Imagine um município capaz de evitar desperdícios de água e luz no instante em que ocorrem, abrindo espaço no orçamento para outros investimentos; ou um cultivo agropecuário que monitora a saúde de cada planta ou boi, permitindo o uso controlado e localizado de medicamentos, fertilizantes ou rações especiais. Soluções tecnológicas como essas já estão sendo concebidas em Campos, mas carecem de um elemento fundamental: a conexão de múltiplos dispositivos de forma instantânea, o que será possível com o 5G, cujo edital do leilão será liberado já no mês que vem – motivo pelo qual a Firjan vem mobilizando autoridades locais a adequarem suas legislações a essa nova Era de oportunidades.
Campos saiu na frente, sendo a primeira cidade do estado – e a quinta do país – a modernizar a lei, motivo pelo qual será uma das primeiras a contar com a tecnologia. Uma esperança a mais para o empresário Rodrigo Martins, sócio de uma empresa especializada na Internet das Coisas – interconexão entre objetos cotidianos – e na Indústria 4.0 – ou quarta revolução industrial, que se utiliza da automação para melhorar a eficiência e produtividade dos processos. A empresa vem investindo em dispositivos que melhoram, por exemplo, a gestão de recursos hídricos e energéticos, muitos dos quais ainda estão em fase de testes.
“Muitas vezes, um vazamento de água só é identificado quando a conta chega no fim do mês – e no poder público é ainda pior, depois de vários meses, devido ao fluxo de pagamentos. No caso da energia, numa escola que está consumindo luz fora do horário de expediente, por exemplo, a lâmpada poderá ser desligada automaticamente ou à distância. Com o 5G, essa solução será potencializada em quantidade, confiabilidade e numa velocidade instantânea. Será uma enorme evolução no sistema de telecomunicações, com mudanças radicais em vários setores da sociedade”, afirma Rodrigo.
A tecnologia campista também já está presente em Nova Xavantina, pequeno município de Mato Grosso, a cerca de 600 quilômetros da capital Cuiabá. Diversos chips foram instalados nos bois da Fazenda Boa Esperança, do engenheiro e pecuarista Ricardo Remer. Com os dispositivos, é possível monitorar temperatura, peso e rastreabilidade do animal, incluindo seus ancestrais. Mas, sem o 5G, o que seria um avanço fica refém da precária conectividade.
“Quando o gado vai para o pasto, ele passa por uma balança. E do total extraímos uma média de quanto cada boi estaria pesando. Com a tecnologia, podemos acompanhar o peso e a saúde de cada animal, o que nos dá um ganho enorme de eficiência. O problema é que a atual conectividade não nos permite fazer esse acompanhamento em tempo real, para, por exemplo, investir em novas rações apenas naquele animal que perdeu peso”, explica Ricardo Remer, que também vem investindo em tecnologias de monitoramento em plantações de milho.
Exemplos mundo afora
Outros exemplos onde o 5G já é realidade dão a dimensão da mudança. E um dos maiores exemplos aconteceu durante a pandemia na China: um centro de diagnóstico remoto, funcionando 24 horas por dia, estava interligado a câmeras e equipamentos dos hospitais de campanha, o que permitia analisar exames e escanear pacientes em tempo real, agilizando o diagnóstico e o tratamento mais adequado. Também na China, mais de dois terços da operação de um porto acontece à distância, por meio de um sistema de câmeras e controle remoto.
Isso foi possível porque o 5G pode comportar centenas de dispositivos conectados ao mesmo tempo, bem como atingir até 100 gigabytes por segundo – 100 vezes mais do que o 4G, tornando a nova tecnologia capaz até de concorrer com a banda larga. Dessa forma, as possibilidades num futuro próximo trarão ares de ficção científica à realidade: na saúde, pacientes sendo operados por um médico em outro continente; na educação, a realidade aumentada levará o espectador/aluno para dentro do universo que deseja estudar; na segurança pública, câmeras com capacidade de detecção instantânea de procurados pela Justiça ou em atitudes suspeitas; no lazer, o uso massivo de vídeos 3D pela TV ou celular; na mobilidade urbana, veículos sem motorista e sinais de trânsito que se adaptam ao fluxo das vias.
Sem contar as cidades inteligentes, que permitirão, por exemplo, a existência de estacionamentos que avisam onde tem vaga. Ou dispositivos instalados nos postes e equipamentos públicos, como uma escola, por exemplo, que poderão detectar o momento em que há falta ou desperdício de água e energia. Sem contar as casas inteligentes, nas quais uma geladeira, por exemplo, poderá avisar – ou até fazer a compra on-line – do que estiver faltando.
O presidente do Conselho Empresarial de Competitividade da Firjan, Felipe Meier, destacou que a quantidade de mudanças ainda é inimaginável.
A pandemia acelerou o processo da transformação digital em diversos setores, e o 5G tornará as cidades ‘mais inteligentes’, pois essas estarão mais conectadas fazendo com que a economia cresça de forma significativa. Acredita-se que isso acontecerá porque o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida dos cidadãos, a economia, o meio ambiente e diversos outros setores serão auxiliados pela qualidade da execução e entrega que essa tecnologia promete trazer”, pontuou Meier
Legislação antiquada
Para que tudo isso se torne realidade, porém, o primeiro passo é cada município adaptar sua legislação – já que os investimentos começarão pelas primeiras cidades a modernizarem suas leis. Para o 4G, por exemplo, a atual legislação exige postes em uma rua com até 10 metros de largura, o que inviabiliza a colocação de antenas em muitas comunidades. Principalmente porque o 5G, embora conte com antenas bem menores, exige muitas unidades. Elas poderão ser colocadas em prédios, residências, postes, e até sinais de trânsito – desde que, porém, a legislação permita.
Para que isso aconteça, a Firjan Norte Fluminense vai reunir na próxima terça-feira (27/7) representantes do legislativo e executivo das nove cidades da região. O objetivo é alinhar e reduzir entraves que impeçam a implantação da tecnologia, e a Firjan dará apoio técnico e jurídico para que as câmaras municipais avancem na redação das leis. O Rio de Janeiro foi pioneiro na aprovação de uma legislação estadual para a implementação da tecnologia 5G (lei 9.151/20), que instituiu o Programa de Estímulo à Implantação das Tecnologias de Conectividade Móvel. Foi com base nela que a Lei do 5G em Campos foi aprovada.
A melhoria da infraestrutura de redes com banda larga de qualidade é um dos temas prioritários do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, agenda estratégica construída pelos empresários da Firjan com soluções para os entraves ao desenvolvimento econômico e social das regiões fluminenses. Dados da Anatel apontam que os investimentos feitos pelo 5G vão refletir no aumento médio de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) por ano até 2035. A expectativa é de que só o leilão movimente R$ 44 bilhões – dos quais R$ 37 bilhões se referem a compromissos de investimentos.
“Este não é um edital arrecadatório então há compromissos com a expansão da rede de cobertura e escoamento do tráfego de dados. A tecnologia 5G é habilitadora da transformação digital, com impactos em todas as áreas da sociedade, como o agronegócio, por exemplo, que é forte na região. No entanto, é fundamental reforçar que isso será possível somente com a infra de conectividade habilitada”, explicou o chefe de Assessoria Técnica da Anatel, Humberto Bruno Pontes Silva.
Felipe Sáles
Assessor de Imprensa
Gerência de Imprensa e Conteúdo (GIM)
Firjan Norte e Noroeste Fluminense
(22) 99870-0358
www.firjan.com.br
Campos saiu na frente, sendo a primeira cidade do estado – e a quinta do país – a modernizar a lei, motivo pelo qual será uma das primeiras a contar com a tecnologia. Uma esperança a mais para o empresário Rodrigo Martins, sócio de uma empresa especializada na Internet das Coisas – interconexão entre objetos cotidianos – e na Indústria 4.0 – ou quarta revolução industrial, que se utiliza da automação para melhorar a eficiência e produtividade dos processos. A empresa vem investindo em dispositivos que melhoram, por exemplo, a gestão de recursos hídricos e energéticos, muitos dos quais ainda estão em fase de testes.
“Muitas vezes, um vazamento de água só é identificado quando a conta chega no fim do mês – e no poder público é ainda pior, depois de vários meses, devido ao fluxo de pagamentos. No caso da energia, numa escola que está consumindo luz fora do horário de expediente, por exemplo, a lâmpada poderá ser desligada automaticamente ou à distância. Com o 5G, essa solução será potencializada em quantidade, confiabilidade e numa velocidade instantânea. Será uma enorme evolução no sistema de telecomunicações, com mudanças radicais em vários setores da sociedade”, afirma Rodrigo.
A tecnologia campista também já está presente em Nova Xavantina, pequeno município de Mato Grosso, a cerca de 600 quilômetros da capital Cuiabá. Diversos chips foram instalados nos bois da Fazenda Boa Esperança, do engenheiro e pecuarista Ricardo Remer. Com os dispositivos, é possível monitorar temperatura, peso e rastreabilidade do animal, incluindo seus ancestrais. Mas, sem o 5G, o que seria um avanço fica refém da precária conectividade.
“Quando o gado vai para o pasto, ele passa por uma balança. E do total extraímos uma média de quanto cada boi estaria pesando. Com a tecnologia, podemos acompanhar o peso e a saúde de cada animal, o que nos dá um ganho enorme de eficiência. O problema é que a atual conectividade não nos permite fazer esse acompanhamento em tempo real, para, por exemplo, investir em novas rações apenas naquele animal que perdeu peso”, explica Ricardo Remer, que também vem investindo em tecnologias de monitoramento em plantações de milho.
Exemplos mundo afora
Outros exemplos onde o 5G já é realidade dão a dimensão da mudança. E um dos maiores exemplos aconteceu durante a pandemia na China: um centro de diagnóstico remoto, funcionando 24 horas por dia, estava interligado a câmeras e equipamentos dos hospitais de campanha, o que permitia analisar exames e escanear pacientes em tempo real, agilizando o diagnóstico e o tratamento mais adequado. Também na China, mais de dois terços da operação de um porto acontece à distância, por meio de um sistema de câmeras e controle remoto.
Isso foi possível porque o 5G pode comportar centenas de dispositivos conectados ao mesmo tempo, bem como atingir até 100 gigabytes por segundo – 100 vezes mais do que o 4G, tornando a nova tecnologia capaz até de concorrer com a banda larga. Dessa forma, as possibilidades num futuro próximo trarão ares de ficção científica à realidade: na saúde, pacientes sendo operados por um médico em outro continente; na educação, a realidade aumentada levará o espectador/aluno para dentro do universo que deseja estudar; na segurança pública, câmeras com capacidade de detecção instantânea de procurados pela Justiça ou em atitudes suspeitas; no lazer, o uso massivo de vídeos 3D pela TV ou celular; na mobilidade urbana, veículos sem motorista e sinais de trânsito que se adaptam ao fluxo das vias.
Sem contar as cidades inteligentes, que permitirão, por exemplo, a existência de estacionamentos que avisam onde tem vaga. Ou dispositivos instalados nos postes e equipamentos públicos, como uma escola, por exemplo, que poderão detectar o momento em que há falta ou desperdício de água e energia. Sem contar as casas inteligentes, nas quais uma geladeira, por exemplo, poderá avisar – ou até fazer a compra on-line – do que estiver faltando.
O presidente do Conselho Empresarial de Competitividade da Firjan, Felipe Meier, destacou que a quantidade de mudanças ainda é inimaginável.
A pandemia acelerou o processo da transformação digital em diversos setores, e o 5G tornará as cidades ‘mais inteligentes’, pois essas estarão mais conectadas fazendo com que a economia cresça de forma significativa. Acredita-se que isso acontecerá porque o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida dos cidadãos, a economia, o meio ambiente e diversos outros setores serão auxiliados pela qualidade da execução e entrega que essa tecnologia promete trazer”, pontuou Meier
Legislação antiquada
Para que tudo isso se torne realidade, porém, o primeiro passo é cada município adaptar sua legislação – já que os investimentos começarão pelas primeiras cidades a modernizarem suas leis. Para o 4G, por exemplo, a atual legislação exige postes em uma rua com até 10 metros de largura, o que inviabiliza a colocação de antenas em muitas comunidades. Principalmente porque o 5G, embora conte com antenas bem menores, exige muitas unidades. Elas poderão ser colocadas em prédios, residências, postes, e até sinais de trânsito – desde que, porém, a legislação permita.
Para que isso aconteça, a Firjan Norte Fluminense vai reunir na próxima terça-feira (27/7) representantes do legislativo e executivo das nove cidades da região. O objetivo é alinhar e reduzir entraves que impeçam a implantação da tecnologia, e a Firjan dará apoio técnico e jurídico para que as câmaras municipais avancem na redação das leis. O Rio de Janeiro foi pioneiro na aprovação de uma legislação estadual para a implementação da tecnologia 5G (lei 9.151/20), que instituiu o Programa de Estímulo à Implantação das Tecnologias de Conectividade Móvel. Foi com base nela que a Lei do 5G em Campos foi aprovada.
A melhoria da infraestrutura de redes com banda larga de qualidade é um dos temas prioritários do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, agenda estratégica construída pelos empresários da Firjan com soluções para os entraves ao desenvolvimento econômico e social das regiões fluminenses. Dados da Anatel apontam que os investimentos feitos pelo 5G vão refletir no aumento médio de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) por ano até 2035. A expectativa é de que só o leilão movimente R$ 44 bilhões – dos quais R$ 37 bilhões se referem a compromissos de investimentos.
“Este não é um edital arrecadatório então há compromissos com a expansão da rede de cobertura e escoamento do tráfego de dados. A tecnologia 5G é habilitadora da transformação digital, com impactos em todas as áreas da sociedade, como o agronegócio, por exemplo, que é forte na região. No entanto, é fundamental reforçar que isso será possível somente com a infra de conectividade habilitada”, explicou o chefe de Assessoria Técnica da Anatel, Humberto Bruno Pontes Silva.
Felipe Sáles
Assessor de Imprensa
Gerência de Imprensa e Conteúdo (GIM)
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(22) 99870-0358
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