Dr. Jairinho chegando na sede da Polinter na Cidade da Polícia Foto: Guito Moreto/Paolla Serra
Casada por 15 anos com Dr. Jairinho, a dentista Ana Carolina Netto, mãe de dois filhos do vereador, estava separada dele e se manteve calada desde o assassinato de Henry Borel, de 4 anos. Nesta sexta-feira, ela quebrou o silêncio. Na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde corre o inquérito sobre a morte do menino, Ana Carolina, de 42 anos, confirmou o relato que já havia feito à polícia, há oito anos, de que foi agredida pelo político quando os dois eram casados.Em 2013, Dr. Jairinho, de acordo com Ana Carolina, deu chutes na então esposa no apartamento em que o casal morava, na Barra. Na época, ela chegou a fazer exame de corpo de delito, que atestou lesões compatíveis com sua denúncia, mas o caso acabou sendo arquivado. Desde então, ela não falou mais sobre o assunto.
O menino Henry, morto aos 4 anos Foto: Reprodução
No depoimento em que relatou as agressões que sofria rotineiramente, a que o GLOBO teve acesso, Ana Carolina contou que, no dia 29 de dezembro daquele ano, por volta das 22h, o político a atacou depois ela que o viu dentro do carro, na garagem do prédio, falando ao celular com uma mulher e desistiu de fazer uma viagem que tinham programado. “Jairo, em um ataque de fúria, a segurou pelo braço e a arrastou até a cozinha, e lá passou a ofendê-la e a chutá-la diversas vezes com muita força”, diz o boletim policial.
O espancamento só parou quando a mãe de Ana Carolina intercedeu e pediu para que o vereador parasse com as agressões. A dentista disse à época, no depoimento, que a violência era constante na vida do casal, mas que havia piorado no período anterior ao registro de ocorrência. A defesa do político nega todas as acusações.
Múltiplas lesões
Jairo Santos Santos Júnior, o Dr. Jairinho, de 43 anos, e a mãe de Henry, Monique Medeiros, de 33, foram presos na quinta-feira, suspeitos de homicídio duplamente qualificado e tortura. Henry, segundo a polícia, foi espancado na madrugada do dia 8 de março no imóvel em que vivia com Monique e o padrasto.
No depoimento em que relatou as agressões que sofria rotineiramente, a que o GLOBO teve acesso, Ana Carolina contou que, no dia 29 de dezembro daquele ano, por volta das 22h, o político a atacou depois ela que o viu dentro do carro, na garagem do prédio, falando ao celular com uma mulher e desistiu de fazer uma viagem que tinham programado. “Jairo, em um ataque de fúria, a segurou pelo braço e a arrastou até a cozinha, e lá passou a ofendê-la e a chutá-la diversas vezes com muita força”, diz o boletim policial.
O espancamento só parou quando a mãe de Ana Carolina intercedeu e pediu para que o vereador parasse com as agressões. A dentista disse à época, no depoimento, que a violência era constante na vida do casal, mas que havia piorado no período anterior ao registro de ocorrência. A defesa do político nega todas as acusações.
Múltiplas lesões
Jairo Santos Santos Júnior, o Dr. Jairinho, de 43 anos, e a mãe de Henry, Monique Medeiros, de 33, foram presos na quinta-feira, suspeitos de homicídio duplamente qualificado e tortura. Henry, segundo a polícia, foi espancado na madrugada do dia 8 de março no imóvel em que vivia com Monique e o padrasto.
Monique Medeiros da Costa e Silva com o filho, Henry Foto: Reprodução/Instagram
O menino foi levado pelos dois até um hospital particular da Barra, onde, de acordo com os médicos, já chegou morto, tendo sido infrutíferas as tentativas de reanimá-lo. Dr. Jairinho, que é médico, relatou não ter feito massagem cardíaca no menino porque nunca exerceu a profissão. Tanto ele quanto a mãe de Henry disseram que Henry, provavelmente, havia sofrido uma queda no quarto do casal.
O casal afirmou ainda que o casal encontrou a criança caída no chão, com as mãos frias, os olhos revirados e respirando mal. Porém, a morte foi considerada suspeita, e a necropsia do Instituto Médico Legal não corroborou a versão apresentada. O laudo constatou que o garoto sofrera múltiplas lesões, lacerações hepáticas, hemorragia interna, lesões na cabeça e contusões nos rins e nos pulmões, além de hematomas pelo corpo.
Testemunhas acuadas
Outro fator determinante para a polícia pedir a prisão do casal foi o acesso a mensagens de celulares que tinham sido apagadas no aparelho de Monique. Nelas, a mãe de Henry conversava com a babá Thayná de Oliveira Ferreira, que relatou que Dr. Jairinho havia se trancado no quarto, de onde o menino saiu mancado e reclamando de dor na cabeça. Ela disse à mãe que era sempre assim. Apesar disso, em depoimento à polícia, a babá omitiu qualquer agressão.
Até ser preso na última quinta-feria, Dr. Jairinho, nos últimos dias, teria perseguido testemunhas. Uma das ex-namoradas que revelou que a filha, quando pequena, teria sido agredida pelo vereador, teve fotos íntimas divulgadas. Em uma imagem, exibida pelo RJ2, da TV Globo, a mulher aparece nua, com a legenda: “Sou de Bangu e vereador Jairinho botou peito em mim”, referindo-se ao fato de o então namorado ter pagado as próteses de silicone.
A mesma reportagem mostrou que a defesa de Jarinho compartilhou vídeos em que funcionários do vereador desqualificam a testemunha. “Disse para muitas pessoas que estava com ele por causa do dinheiro”, afirma um dos funcionários, completando: “Agora disse que tinha medo dele?”.
O menino foi levado pelos dois até um hospital particular da Barra, onde, de acordo com os médicos, já chegou morto, tendo sido infrutíferas as tentativas de reanimá-lo. Dr. Jairinho, que é médico, relatou não ter feito massagem cardíaca no menino porque nunca exerceu a profissão. Tanto ele quanto a mãe de Henry disseram que Henry, provavelmente, havia sofrido uma queda no quarto do casal.
O casal afirmou ainda que o casal encontrou a criança caída no chão, com as mãos frias, os olhos revirados e respirando mal. Porém, a morte foi considerada suspeita, e a necropsia do Instituto Médico Legal não corroborou a versão apresentada. O laudo constatou que o garoto sofrera múltiplas lesões, lacerações hepáticas, hemorragia interna, lesões na cabeça e contusões nos rins e nos pulmões, além de hematomas pelo corpo.
Testemunhas acuadas
Outro fator determinante para a polícia pedir a prisão do casal foi o acesso a mensagens de celulares que tinham sido apagadas no aparelho de Monique. Nelas, a mãe de Henry conversava com a babá Thayná de Oliveira Ferreira, que relatou que Dr. Jairinho havia se trancado no quarto, de onde o menino saiu mancado e reclamando de dor na cabeça. Ela disse à mãe que era sempre assim. Apesar disso, em depoimento à polícia, a babá omitiu qualquer agressão.
Até ser preso na última quinta-feria, Dr. Jairinho, nos últimos dias, teria perseguido testemunhas. Uma das ex-namoradas que revelou que a filha, quando pequena, teria sido agredida pelo vereador, teve fotos íntimas divulgadas. Em uma imagem, exibida pelo RJ2, da TV Globo, a mulher aparece nua, com a legenda: “Sou de Bangu e vereador Jairinho botou peito em mim”, referindo-se ao fato de o então namorado ter pagado as próteses de silicone.
A mesma reportagem mostrou que a defesa de Jarinho compartilhou vídeos em que funcionários do vereador desqualificam a testemunha. “Disse para muitas pessoas que estava com ele por causa do dinheiro”, afirma um dos funcionários, completando: “Agora disse que tinha medo dele?”.
Fonte Extra
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