sábado, 16 de dezembro de 2017

Preso em Bangu, Garotinho anuncia greve de fome em carta


O ex-governador Anthony Garotinho (PR) anunciou que está em greve de fome. Não, não estamos em 2006. Onze anos depois de fazer o primeiro jejum "para denunciar uma perseguição da mídia", Garotinho repete o roteiro, desta vez para chamar a atenção para a "injustiça" que estaria sofrendo por parte de juízes e promotores e pede para ser ouvido pelo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Há mais de uma década, o palco era uma sala na sede do PMDB no Rio de Janeiro, seu partido à época, com apenas uma porta de vidro que separava o político da Lapa da imprensa, que o acompanhava as cenas ao vivo. No entanto, em 2017, o cenário é bem diferente: o presídio de segurança máxima de Bangu 8, onde Garotinho cumpre prisão temporária na operação Caixa d'Água, suspeito de comandar um esquema de propina e caixa dois com empresários locais dentro da Prefeitura de Campos durante a gestão da esposa, Rosinha Garotinho (PR).
Em uma carta endereçada ao diretor do presídio, o ex-governador também renuncia ao direito de banho de sol e de receber visita de familiares. Nesta semana, o juiz Ralph Manhães, da 98ª Zona Eleitoral de Campos, chegou a acatar o pedido de Rosinha para autorizar visita ao detento. A ex-prefeita também foi presa na Caixa d'água, mas teve a reclusão revertida em medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar à noite e aos finais de semana.



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