terça-feira, 24 de outubro de 2017

Assista um pouco o teatro no depoimento do ex governador do estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral

Cabral x Bretas

Bem verdade que a determinação ontem da transferência de Cabral, de Benfica para um presídio federal fora do Estado, ainda a ser definido, beneficia Garotinho, por ter se dado no dia seguinte à entrevista. Mas a decisão e seu motivo revelam quem Cabral considera, de fato, seu algoz: o titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, juiz Marcelo Bretas. Em audiência ontem sobre a compra de joias para lavagem de dinheiro, o ex-governador respondeu ao magistrado: “Não se lava dinheiro comprando joias. Vossa excelência tem um relativo conhecimento sobre o assunto, porque sua família mexe com bijuterias”.


Calvários
Bretas não gostou e questionou se não se trataria de uma ameaça velada de Cabral, que estaria tendo acesso a informações, mesmo preso desde 17 de novembro do ano passado. Por isso acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) pela transferência do ex-governador. Antes, este chegou a dizer ao juiz: “Eu estou sendo injustiçado. O senhor está encontrando em mim uma possibilidade de gerar uma projeção pessoal, e me fazendo um calvário”. Curiosamente, lembra aquilo que Garotinho também acusa o juiz eleitoral de Campos Ralph Manhães, que o condenou a 9 anos e 11 meses de cadeia, na Chequinho.

Bastidor da peça
Antes de tentar pegar carona no “calvário” que o próprio Cabral atribuí a Bretas, Garotinho teve na última quinta (19) uma mostra do que lhe espera, caso tente outra vez retornar ao Palácio Guanabara. Ao lançar sua pré-candidatura a governador pelo PR, no Rio, ele não contou com a presença de nenhum dos sete deputados federais do partido no Estado. Dos três deputados estaduais do PR, só Bruno Dauaire apareceu. E, dos sete prefeitos fluminenses da legenda, Amarildo do Hospital, de São Fidélis, foi o único presente. O vazio não foi exibido em rede nacional pelo SBT, mas é o bastidor que definirá o elenco e o texto da peça em 2018.

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