Thiago Braz da Silva, 22 anos, conquistou o ouro no salto com vara e Arthur Zanetti com a prata nas argolas
Fonte: Campos 24h
Fonte: Campos 24h
A história do esporte brasileiro ganhou no final da noite de segunda-feira, no Engenhão, mais um herói. Thiago Braz da Silva, 22 anos, conquistou o ouro no salto com vara e arrancou o grito de “é campeão!” da arquibancada. Ele voou a 6,03m de altura e quebrou o recorde olímpico. A marca anterior, de 5,97m havia sido estabelecida em 2012, nos Jogos de Londres, pelo francês Renaud Lavillenie, que, no Rio, ficou com a prata. Foi a segunda vez nesta edição dos Jogos que os donos da casa subiram no lugar mais alto do pódio.
Thiago conquistou a 15ª medalha olímpica brasileira no atletismo na história, a primeira no salto com vara. Ele se junta a Adhemar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz e Maurren Maggi, que deram ao Brasil, juntos, quatro medalhas douradas no esporte mais nobre das Olimpíadas.
Nesta segunda-feira, Thiago confiou na própria capacidade. Quando falhou na primeira tentativa de saltar a 5,98m, preferiu desistir e esperar para tentar o tudo ou nada quando o sarrafo subisse mais cinco centímetros. Naquele momento, parecia que Lavillenie, ainda sem ter cometido uma falta sequer, conquistaria o bi. Mas o francês derrubou o sarrafo no primeiro salto. Logo depois, Thiago, obteve sucesso, levando a torcida ao delírio.
A partir daquele momento, restava a ele secar o concorrente. Depois do segundo e do terceiro erros de Lavillenie, o brasileiro, natural de Marília (SP), pôde comemorar. Thiago e todo o Engenhão.
Depois de chocar o mundo em Londres-2012 – ao conquistar o primeiro ouro brasileiro na ginástica -, Arthur Zanetti não conseguiu repetir o feito no Rio de Janeiro e terminou com uma medalha de prata nas argolas. Nesta segunda-feira, na Arena Olímpica, localizada na Barra da Tijuca, o brasileiro terminou na segunda posição ao ser superado pelo grego Eleftherios Petrounias, que ficou com o ouro. O russo Denis Abliazin completou o pódio com um bronze.
Arthur Zanetti fica atrás de rival grego e fatura a prata nas argolas
Petrounias fez uma prova bem executada, firme, sem cometer nenhum erro. Por fim, ainda cravou a saída com perfeição e recebeu um 16,000, igualando a melhora nota de toda sua carreira. Zanetti, para isso, precisava atingir a maior nota da sua vida, um 16,050, que conseguiu em uma etapa da Copa do Mundo realizada em maio do ano passado, em São Paulo. Mas não deu. Apesar de uma boa apresentação, tirou apenas 15,766 e terminou em segundo lugar.
Natural de São Caetano do Sul (SP), Zanetti era um dos favoritos ao ouro, já que, após a conquista em Londres-2012, se tornou campeão mundial nas argolas em 2013, foi segundo colocado em 2014 e colecionou várias medalhas em etapas de Copa do Mundo.
Seus maiores rivais eram justamente Eleftherios Petrounias e Yang Liu. O grego foi campeão mundial em 2015 e também superou o brasileiro na classificatória da primeira semana dos Jogos. Apesar disso, vale lembrar que em abril deste ano, durante evento-teste no Rio, Zanetti ficou com o ouro ao derrotar justamente o grego em uma disputa apertada, vencendo por 15,866 a 15,833.
Já o chinês foi responsável por colocar um ponto final no reinado de Zanetti há dois anos. No Mundial de 2014, realizado na China, Yang Liu desbancou o brasileiro ao somar 15,933, contra 15,733, e ficar com a medalha de ouro nas argolas. Ele também foi o melhor ginasta na classificatória do aparelho na Rio-2016. Com 15,900, deixou para trás Zanetti e Petrounias.
Empurrado pela torcida, Brasil vence a França e garante uma vaga nas oitavas
O palco era o mesmo de um ano atrás. Em 2015, no mesmo Maracanãzinho, o Brasil sofreu uma dura derrota pra a França na Liga Mundial e acabou eliminado ainda na primeira. Porém, neste segunda -feira, os papéis se inverteram. Empurrados pela torcida e sob os gritos de ‘O campeão voltou’, os brasileiros bateram os franceses por 3 sets a 1 (25/22, 22/25, 25/20 e 25/23). e garantiram uma vaga nas oitavas de final do vôlei. De quebra, ainda eliminaram a poderá equipe francesa da Rio-2016.
A tensão dos últimos quatro dias ficava para trás. O time se reerguia depois de reveses para os EUA e a Itália. Depois de ter ficado sob ameaça de repetir o pior resultado de sua história: um nono lugar nos Jogos da Cidade do México 1968. Com a vitória, terminou na quarta colocação do Grupo A e enfrentará a Argentina, primeira do B, nas quartas de final. Os italianos vão medir forças com o Irã. Polônia, Rússia, EUA e Canadá vão ter seus confrontos definidos por sorteio.
SHOW FRANCISCO
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