terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Em almoço com empresários no Rio, deputado federal Rodrigo Maia fala sobre redistribuição dos royalties


Em almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), nesta segunda-feira, 11, o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que segue se articulando a respeito das mudanças nas regras dos royalties do petróleo, que deve ser votada em abril desse ano.

A votação, anteriormente marcada para novembro do ano passado no Supremo Tribunal Federal (STF), e que acabou adiada para abril depois de articulações políticas, decidirá sobre as regras de partilha dos royalties, e que, segundo especialistas, deve redistribuir os royalties para todos os estados e municípios brasileiros, inclusive os não produtores.

As novas regras foram aprovadas ainda na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT-RS), mas acabaram suspensas por liminar da ministra Cármen Lúcia, do STF, e devem entrar na pauta para uma decisão em definitivo daqui cerca de 2 meses.

Durante o almoço com representantes da ACRJ, Maia teria, segundo a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), revelado que vem mantendo conversas com os ministros Cármen Lúcia e Dias Toffoli, presidente do STF, para encontrar uma solução que não seja prejudicial ao Estado do Rio com relação às receitas de royalties.

Também de acordo com a Alerj, o encontro contou com as presenças do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), do presidente da Alerj, deputado estadual André Ceciliano (PT), entre outros convidados.
A grande preocupação de governadores e prefeitos de estados e municípios produtores de petróleo em todo o país, especialmente no Estado do Rio, é de que a liminar concedida pela ministra Cármen Lúcia seja derrubada, provocando uma redução drástica dos repasses ao Estado e aos municípios produtores de petróleo.

“Temos que encontrar uma saída, já que se a liminar for derrubada teremos uma perda financeira que inviabilizará o Estado do Rio”, voltou a defender Rodrigo Maia.
Ainda durante o almoço, o presidente da Alerj lembrou que o Legislativo fluminense também está tentando aumentar as receitas oriundas da exploração de petróleo no Rio, questionando a inconstitucionalidade de uma emenda que veda que estados e municípios instituam impostos ou tributos em relação a outros municípios ou estados.
“Trata-se de restituir um direito ao Rio de Janeiro. O Estado vem perdendo ao longo dos anos, em diversas esferas”, afirmou André Ceciliano.

Rodrigo Maia aproveitou o evento também para afirmar que a Reforma Tributária proposta pela equipe econômica do governo federal, liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é a mais importante a ser feita no Brasil.

“Sem a Reforma Tributária, esse país não volta a crescer e a gerar emprego”, sentenciou Rodrigo Maia.

O presidente da Câmara Federal disse ainda que o Brasil poderia ter crescido 2,5% e não 1% caso não houvesse a insegurança criada pelos conflitos entre os poderes Legislativo e Executivo.

“Temos um Estado que não reduz desigualdade; ao contrário, concentra. E temos sistemas, como o Previdenciário e o Tributário, que estimulam isso”, disparou Rodrigo Maia.
De acordo com reportagem da madrugada desta terça-feira, 11, do portal UOL, a expectativa dentro do Ministério da Economia é de que, embora os trabalhos e estudos sobre o tema continuem, os técnicos da pasta estariam cientes de que uma reforma ampla seria um sonho distante, e que, por isso, o ministro Paulo Guedes teria “lavado as mãos” e entregado a tramitação da Reforma para o Congresso.

Após o almoço com empresários da ACRJ, Rodrigo Maia defendeu mudanças na administração federal, e afirmou que, atualmente, 96% do orçamento da União é gasto com despesas obrigatórias, e citou gastos com servidores públicos federais.

“O governo vai encaminhar um novo sistema de administração pública. Não é uma reforma porque não trata dos servidores atuais, mas vai gerar uma competição entre o novo sistema e o sistema antigo. Hoje temos servidores de qualidade, mas a promoção não pode ser por tempo de serviço, e sim por qualidade no serviço”, avaliou o presidente da Câmara Federal.
Fonte:O DiárioLagos

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