Até pé de galinha com unha já foi servido como refeição
Para evitar que haja falta de comida nas plataformas, os petroleiros estão transportando em seus pertences pessoais, sacos de arroz e de café para a unidade P-33, na Bacia de Campos, a pedido da empresa Gastroservice, responsável pelo serviço de hotelaria a bordo.
O desabastecimento vem acontecendo há tempo. E foi descoberto pelo diretor do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, durante acompanhamento de embarque de profissionais no heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, na manhã desta terça-feira (30). Os petroleiros, em fevereiro apresentaram relatório que foi repassado à Petrobras, no qual alegam que até pé de galinha com unha foi servido em refeição. Outra denúncia é de que não havia coleta constante do lixo e, com isso, moscas e outros insetos infestavam a plataforma.
Segundo informa Sérgio Borges, ele notou o peso extra que os petroleiros carregavam e encontrou um funcionário da empresa se aproximando dos trabalhadores e pedindo para colocar os sacos de cinco quilos de arroz em suas malas de viagem.
"Ao questionar o motivo, fui informado pelo funcionário de que eles deveriam distribuir o arroz entre as pessoas que estariam embarcando e que, provavelmente, isso aconteceu porque o rancho da plataforma está com falta do produto. O empregado ainda afirmou que durante a semana ele teve que embarcar pó de café para outras unidades, e que essa prática é mais comum do que parece", disse Borges.
O diretor geral do sindicato Marcos Breda acredita que isso é falta de planejamento da empresa e pode ser tornar algo grave porque para cada turno de trabalho - quem fornece alimentação - tem que prever o consumo de uma semana e mais 30% desse volume, para casos em que a equipe de plantão permaneça mais tempo e não haja possibilidade de transporte de alimento. Marcos Breda comentou que isso acontece também por falta de cobrança e fiscalização da Petrobras em relação ao serviço de hotelaria nas plataformas.
Breda lembra que em fevereiro deste ano os trabalhadores dessa mesma plataforma denunciaram problemas de hotelaria. "Chegaram ao extremo de servir pé de galinha com unha e tudo", lembra o sindicalista. Esse e outros problemas foram relatados em ata durante assembleia. As reclamações são feitas em relação à empresa Gastroservice e o material oferecido.
Na época, os petroleiros afirmaram que o cardápio era “repetido”. A alternância era carne picada ou moída. Os bifes eram de péssima qualidade e o feijão servido com grande quantidade de água. A comida era servida com muito óleo e salgada. E a ceia era de baixíssima qualidade a ponto de servirem pé de galinha com unha e no café da manhã havia falta de laticínios e a pouca variedade de fruta.
No âmbito da higiene, a P-33 não recebia coleta de lixo e, com isso, os sacos se acumulavam no convés causando mau cheiro e infestação de moscas, que proliferam junto com baratas nos refeitórios e camarotes. Estes ambientes não recebiam a higienização devida, além de não ter toalhas e forros de cama condizentes.
Terceira Via/Show Francisco
Tânia Garabini
Para evitar que haja falta de comida nas plataformas, os petroleiros estão transportando em seus pertences pessoais, sacos de arroz e de café para a unidade P-33, na Bacia de Campos, a pedido da empresa Gastroservice, responsável pelo serviço de hotelaria a bordo.
O desabastecimento vem acontecendo há tempo. E foi descoberto pelo diretor do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, durante acompanhamento de embarque de profissionais no heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, na manhã desta terça-feira (30). Os petroleiros, em fevereiro apresentaram relatório que foi repassado à Petrobras, no qual alegam que até pé de galinha com unha foi servido em refeição. Outra denúncia é de que não havia coleta constante do lixo e, com isso, moscas e outros insetos infestavam a plataforma.
Segundo informa Sérgio Borges, ele notou o peso extra que os petroleiros carregavam e encontrou um funcionário da empresa se aproximando dos trabalhadores e pedindo para colocar os sacos de cinco quilos de arroz em suas malas de viagem.
"Ao questionar o motivo, fui informado pelo funcionário de que eles deveriam distribuir o arroz entre as pessoas que estariam embarcando e que, provavelmente, isso aconteceu porque o rancho da plataforma está com falta do produto. O empregado ainda afirmou que durante a semana ele teve que embarcar pó de café para outras unidades, e que essa prática é mais comum do que parece", disse Borges.
O diretor geral do sindicato Marcos Breda acredita que isso é falta de planejamento da empresa e pode ser tornar algo grave porque para cada turno de trabalho - quem fornece alimentação - tem que prever o consumo de uma semana e mais 30% desse volume, para casos em que a equipe de plantão permaneça mais tempo e não haja possibilidade de transporte de alimento. Marcos Breda comentou que isso acontece também por falta de cobrança e fiscalização da Petrobras em relação ao serviço de hotelaria nas plataformas.
Breda lembra que em fevereiro deste ano os trabalhadores dessa mesma plataforma denunciaram problemas de hotelaria. "Chegaram ao extremo de servir pé de galinha com unha e tudo", lembra o sindicalista. Esse e outros problemas foram relatados em ata durante assembleia. As reclamações são feitas em relação à empresa Gastroservice e o material oferecido.
Na época, os petroleiros afirmaram que o cardápio era “repetido”. A alternância era carne picada ou moída. Os bifes eram de péssima qualidade e o feijão servido com grande quantidade de água. A comida era servida com muito óleo e salgada. E a ceia era de baixíssima qualidade a ponto de servirem pé de galinha com unha e no café da manhã havia falta de laticínios e a pouca variedade de fruta.
No âmbito da higiene, a P-33 não recebia coleta de lixo e, com isso, os sacos se acumulavam no convés causando mau cheiro e infestação de moscas, que proliferam junto com baratas nos refeitórios e camarotes. Estes ambientes não recebiam a higienização devida, além de não ter toalhas e forros de cama condizentes.
Terceira Via/Show Francisco
Tânia Garabini
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