quinta-feira, 5 de julho de 2018

Audiência Pública na Câmara de Campos discute projeto de transporte coletivo

Representantes do setor e associações comunitárias questionaram o presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, sobre o projeto que prevê mudanças


Sessão na câmara ficou com plenário lotado de interessados sobre o tema(Foto: CMCG)

A Câmara de Vereadores de Campos realizou nesta quarta-feira (4), uma Audiência Pública para apresentar à população o Projeto Básico para licitação do Serviço de Transporte Coletivo Alimentador de Passageiros no município. O presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), Felipe Quintanilha, fez uma apresentação e respondeu perguntas durante a sessão presidida pelo vereador Marcão Gomes (PR).

O presidente da Câmara dos Vereadores de Campos dos Goytacazes explicou que a sessão seria transmitida pela TV Câmara e pelo Facebook ao vivo, e que o plenário só cabem 250 pessoas com segurança. “Essa audiência é o início de um ciclo de encontros para a discussão do tema. Não há nenhum projeto na Câmara para ser votado ainda. É prioridade integrar o Centro e o Interior, harmonizar os transportes e não aumentar tarifas para a população”, destacou Marcão.

O presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, disse que a Audiência Pública tem por objetivo esclarecer a população e ouvir os interessados. Mais informações podem ser solicitadas pelo endereço eletrônico obtido no IMTT. Para ter acesso ao projeto basta comparecer ao IMTT para agendar e ter acesso. Quem quiser se manifestar pode se inscrever para tal e terá 3 minutos de fala. “Desde já, quero deixar claro que não há aumento de tarifa e não existe a ideia de acabar com as vans. O que virá para votação futuramente serão melhorias para a classe dos motoristas de vans, que não dizem respeito à licitação”, explicou.

De acordo com Felipe Quintanilha, uma licitação tentou resolver o problema dos ônibus em 2014, que excluiu completamente as vans. “Por este projeto, nenhuma van poderia estar rodando. Esse não é o nosso intuito. Lembrando que o que vamos apresentar aqui é o resultado de muito estudo, nada aqui foi inventado, nosso foco principal é integrar e não permitir a briga entre os modais de transporte. Inicialmente precisamos entender a nossa cidade, que é a maior do estado e maior que muitas capitais do país. Porém, temos 72% da população morando em um raio central. Nossa ideia é fazer um Sistema Tronco Alimentador, que é o que vemos funcionar em outras cidades. Não há essa intenção de segregar os transportes, de ‘jogar as vans para a roça’ como estão falando de forma absurda”.

Quintanilha também explicou os estudos financeiros. “Foram estudadas as formas de manutenção de cada modal, sabemos que o custo de manter um transporte médio é maior do que o de manter o transporte de pequeno porte. Então, precisamos saber onde cada um deve circular sem conflitar com o outro. Dessa forma, as linhas serão divididas e integradas por sete pontos de integração estratégicos. Para isso, teremos o bilhete único. Será necessário o sistema de bilhetagem e o GPS instalado para que possamos implantar o aplicativo de localização pra informar aos usuários”, prevê.

Sobre a licitação

Felipe Quintanilha do IMTT disse que a licitação será por CPF e não por cooperativa como disseram de forma errada. “Vamos ampliar as categorias e aumentar a capacidade dos veículos. Serão ao todo 220 permissões. Sobre a escolha das linhas, será feita de acordo com a pontuação do candidato. Quem ganhar mais ponto, escolhe. No caso de empate, será sorteio. Haverá uma vantagem na pontuação para quem já é permissionário”, disse.

O presidente do IMTT explicou, ainda. que o projeto também prevê um subsídio tarifário para as vans e microônibus do transporte alimentador, para que não haja nenhum problema de manutenção financeira da linha. “Assim, garantimos o transporte para população mais distante. Essa é uma grande diferença desse projeto. Lembrando que estamos abertos para tirar todas as dúvidas para que vocês não acreditem em mentiras espalhas por aí”, concluiu Quintanilha.

Participaram da sessão com perguntas feitas ao presidente do IMTT, a Federação das Associações de Moradores de Campos (Famac); Associação de Pequenos Produtores e Regiões Quilombolas; Associação Quilombola de Conceição do Imbé; Cooperativa Cooper Transporte; Coletivo Dandara do ABC; Cooper Goyta; Campos Cooper; Associação de Moradores de Rio Preto; Campos Cootran; NEA-BC; e a Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Rio de Janeiro. Vereadores também se manifestaram e puderam esclarecer dúvidas com Felipe Quintanilha.

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