domingo, 8 de abril de 2018

Campos espera uma safra de empregos

O setor agrícola tem expectativa de gerar cerca de cinco mil postos de trabalho nos próximos meses
CAMPOS POR THIAGO GOMES


A produção de açúcar deve movimentar a economia em Campos (Foto: Silvana Rust)

O mercado de trabalho em Campos, que já há algum tempo vem registrando mais demissões que contratações, pode ter uma leve recuperação em abril. Isso porque este é o mês em que começam as contratações para a safra da cana-de-açúcar. De acordo com o economista Ranulfo Vidigal, historicamente, abril é a melhor época para o município quando o assunto é geração de emprego. Segundo ele, que acompanha os índices da economia na região, a expectativa é de que 5 mil pessoas sejam contratadas nos próximos meses, entre safristas (trabalhadores da safra) e outros profissionais, com injeção de R$ 10 milhões mensais na economia.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018, Campos perdeu 3.101 postos de trabalho. Enquanto ocorreram 23.470 admissões, foram demitidas 26.571 no período. Os dados de março ainda não foram contabilizados pelo Ministério do Trabalho.

Ainda segundo Ranulfo, a média salarial desses novos empregos que serão gerados fica em torno de R$ 2 mil, o que deve impulsionar, principalmente os setores do comércio e prestação de serviço. “A previsão é de mais R$ 10 milhões circulando na economia todo mês, pelo menos até outubro”, analisou. Se a safra deve aquecer o mercado de trabalho, o mesmo não tem acontecido com a construção civil, outro setor de destaque na economia local:

“Obras públicas estagnadas, dificuldade na obtenção de crédito e renda baixa são os principais fatores para a desaceleração da construção civil”, analisou o economista.


A cana de açúcar volta a gerar boas perspectivas econômicas (Foto: Silvana Rust)

No país, a taxa de desocupação (12,6%) no trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018 subiu 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2017 (12,0%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, População) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (13,2%), houve queda (-0,6 ponto percentual). A população desocupada (13,1 milhões) aumentou 4,4%, ou seja, mais 550 mil pessoas em relação ao trimestre anterior (12,6 milhões). No confronto com igual trimestre do ano anterior, quando havia 13,5 milhões de desocupados, houve queda (-3,1% ou menos 426 mil pessoas nesta situação).

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