quinta-feira, 29 de julho de 2021

Entenda como será feito o estudo que analisará se imunizados com a CoronaVac precisarão de uma terceira dose de vacina

Caixa com doses da CoronaVac: imunizante é fabricado no Brasil pelo Instituto Butantan Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo/Melissa Duarte

Brasília - O estudo clínico encomendado pelo Ministério da Saúde para analisar a efetividade de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 para quem foi imunizado com a CoronaVac irá recrutar 1.200 voluntários em São Paulo e Salvador (BA). Realizada em parceria com a Universidade de Oxford, da Inglaterra, a pesquisa deve começar daqui a duas semanas e apresentar os primeiros resultados em novembro.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Hospital São Rafael, em Salvador, também participarão da pesquisa. Os voluntários serão divididos por idade (um grupo com pessoas de até 59 anos e o outro de 60 anos ou mais) e de acordo com a dose de reforço que cada um receberá, já que o estudo também ajudará a analisar a intercambialidade das vacinas. Os participantes deverão ter tomado a segunda dose da CoronaVac há pelo menos seis meses.

— Para a vacina da Pfizer, de Oxford/AstraZeneca e da Janssen (as outras três que estão em uso no Brasil), já existem publicações mostrando realmente proteção em até um ano. Em relação à CoronaVac, nós precisamos avaliar isso. Existem estudos que já mostram que a proteção começa a cair com seis meses — disse a pesquisadora de Oxford e coordenadora do estudo, Sue Ann Costa Clemmens. — Vacinaremos pessoas que já tenham tomado a CoronaVac, seis meses depois da segunda dose, divididas em quatro grupos: um tomará reforço com CoronaVac, um com a vacina da Janssen, um com Pfizer e um com AstraZeneca — explicou Clemmens.

A Sinovac Biotech, que desenvolveu a CoronaVac, e o Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil, não participarão do estudo.

— (O estudo) É para avaliar reforço em indivíduos que tomaram primeira e segunda doses da CoronaVac. Por que isso? Porque (para) essa vacina nós não temos uma publicação na literatura detalhada acerca da sua efetividade. Todas as respostas precisam ser dadas a partir de ensaios clínicos — disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Fonte Extra

Nenhum comentário: