Segundo ele, a mãe estava “normal” antes de se deitar no chão do corredor, mas caminhava com um pouco de dificuldade
Foto: Flavia Junqueira / Agência O Globo
Uma idosa de 64 anos foi encontrada morta, na noite desta quinta-feira, em seu apartamento na Rua Dona Delfina, na Tijuca, Zona Norte do Rio, sem sinais aparentes de violência. Já em estado avançado de putrefação, o corpo estava no chão do corredor do apartamento de quarto e sala, com a cabeça apoiada numa almofada verde surrada. Ao lado dela, o filho de 34 anos. Segundo a policia, mãe e filho sofriam de transtornos mentais.
Peritos da Polícia Civil acreditam que a idosa tenha morrido há três ou quatro dias, mas apenas o exame cadavérico poderá informar com precisão. O filho da mulher contou que a mãe “parou de se mexer e explodiu o rosto” há cinco dias.
- Nós últimos momentos, ela dormiu. A barriga estava parada, mas o rosto parecia normal. Achei normal. Depois, começou a ficar meio estranho. Não sou médico. Joguei um pouco de água na boca. A água ficou no canto da boca. Virei a cabeça para sair. Desse jeito, normal. Passou um tempo, já começou a explodir o rosto. Eu vi que já era. Deixei - contou o rapaz, gesticulando com as mãos o tempo todo.
Segundo ele, a mãe estava “normal” antes de se deitar no chão do corredor, mas caminhava com um pouco de dificuldade:
- Ela estava bem, andando. Não corria, como uma pessoa que se alimenta bem, mas andava. Minha mãe morreu por falta de comida e bebida. O dinheiro havia acabado e eu pegava comida na rua para comer.
Luiza Leite Paim vivia sozinha com o filho no apartamento. Policiais militares que acompanharam a ocorrência relataram que as condições do imóvel eram insalubres, com muito lixo acumulado. Sobre um fogão velho, panelas com restos de comida. A idosa, que vestia um sutiã preto tomara que caia por cima de uma camiseta amarela e bermuda estampado, trabalhou por seis anos em um supermercado perto de casa, mas pediu demissão.
- Ela saiu do emprego porque se sentia perseguida. O dinheiro da demissão acabou e minha tia também parou de mandar dinheiro. Quem nos ajuda é uma assistente social do Ipub (Instituto de Psiquiatria da UFRJ), porque perdemos o contato
com os parentes - disse o rapaz, que afirma já ter sido internado três vezes por questões psiquiátricas.
O corpo de Luiza foi descoberto por bombeiros, que atenderam ao chamado de vizinhos, incomodados com o cheiro que vinha do apartamento.
- Eu cheguei a bater no apartamento hoje (quinta-feira) duas vezes, mas o filho dizia que a mãe estava bem, que estava dormindo. Apenas quando os bombeiros chegaram, ele mostrou o corpo - contou a síndica, que preferiu não se identificar, ao sair da 19 DP (Tijuca), onde o caso foi registrado.
Segundo ela, a família tem um longo histórico de problemas no edifício, com episódios de agressão. A polícia confirma que o rapaz tem duas passagens pela 19 DP por agressão.
A síndica relatou também aos policiais que o apartamento em que moravam mãe e filho tem uma grande dívida de condomínio. Uma ação na Justiça pede que o imóvel vá a leilão para quitar o débito.
- O corpo está sendo encaminhado para o IML para exame cadavérico. A perícia de local foi feita nesta noite. Ouvimos a síndica do prédio e o filho da mulher que morreu - disse a delegada Cristiana Bento, da 19 DP (Tijuca).
Fonte: Extra/Globo
Foto: Flavia Junqueira / Agência O Globo
Uma idosa de 64 anos foi encontrada morta, na noite desta quinta-feira, em seu apartamento na Rua Dona Delfina, na Tijuca, Zona Norte do Rio, sem sinais aparentes de violência. Já em estado avançado de putrefação, o corpo estava no chão do corredor do apartamento de quarto e sala, com a cabeça apoiada numa almofada verde surrada. Ao lado dela, o filho de 34 anos. Segundo a policia, mãe e filho sofriam de transtornos mentais.
Peritos da Polícia Civil acreditam que a idosa tenha morrido há três ou quatro dias, mas apenas o exame cadavérico poderá informar com precisão. O filho da mulher contou que a mãe “parou de se mexer e explodiu o rosto” há cinco dias.
- Nós últimos momentos, ela dormiu. A barriga estava parada, mas o rosto parecia normal. Achei normal. Depois, começou a ficar meio estranho. Não sou médico. Joguei um pouco de água na boca. A água ficou no canto da boca. Virei a cabeça para sair. Desse jeito, normal. Passou um tempo, já começou a explodir o rosto. Eu vi que já era. Deixei - contou o rapaz, gesticulando com as mãos o tempo todo.
Segundo ele, a mãe estava “normal” antes de se deitar no chão do corredor, mas caminhava com um pouco de dificuldade:
- Ela estava bem, andando. Não corria, como uma pessoa que se alimenta bem, mas andava. Minha mãe morreu por falta de comida e bebida. O dinheiro havia acabado e eu pegava comida na rua para comer.
Luiza Leite Paim vivia sozinha com o filho no apartamento. Policiais militares que acompanharam a ocorrência relataram que as condições do imóvel eram insalubres, com muito lixo acumulado. Sobre um fogão velho, panelas com restos de comida. A idosa, que vestia um sutiã preto tomara que caia por cima de uma camiseta amarela e bermuda estampado, trabalhou por seis anos em um supermercado perto de casa, mas pediu demissão.
- Ela saiu do emprego porque se sentia perseguida. O dinheiro da demissão acabou e minha tia também parou de mandar dinheiro. Quem nos ajuda é uma assistente social do Ipub (Instituto de Psiquiatria da UFRJ), porque perdemos o contato
com os parentes - disse o rapaz, que afirma já ter sido internado três vezes por questões psiquiátricas.
O corpo de Luiza foi descoberto por bombeiros, que atenderam ao chamado de vizinhos, incomodados com o cheiro que vinha do apartamento.
- Eu cheguei a bater no apartamento hoje (quinta-feira) duas vezes, mas o filho dizia que a mãe estava bem, que estava dormindo. Apenas quando os bombeiros chegaram, ele mostrou o corpo - contou a síndica, que preferiu não se identificar, ao sair da 19 DP (Tijuca), onde o caso foi registrado.
Segundo ela, a família tem um longo histórico de problemas no edifício, com episódios de agressão. A polícia confirma que o rapaz tem duas passagens pela 19 DP por agressão.
A síndica relatou também aos policiais que o apartamento em que moravam mãe e filho tem uma grande dívida de condomínio. Uma ação na Justiça pede que o imóvel vá a leilão para quitar o débito.
- O corpo está sendo encaminhado para o IML para exame cadavérico. A perícia de local foi feita nesta noite. Ouvimos a síndica do prédio e o filho da mulher que morreu - disse a delegada Cristiana Bento, da 19 DP (Tijuca).
Fonte: Extra/Globo
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