Pais de Ana Paula Ramos pedem justiça (Foto: Silvana Rust)
A audiência do caso Ana Paula começou com três horas de atraso, no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. A audiência de instrução e julgamento do crime que deixou a população campista estarrecida, em agosto do ano passado, estava marcada para às 13h30. O motivo do atraso foi um problema na transferência dos réus para a comarca.
Esta é a primeira audiência do caso. Os quatro réus do processo estão na sala de audiência da 1ª Vara Criminal e devem acompanhar os depoimentos das testemunhas. O delegado da 146ª Delegacia Legal de Guarus, Luis Maurício Armond, foi o primeiro a ser ouvido pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto, por volta das 16h30.
Um dos momentos mais esperados é o depoimento da ré, a bancária Luana Barreto Sales, acusada pelo Ministério Público de encomendar o assassinato da cunhada, Ana Paula Ramos. Luana nega participação no crime, embora a Polícia Civil afirme não ter dúvidas de que ela mandou executar a cunhada. O motivo ainda é desconhecido, mas a Polícia Civil acredita nas hipóteses de inveja ou ciúmes.
O fórum está recebendo segurança extra da Polícia Militar.
Um grupo de estudantes de Direito e a Imprensa acompanham a audiência. Parte da família da vítima será ouvida em juízo como testemunha de acusação. Alguns chegaram muito abalados à sede do fórum e, como forma de protesto, vestiam uma camisa em homenagem a universitária Ana Paula. Familiares também pedem a condenação de Luana.
A universitária foi assassinada numa simulação de assalto (Foto:Divulgação)
O crime– Ana Paula Ramos, de 24 anos, foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto de 2017, na Rua Comendador Pinto, em uma praça, no Parque Rio Branco, em Guarus. As primeiras informações davam conta de que a vítima, que estava acompanhada da cunhada – Luana Sales – teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio, mas depois foi revelado à polícia que a cunhada teria encomendado a morte da universitária.
Luana teria acordado pagar R$ 2.500 para que dois assassinos cometessem o crime de modo que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte) e, assim, extinguissem demais suspeitas. Antes do atentado, a cunhada já teria acertado R$ 2 mil e o restante seria pago após o episódio. Além de Luana, outros três homens estavam envolvidos no esquema — os dois executores – Igor Magalhães de Souza, de 20 anos e Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, de 19 anos – um terceiro, Marcelo Damasceno Medeiros, que seria o responsável por fazer a ligação entre Luana e os outros dois.
Todos foram presos na mesma semana do crime.
*Mais informações em instantes
Familiares e amigos homenagearam a vítima (Foto: Silvana Rust)
Terceira Via/Show Francisco
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