quarta-feira, 1 de julho de 2015

Pais e professores denunciam qualidade da merenda escolar de Campos

Os alunos reclamam da cor da carne, da falta de tempero e sabor nos alimentos 

Professores de creches municipais denunciam a qualidade da merenda oferecida nas escolas de Campos. Os docentes – que tiveram a identidade preservada – afirmam que os problemas com a alimentação dos alunos são corriqueiros. Nas redes sociais, pais também reclamam da situação. Segundo eles, a comida é enviada de forma fracionada para as escolas fazendo com que o cardápio – determinado por uma nutricionista – nunca seja cumprido.

Conforme publicado no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a gestão da prefeita Rosinha recebeu no dia seis de março, a quantia de R$ 504.729,20 (quinhentos e quatro mil setecentos e vinte e nove reais e vinte centavos). Esta verba é oriunda do governo federal e destinada à alimentação dos alunos da rede pública. Três empresas do Rio Grande do Sul foram contratadas – sem licitação – para fornecer alimentos às unidades escolares.

O grupo de docentes disse que os alunos reclamam da cor da carne, da falta de tempero e do sabor dos alimentos, sendo que por diversas vezes falta até carne. “É constante o fato de as merendeiras terem de recorrer às cozinhas de suas próprias casas, para prepararem um alimento de melhor qualidade para as crianças nas escolas. É uma situação muito difícil. A prefeita precisa acordar, todos os setores de Campos estão indo por água abaixo”, comentou o grupo.

A Câmara de Vereadores também foi criticada pelo grupo. “Eles (vereadores) deveriam agir e fiscalizar, afinal de contas estas são crianças que têm na merenda escolar sua principal refeição diária. Se esse pessoal também não ajudar, a situação nunca mudará”, afirmaram.

Jéssica Alves tem três filhos matriculados em uma creche do Parque Guarus. De acordo com a auxiliar de serviços gerais, as crianças têm voltado para casa com fome. “Eu preciso trabalhar para sustentar as crianças. A creche é minha saída para economizar na comida em casa, mas elas não têm se alimentado direito na unidade escolar. As professoras dizem que não têm comida suficiente e elas têm se virado como podem para não dispensar as crianças”, afirmou.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões para este fato.
Terceira Via/Show Francisco
Patricia Barreto




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