Nível do rio Paraíba aumenta e entra em estado de atenção

Daniela Abreu/Foto: Leitora/ Ellena Monteiro Azevedo e Rodrigo Silveira

Quem tem o hábito de deixa o carro no Cais da Lapa, perdeu a vaga. Com a chegada das águas que vêm das cabeceiras dos rios Muriaé e Paraíba do Sul e de seus afluentes, o nível do Paraíba, em Campos, se elevou e atingiu parcialmente o local na manhã desta sexta. Em toda a região, Norte e Noroeste do estado, por mais que a situação do nível dos rios esteja sob controle, com margem para elevação, a preocupação é com os deslizamentos de encostas. As Defesas Civis dos municípios já emitiram alerta para quem mora em locais apontados como de alto risco para evitar pernoitar em suas casas. Em Itaocara, três famílias estão desalojadas pela proximidade de áreas de encosta.

Segundo informações do diretor executivo da Defesa Civil em Campos, major Edison Pessanha, a situação do rio Paraíba ainda não traz grande preocupação para os campistas. Na última medição desta sexta, às 18h, o nível estava em 8,42 m. A cota de transbordo, que já foi de 9,60 m, atualmente, após retirada de famílias de áreas de risco de enchente, como Ilha do Cunha, é de 10,40 m. Ainda de acordo com o major, a previsão de chuvas para a região deve ir até quarta feira com índices que oscilam, mas nem sempre se concretizam. “Na quarta-feira a previsão era de 30 mm, mas choveu mais de 79 mm”, lembrou o diretor executivo.

Em Ururaí a situação deve se agravar, caso continue a chover na região do Imbé. O nível do rio, que tem cota de transbordo em 3,80 m e chegou aos 3 m, na última medição feita nesta sexta, marcou 2,98 m. Segundo o major, ainda não há grande preocupação, mas, as últimas chuvas cobriram as áreas de alagamento, que já estavam secas na região de Lagoinha, em Lagoa de Cima, e em propriedades rurais às margens dos rios que vêm do Imbé, como Mocotó e Itereré. Segundo ele, agora toda a água vinda da serra influenciará no nível do Ururaí.

Norte e Noroeste – Nos municípios vizinhos o que preocupa mais é a chuva pontual, que aumenta o volume de água no solo e os riscos de deslizamentos. Segundo o sub coordenador regional da Defesa Civil no Norte e Noroeste, tenente-coronel Joelson Oliveira, a previsão varia entre 20 a 30 mm de chuvas até domingo, mas há possibilidade de não se confirmar ou de chover além dessa expectativa. Nos 13 municípios do Noroeste do Estado, a situação é de alerta máximo.

Em Itaocara, três famílias ficaram desalojadas. Devido a proximidade das casas com áreas de deslizamento. Continua valendo o aviso para que os moradores dessas áreas não pernoitem em casa devido aos riscos de chuvas à noite.

– As pessoas devem se aprontar e se preocupar com a vida. O indicado é irem para a casa de vizinhos e, se não tiverem parentes e amigos, que procurem a Defesa Civil dos seus municípios. Na hipótese de serem obrigados a pernoitar em casa, que escolham os cômodos da frente das casas – alertou o coordenador regional, enfatizando que no caso de enchentes é possível monitorar o nível dos rios, o que não ocorre e no caso de deslizamentos.

Fmanha/Show Francisco