataforma já está com sua tripulação completa, a opção para evitar que os trabalhadores ficassem sem suas horas de sono foi instalar um navio sonda próximo para servir de alojamento.
O entrave surgiu com a troca de turnos. Apesar dos alertas do sindicato, a Petrobras insistiu no início das obras agendando transbordos diários e impondo riscos aos trabalhadores. Além disso, compromete ainda mais a já sobrecarregada demanda de transporte aéreo da região. Segundo a diretoria da Sindipetro, um trabalhador embarcado na P-65 e que realiza esse reparo chega a fazer 28 viagens de helicóptero em sua escala de plantão.
O risco para os petroleiros está nesse transbordo, porque dependendo do tempo, a aeronave não consegue decolar ou mesmo pousar no navio de apoio. Com isso, os profissionais são levados para terra apenas com os macacões de trabalho. Para retornar a plataforma – já que não estavam com documentação – são fotografados e somente com esse arquivo são autorizados a fazer a viagem de retorno.
O sindicato conseguiu depois de anos de luta e reclamação, fazer com que a Petrobras suspensa esses transbordos e “desacelere” as operações de reparo. “É a mesma coisa que se trocar o pneu furado, com o carro andando” declara Marcos Frederico Dias Brêda, presidente sindical.
Terceira Via/Show Francisco
Tânia Garabini
Para dormir em um leito, os petroleiros - que fazendo reparo na P-65 - são obrigados a fazer transbordos diários, para um navio sonda fundeado próximo a unidade ou a terra firme, quando o tempo não permite pouso devido o mar revolto.
Segundo denúncia feita pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (SindipetroNF), os profissionais são obrigados fazer duas viagens por dia, durante o turno de trabalho (navio apoio – plataforma – navio apoio) ou para terra correndo sério risco de acidente. Se ficarem retidos na plataforma, acabam sem alimentação, banho, roupas limpas e cama para dormir durante a troca de turno.
O problema se arrasta desde 2011, quando a Petrobras iniciou a reforma da plataforma flutuante P-65. Equipes de reparo foram contratadas ou remanejadas para o serviço. Como a plataforma já está com sua tripulação completa, a opção para evitar que os trabalhadores ficassem sem suas horas de sono foi instalar um navio sonda próximo para servir de alojamento.
O entrave surgiu com a troca de turnos. Apesar dos alertas do sindicato, a Petrobras insistiu no início das obras agendando transbordos diários e impondo riscos aos trabalhadores. Além disso, compromete ainda mais a já sobrecarregada demanda de transporte aéreo da região. Segundo a diretoria da Sindipetro, um trabalhador embarcado na P-65 e que realiza esse reparo chega a fazer 28 viagens de helicóptero em sua escala de plantão.
O risco para os petroleiros está nesse transbordo, porque dependendo do tempo, a aeronave não consegue decolar ou mesmo pousar no navio de apoio. Com isso, os profissionais são levados para terra apenas com os macacões de trabalho. Para retornar a plataforma – já que não estavam com documentação – são fotografados e somente com esse arquivo são autorizados a fazer a viagem de retorno.
O sindicato conseguiu depois de anos de luta e reclamação, fazer com que a Petrobras suspensa esses transbordos e “desacelere” as operações de reparo. “É a mesma coisa que se trocar o pneu furado, com o carro andando” declara Marcos Frederico Dias Brêda, presidente sindical.
Terceira Via/Show Francisco
Tânia Garabini
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