Os trabalhadores são contra a cobrança da vereadora Marcelle Pata para substituir os veículos de tração animal pelo 'Cavalo de Lata'
(Fotos: Silvana Rust)
Mais de 50 carroceiros participaram de uma manifestação na manhã desta sexta-feira (6) em frente à Câmara Municipal de Vereadores. Eles queriam ser recebidos pela vereadora Marcelle Pata que exige o cumprimento da Lei Estadual que proíbe a circulação de veículos de tração animal em todo o estado do Rio e apresenta uma solução alternativa. Por volta das 11h30, sete representantes começaram a ser ouvidos pelo vereador José Carlos, que prometeu levar a reivindicação da categoria ao prefeito de Campos.
O trecho da Avenida Alberto Torres foi parcialmente interditado pelas mais de 60 carroças, dificultando o trânsito. Os motoristas precisaram passar por uma estreita faixa que estava liberada.
O protesto foi organizado devido ao pronunciamento da vereadora Marcelle Pata, que luta pela proteção animal na Câmara de Campos, após um vídeo que mostra um homem agredindo burros em carroça viralizar nas redes sociais. Na ocasião, a vereadora ativista encaminhou um ofício ao prefeito Rafael Diniz e à Procuradoria Geral do Município exigindo o cumprimento da Lei Estadual que proíbe o uso de carroças e charretes com tração animal.
A solução apontada pela vereadora para que a Lei Estadual seja cumprida e o serviço dos carroceiros seja mantido seria a substituição desses veículos de tração animal pelo “cavalo de lata”, projeto que já havia sido apresentado em uma Indicação Legislativa elaborada pelo atual presidente da Câmara, Fred Machado, em 2015.
Mas o argumento desses trabalhadores é de que é impossível para um humano carregar o peso dos materiais que eles levam de um ponto a outro da cidade.
“Somos contra a agressão aos animais, afinal é por meio deles que conquistamos nosso alimento. Mas a vereadora aproveitou o embalo desse vídeo que está circulando e quer parar os carroceiros, substituindo os cavalos por uma carroça de lata. Como nós, seres humanos, teremos condições de puxar 5, 6 sacos de areia? Nós somos humanos assim como ela. Queremos trabalhar…”, disse Ralf Machado Monteiro, de 34 anos, que trabalha como carroceiro desde a infância.
A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via ouviu a vereadora Marcelle Pata e, de acordo com ela, o seu papel é cobrar do Executivo o cumprimento da Lei Estadual. “A lei é clara ao afirmar que é proibida a circulação desses veículos de tração animal em todo o estado. Cabe, então, aos município executá-la e, como vereadora, além de ser uma ativista da causa animal, é o meu dever cobrar isso do poder público”.
Quanto ao argumento dos carroceiros, Marcelle explica que o Cavalo de Lata é um projeto sério, executado por meio de um estudo para identificar a carga de cada carroceiro e, assim, fornecer o veículo adequado para carregá-lo. “Eu quero o bem dos animais e também dos trabalhadores. Nunca defenderia uma solução que tirasse o emprego desses carroceiros ou que prejudicasse sua saúde. O Cavalo de Lata é adaptado para cada tipo de carga. Cargas pesadas exigem um veículo motorizado. Por isso esse argumento não faz sentido. Precisamos pensar com clareza no que é melhor para os animais, para os trabalhadores e para a nossa cidade”, declarou a vereadora.
O vereador José Carlos, que já foi carroceiro, ouviu a categoria e afirmou que será o interlocutor deles junto ao prefeito. Ele disse não concordar com “a suspensão da atuação dos carroceiros sem dar a eles uma contrapartida”. O vereador também rechaçou a agressão contra os animais e acrescentou que já foi cogitada a criação de uma linha de crédito do Fundecam para financiar a aquisição de caminhonetes para substituir as carroças. O vereador também prometeu levar o pleito dos carroceiros ao prefeito Rafael Diniz.
O protesto terminou por volta das 13h.
(Fotos: Silvana Rust)
Mais de 50 carroceiros participaram de uma manifestação na manhã desta sexta-feira (6) em frente à Câmara Municipal de Vereadores. Eles queriam ser recebidos pela vereadora Marcelle Pata que exige o cumprimento da Lei Estadual que proíbe a circulação de veículos de tração animal em todo o estado do Rio e apresenta uma solução alternativa. Por volta das 11h30, sete representantes começaram a ser ouvidos pelo vereador José Carlos, que prometeu levar a reivindicação da categoria ao prefeito de Campos.
O trecho da Avenida Alberto Torres foi parcialmente interditado pelas mais de 60 carroças, dificultando o trânsito. Os motoristas precisaram passar por uma estreita faixa que estava liberada.
O protesto foi organizado devido ao pronunciamento da vereadora Marcelle Pata, que luta pela proteção animal na Câmara de Campos, após um vídeo que mostra um homem agredindo burros em carroça viralizar nas redes sociais. Na ocasião, a vereadora ativista encaminhou um ofício ao prefeito Rafael Diniz e à Procuradoria Geral do Município exigindo o cumprimento da Lei Estadual que proíbe o uso de carroças e charretes com tração animal.
A solução apontada pela vereadora para que a Lei Estadual seja cumprida e o serviço dos carroceiros seja mantido seria a substituição desses veículos de tração animal pelo “cavalo de lata”, projeto que já havia sido apresentado em uma Indicação Legislativa elaborada pelo atual presidente da Câmara, Fred Machado, em 2015.
Mas o argumento desses trabalhadores é de que é impossível para um humano carregar o peso dos materiais que eles levam de um ponto a outro da cidade.
“Somos contra a agressão aos animais, afinal é por meio deles que conquistamos nosso alimento. Mas a vereadora aproveitou o embalo desse vídeo que está circulando e quer parar os carroceiros, substituindo os cavalos por uma carroça de lata. Como nós, seres humanos, teremos condições de puxar 5, 6 sacos de areia? Nós somos humanos assim como ela. Queremos trabalhar…”, disse Ralf Machado Monteiro, de 34 anos, que trabalha como carroceiro desde a infância.
A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via ouviu a vereadora Marcelle Pata e, de acordo com ela, o seu papel é cobrar do Executivo o cumprimento da Lei Estadual. “A lei é clara ao afirmar que é proibida a circulação desses veículos de tração animal em todo o estado. Cabe, então, aos município executá-la e, como vereadora, além de ser uma ativista da causa animal, é o meu dever cobrar isso do poder público”.
Quanto ao argumento dos carroceiros, Marcelle explica que o Cavalo de Lata é um projeto sério, executado por meio de um estudo para identificar a carga de cada carroceiro e, assim, fornecer o veículo adequado para carregá-lo. “Eu quero o bem dos animais e também dos trabalhadores. Nunca defenderia uma solução que tirasse o emprego desses carroceiros ou que prejudicasse sua saúde. O Cavalo de Lata é adaptado para cada tipo de carga. Cargas pesadas exigem um veículo motorizado. Por isso esse argumento não faz sentido. Precisamos pensar com clareza no que é melhor para os animais, para os trabalhadores e para a nossa cidade”, declarou a vereadora.
O vereador José Carlos, que já foi carroceiro, ouviu a categoria e afirmou que será o interlocutor deles junto ao prefeito. Ele disse não concordar com “a suspensão da atuação dos carroceiros sem dar a eles uma contrapartida”. O vereador também rechaçou a agressão contra os animais e acrescentou que já foi cogitada a criação de uma linha de crédito do Fundecam para financiar a aquisição de caminhonetes para substituir as carroças. O vereador também prometeu levar o pleito dos carroceiros ao prefeito Rafael Diniz.
O protesto terminou por volta das 13h.
Fonte:Terceira Via
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