Construção deveria ter sido entregue ainda no governo Rosinha, mas se arrasta por seis anos
Obras estão paradas (Fotos: Arquivo/Silvana Rust)
A Prefeitura de Campos prorrogou por mais um ano as obras do Shopping Popular Michel Haddad, mais conhecido como Camelódromo. A medida foi publicada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana no Diário Oficial eletrônico do município, no dia 28 de setembro, como o 9º termo aditivo do contrato. Entre tantas idas e vindas, as melhorias foram iniciadas em 2014 e, de acordo com o cronograma inicial, deveriam ter sido entregues até o final de 2015, ainda durante a gestão da ex-prefeita Rosinha Garotinho. Rafael Diniz recebeu de herança a obra paralisada e, conforme sugere a prorrogação de prazo, não deve concluí-la ainda em 2020.
O projeto está orçado em R$ 9.985.938,34 e conta com 460 lojas, vestiários, sanitários, fraldários, praça de alimentação, sala de primeiros socorros e setores administrativos. No dia 6 de maio de 2019, a prefeitura anunciou o reinício as obras, mas os trabalhos foram interrompidos em seguida e assim permanecem desde então. Na época da retomada, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que os trabalhos já estavam 60% concluídos.
O presidente da Associação dos Vendedores Autônomos do Shopping Popular (Avasp), Sandro da Silva, informou que ele e os demais permissionários sonham em voltar ao local de saíram, mas que, com a atual situação financeira da cidade, isso pode demorar.
“O governo Rosinha nos tirou de lá (local da obra parada) e deveríamos ter voltado ainda na antiga gestão, conforme nos foi prometido diversas vezes. Então Rafael Diniz assumiu a prefeitura, recebeu da gestão antiga mais de R$ 2 milhões em dívidas da obra do Camelódromo, voltou a dar andamento na construção, mas, infelizmente, não vai concluir até o fim de 2020. Reconheço até que houve um avanço significativo da obra na atual gestão, mas não mudaremos ainda este ano”, comentou Sandro.
Segundo a Prefeitura, 2017 havia um débito com as empresas responsáveis pela construção de aproximadamente R$ 2 milhões.
Permissionários foram transferidos para o Parque Alberto Sampaio. Era uma medida provisória, mas eles permanecem no local até hoje (Foto: Arquivo/Carlos Grevi)
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que as dificuldades financeiras dos últimos anos impediram que as obras fossem concluídas e lamenta que o novo Shopping Popular não tenha sido entregue no prazo inicial previsto pela gestão anterior, quando o município contava com mais recursos.
“Campos recebeu no mês de agosto, o terceiro menor repasse de royalties nos últimos 16 anos. Entre royalties e Participação Especial, Campos já acumula perdas de mais de R$ 180 milhões somente este ano. Também em agosto, pela primeira vez em sua história, Campos teve a Participação Especial zerada, enquanto no mesmo período do ano passado, recebeu R$ 35 milhões. Nos últimos anos, o cenário tem sido de sucessivas perdas e os piores repasses de royalties e Participação Especial já registrados”, justificou o órgão.
Ainda segundo o órgão, antes da pandemia, estava sendo concluída a instalação da parte elétrica, como também o Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico. “A instalação desta estrutura demanda tempo, mas seu objetivo é trazer segurança e tranquilidade a todos que frequentarão o espaço”, finalizou o a secretaria.
Início da obra
A demolição das antigas estruturas do Shopping Popular começou em 16 de março de 2014 e a mudança dos permissionários para o espaço provisório, montado no Parque Alberto Sampaio, foi concluída quatro dias antes. A fundação das estacas só começou em dezembro do mesmo ano. Na época de lançamento, o projeto foi apresentado com de 3.150,88m² de área e 447 boxes. A previsão era de entrega do espaço todo reformado um ano e oito meses.
Fonte Terceira Via
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