Protesto de pescadores
No final da manhã desta terça-feira, pescadores do Parque Prazeres bloquearam a RJ 194, que liga Campos a São Francisco de Itabapoana, com fogo em galhos e pneus, em protesto contra uma possível reintegração de posse de uma ilha no rio Paraíba do Sul. Na ilha, pescadores mantinham plantações que, paralelas à pesca, garantiriam o sustento de cerca de 14 famílias.
Os pescadores alegam que a possível reintegração teria acontecido na última sexta-feira, em terra errada. O discurso foi reforçado pelo do presidente da Associação de Pescadores Artesanais do Parque Prazeres, Valdemir Alves. “Hoje é praticamente impossível tirar o sustento só da pesca. Acho mais que de direito que os pescadores possam tirar uma parte do sustento das plantações. Como representante deles, digo que, enquanto essa situação não for resolvida, não vamos parar de fazer manifestação”, destacou.
Segundo Valdemir, na ilha, havia oitocentas mudas nativas e, hoje, há duzentas mudas plantadas que deverão morrer, sem os pescadores para cuidar.
Na visão do ambientalista Aristides Soffiati, a liminar de posse parece ter sido dada de forma precipitada.
— As ilhas deveriam ser cobertas por mata, por floresta, porque somos vulneráveis à força da água. Num caso de premência social, pode-se entender que os pescadores estavam precisando do cultivo de alimentos. A pesca está muito ruim. Então, eles estavam plantando para se alimentar e para vender alguma coisa. Eles, inclusive, estavam protegendo as margens da ilha com o plantio de espécies nativas e árvores. Destruir essas plantações é uma ação muito ruim no ponto de vista ambiental, porque destrói o que existe de proteção, e social, porque destrói o que dá sustento — destacou o ambientalista Soffiatti.
Procurado pela reportagem, através de sua assessoria de imprensa, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) não havia divulgado informações sobre a reintegração de posse alegada pelos pescadores do Parque Prazeres, até o fechamento desta edição.
Os pescadores alegam que a possível reintegração teria acontecido na última sexta-feira, em terra errada. O discurso foi reforçado pelo do presidente da Associação de Pescadores Artesanais do Parque Prazeres, Valdemir Alves. “Hoje é praticamente impossível tirar o sustento só da pesca. Acho mais que de direito que os pescadores possam tirar uma parte do sustento das plantações. Como representante deles, digo que, enquanto essa situação não for resolvida, não vamos parar de fazer manifestação”, destacou.
Segundo Valdemir, na ilha, havia oitocentas mudas nativas e, hoje, há duzentas mudas plantadas que deverão morrer, sem os pescadores para cuidar.
Na visão do ambientalista Aristides Soffiati, a liminar de posse parece ter sido dada de forma precipitada.
— As ilhas deveriam ser cobertas por mata, por floresta, porque somos vulneráveis à força da água. Num caso de premência social, pode-se entender que os pescadores estavam precisando do cultivo de alimentos. A pesca está muito ruim. Então, eles estavam plantando para se alimentar e para vender alguma coisa. Eles, inclusive, estavam protegendo as margens da ilha com o plantio de espécies nativas e árvores. Destruir essas plantações é uma ação muito ruim no ponto de vista ambiental, porque destrói o que existe de proteção, e social, porque destrói o que dá sustento — destacou o ambientalista Soffiatti.
Procurado pela reportagem, através de sua assessoria de imprensa, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) não havia divulgado informações sobre a reintegração de posse alegada pelos pescadores do Parque Prazeres, até o fechamento desta edição.
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