terça-feira, 25 de julho de 2017

Justiça determina apreensão de cinco jovens suspeitos de participar de estupro coletivo


O jovem apontado pela vítima como namorado é alvo de um dos mandados de busca apreensão, mas não foi encontrado

Cléber Rodrigues/Intertv

Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, foram apreendidos na manhã desta segunda-feira (24) por suspeita de participação nos casos de estupro coletivo no Colégio Estadual Padre Mello, em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense. Ao todo foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão.

O jovem apontado pela vítima como namorado é alvo de um dos mandados de busca apreensão, mas não foi encontrado. Desde a última sexta-feira (21/07), a Polícia Civil investiga o caso de um estupro coletivo contra uma menina de 13 anos dentro de uma escola estadual da cidade.

De acordo o delegado titular da 144ª Delegacia de Polícia (DP), Bruno Cleuder, a polícia já sabe o paradeiro do quinto adolescente, que não havia sido localizado. "Já mobilizei minha equipe e estamos indo apreender o menor. Estes adolescentes ficarão internados, provisoriamente, por 45 dias, e depois podem ficar mais três anos sofrendo medidas socioeducativas", disse o delegado, esclarecendo que as investigações continuam em curso.

Em nota, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que o processo corre em ‘segredo de justiça’, limitando a divulgação dos fatos. Ainda nesta semana começará o processo de instrução e confirmação probatória.

Segundo a promotora Olivia Motta Venâncio Rebouças, o MPRJ aguarda o início da fase probatória quanto aos nove adolescentes já representados/processados, estejam eles internados ou não. Quanto às medidas propostas pelo órgão, a promotora esclareceu que os adolescentes apreendidos serão internados em instituição própria e serão conduzidos à audiência pelo Degase.

A promotora lembrou, ainda, que a adolescente está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e foi encaminhada a tratamento médico e psicossocial. Com relação a direção da escola, Olivia esclareceu que o MPRJ aguarda os documentos que ainda serão encaminhados pela Polícia Civil, a fim de ajuizar a ação cabível.

“Caso seja comprovada a ciência por parte da direção e/ou coordenação acerca de episódio(s) envolvendo relações sexuais dentro da escola, sobretudo com menor de 14 anos, o que, por si só, caracteriza estupro de vulnerável, ficará evidenciada grave falha passível de sanções civis, penais e administrativas”.

Fonte: G1/Norte Fluminense

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