quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Limpeza e manutenção do HFM param por falta de pagamentos



Foto: Jhonattan Reis

Cerca de 25 funcionários do Hospital Ferreira Machado (HFM) realizaram uma manifestação em frente à unidade, na manhã desta quarta-feira (21), por falta de pagamentos. Segundo eles, o problema acontece com trabalhadores das áreas de serviços gerais, cozinha e manutenção. Há profissionais que não teriam recebido salários de outubro e outros que estariam sem receber os vencimentos de outubro e novembro. Todos seriam pagos pelo sistema de Recibo de Pagamento de Autônomos (RPA). Eles apontaram possibilidade de paralisação de atividades nesta quarta. A Prefeitura informou que “a folha de RPA está em processamento e logo em seguida será paga”.

Os trabalhadores se reuniram, às 10h, em frente ao HFM, com cartazes com diversas frases de protesto, como “Vamos passar o Natal sem pôr na mesa o pão”, “Pagamentos!!! Chega de promessas e juramentos!!!”, “Prefeita Rosinha, estamos aguardando nosso pagamento de novembro... Onde está o dinheiro?”, “Paralisação” e “O que dizer para o meu filho na noite de Natal?”.

De acordo com os trabalhadores, eles teriam sido informados, em reunião no hospital, na semana passada, que “a Prefeitura não terá dinheiro para pagar a eles”. Funcionária de serviços gerais, Tânia Cachaldora, 58 anos, disse que são aproximadamente 100 funcionários da limpeza nesta situação.

Em nota, o secretário de Gestão e Contratos, Fábio Ribeiro, informou que "a prefeitura está rigorosamente em dia com a Prime".

Transtornos - Os trabalhadores que estavam no protesto contaram que estão passando por transtornos por conta da falta de pagamento. Eles também disseram que estão preocupados com a situação. “Pelo visto, meu Natal vai ser triste. Tenho dois filhos e estou há dois meses sem receber. Complicado”, disse a serviços gerais Rosângela Machado, 47 anos.

Morador de Dores de Macabu e também funcionário de serviços gerais, Adelson de Almeida, 57 anos, pediu atenção das autoridades. “A gente merece. Saio de Dores às 4h, para chegar ao hospital 6h e estar aqui lutando, porque preciso comprar as coisas para meus filhos. Daí para chegar agora, no Natal, e eu não ter meu pagamento?”, questionou ele, que finalizou: “Eu hoje saí de casa com aquela incerteza, mas mesmo assim estou aqui para trabalhar. Adoro trabalhar nesse hospital, mas não estão nos dando valor para gente trabalhar bem”, relatou.
Fmanha/Show Francisco

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