sábado, 24 de agosto de 2019

Transporte alimentador organizado pelo IMTT é avaliado


A partir do fim de semana, novos setores de integração de ônibus e vans serão instalados no município com 170 veículos

Novo sistema de transporte em Campos amplia pontos de integração (Fotos SupCom)

Faz uma semana que se começou a operar o sistema alimentador instalado pelo Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), depois de 40 dias do novo sistema de transporte coletivo estar funcionando em Campos. O presidente do órgão, Felipe Quintanilha, avaliou o período de implantação inaugurado no dia 13 de julho. A partir deste fim de semana, novos pontos de integração serão colocados em prática com 170 veículos entre vans e micro-ônibus.

Felipe Quintanilha, em entrevista à jornalista Letícia Nunes da Terceira Via TV, disse tratar-se de um projeto grandioso o novo sistema de transporte. “Tínhamos um transporte coletivo caótico há décadas. É completamente diferente do que havia anteriormente. Permissionários e passageiros vinham sendo bastante afetados, contratos eram descumpridos e havia outras irregularidades que o governo busca combater” frisou.


De acordo com o presidente do IMTT, depois do novo sistema, linhas de ônibus que estavam sem utilização como Jardim Carioca, Parque Imperial, Xexé, Lagamar, Capela São Pedro, Quixaba, Córrego Fundo, entre outras localidades, passaram a ser oferecidas à população. “Em 40 dias, houve grandes evoluções como áreas que não tinham atendimento e passaram a ter. Mais de 40 mil passageiros foram atendidos no Jardim Carioca e no Parque Imperial. O aplicativo Mobi Campos conta com mais de 55 mil acessos. Há mais de um milhão de visualizações no aplicativo. E 2,5 milhões de passageiros foram transportados”, afirma.

A partir do sistema alimentador, uma série de novos serviços passaráa funcionar. Segundo Quintanilha, havia 250 ônibus e entraram em circulação mais 100 vans e micro-ônibus. O total é de 350 veículos para atendimento aos usuários. Há previsão de inclusão de mais 80 carros nos próximos dias. Entretanto, os primeiros problemas apareceram com o sistema de integração. A integração tarifária ainda não foi iniciada. A proposta é que o passageiro que sai dos distritos pague uma única tarifa. Porém, na volta para casa ainda não se conseguiu integrar a tarifa completamente.

Presidente do IMTT, Felipe Quitanilha (Foto: Silvana Rust)

“Qualquer atraso, mesmo que pequeno, gera reclamação.Os maus hábitos ou costumes dos permissionários de transportar de qualquer jeito, estão sendo observados, cobrados e combatidos. O maior desafio é harmonizar os dois atores: ônibus e vans no novo sistema. A integração tarifária depende da instalação da bilhetagem eletrônica por parte dos permissionários do sistema alimentador. Houve uma demora inicial, mas eles já estão fazendo isso. Foi dado um prazo de 30 dias com o modelo em que o passageiro não precisa pagar o bilhete no ônibus, apenas na van”, destacou.

Nem todos os pontos de integração estão instalados. Há dois em funcionamento por enquanto. O do setor da Baixada está temporariamente na Avenida Nossa Senhora do Carmo, final da Avenida 28 de Março. No Cepop, próximo a Martins Lage e à divisa com São João da Barra também há integração com vans.Neste sábado (24), inicia-se o Setor F para a região de Serrinha, que será no Shopping Estrada. Na segunda-feira (26), será aberto o Setor C, na região norte do município, com 70 veículos que entrarão em operação. Ao final, 170 veículos no sistema alimentador.

Sobre protestos e críticas de motoristas de vans, Felipe Quintanilha garantiu que há diálogos com os permissionários. “Quem perdeu a licitação, tem o direito de buscar por solução judicial. As regras precisam ser cumpridas. Qualquer transição é complicada. É compreensível que haja desespero de quem está sem circular há mais de um mês, mas os acordos precisam ser cumpridos pelos permissionários. Cada uma das seis regiões possui um interlocutor”, disse.

A tarifa integrada tem um prazo de 60 dias para os permissionários instalarem bilhetagem eletrônica. “Conflitos poderão acontecer. Baixar o aplicativo é uma forma de aprimorar e acompanhar o serviço de transporte”, conclui Quintanilha.
Fonte:Terceira Via

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