Acusadas de estelionado ostentavam nas redes sociais Foto: Reprodução/Extra
Três das cinco mulheres presas num apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, acusadas pela polícia de aplicar golpes utilizando dados de cartões de créditos e de contas de clientes de bancos, vieram de São Paulo para o Rio de Janeiro exclusivamente para praticar os crimes, conforme apontam as investigações. As paulistas são: Gabriela Silva Vieira, Mariana Serrano de Oliveira e Yasmin Navarro. Também foram presas na tarde da última quarta-feira Anna Carolina de Sousa Santos e Rayane Silva Sousa.
No momento em que a polícia chegou no local, duas delas estavam ao telefone com supostas vítimas. Segundo a investigação, no endereço funcionava uma espécie de “central de telemarketing", utilizada para aplicar golpes. Lá, os agentes apreenderam para a análise uma lista contendo mais de 10 mil dados de potenciais vítimas, assim como laptops, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito. A prisão delas foi convertida em preventiva pela Justiça.
Três das cinco mulheres presas num apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, acusadas pela polícia de aplicar golpes utilizando dados de cartões de créditos e de contas de clientes de bancos, vieram de São Paulo para o Rio de Janeiro exclusivamente para praticar os crimes, conforme apontam as investigações. As paulistas são: Gabriela Silva Vieira, Mariana Serrano de Oliveira e Yasmin Navarro. Também foram presas na tarde da última quarta-feira Anna Carolina de Sousa Santos e Rayane Silva Sousa.
No momento em que a polícia chegou no local, duas delas estavam ao telefone com supostas vítimas. Segundo a investigação, no endereço funcionava uma espécie de “central de telemarketing", utilizada para aplicar golpes. Lá, os agentes apreenderam para a análise uma lista contendo mais de 10 mil dados de potenciais vítimas, assim como laptops, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito. A prisão delas foi convertida em preventiva pela Justiça.
As cinco mulheres foram presas num apartamento no Recreio Foto: Reprodução
De acordo com as investigações, as acusadas utilizavam softwares similares aos de bancos, com gravação eletrônica. Na ação, elas telefonavam para os idosos e diziam que constataram compras supostamente fraudulentas nos cartões de créditos deles. Depois disso, pediam para a vítima digitar a senha e cortar o cartão (em alguns casos). Também se valiam de motoboys para ir ao endereço recolher o cartão.
Com os dados e a senha em mãos, a quadrilha passava a realizar inúmeras compras, saques, transferências bancárias, Pix e empréstimos, utilizando todo o crédito disponível da vítima, provocando grande prejuízo financeiro para essas pessoas.
No computador que estava sendo utilizado por uma das integrantes, no momento em que a polícia chegou, foi encontrado um script, com o que elas diziam para as vítimas: "BOA TARDE, POR GENTILEZA ... SR (A) ... AQUI QUEM FALA É FULANA DE TAL, SOU DO SETOR DE SEGURANÇA DO BANCO DO BRASIL ... TUDO BEM COM O SR(A). O MOTIVO DO MEU CONTATO É REFERENTE A UMA TRANSAÇÃO QUE SE ENCONTRA IRREGULAR NO NOSSO SISTEMA. FOI UMA COMPRA REALIZADA AGORA POUCO NAS LOJAS AMERICANAS DA CIDADE DE SÃO PAULO (...)"
A delegada Márcia Beck, da 40ª DP (Honório Gurgel), ainda está apurando quantas pessoas, de fato, caíram nesse golpe, mas estima que sejam milhares porque atingia até moradores de outros estados. Uma das últimas vítimas do grupo mora no balneário de Camboriú, em Santa Catarina. A delegada também não levantou ainda quanto o grupo movimentou, mas já sabe que apenas uma das integrantes conseguiu lucrar R$ 400 mil em duas semanas.
Nas redes sociais, elas ostentam luxo, se exibindo em fotos em locais paradisíacos, passeios em lanchas e cenários de tirar o fôlego. Uma delas se apresentava nas redes sociais como blogueira e empreendedora da vida social, tendo mais de 13 mil seguidores.
Como o esquema funcionava
O esquema fraudulento, que em geral se valia de dados bancários, mas, principalmente, dos cartões de crédito da vítima, funcionava da seguinte forma: A estelionatária ligava para as pessoas, repetindo um script já escrito no qual se passava por funcionária da central de relacionamento dos bancos.
Informava ter sido detectada compras supostamente fraudulentas feitas com o cartão da vítima e se oferecia para cancelar o cartão. Antes, pedia que fossem digitados dados como números da agência bancária e da conta, além da senha. Essas informações eram armazenadas pela quadrilha.
O bando se valia também de motoboys, que eram enviados na casa das vítimas para pegar os cartões que seriam “cancelados”. Muitas vezes, quando o golpe dava certo, eles deixavam um papel timbrado com a pessoa para comprovar a retirada. O objetivo, segundo a delegada Márcia Beck, era dar um ar de “credibilidade” para a ação fraudulenta.
E com os dados bancários dos cartões das vítimas em mãos, incluindo senha, faziam Pix, transferência, empréstimos, saques e compras, usando todo o crédito disponível da vítima.
Como não cair nos golpes
Para evitar cair em golpes como o que era aplicado pela quadrilha, a delegada recomenda que ao receber uma ligação telefônica suspeita, a pessoa evite passar qualquer tipo de informação pessoal ou bancária, principalmente senhas de contas ou cartão. Ela recomenda ainda desligar e entrar em contato diretamente com o gerente responsável pela conta ou telefonar para a administradora do cartão de crédito, no número que vem no verso do mesmo.
— É preciso muito cuidado, porque tudo é muito bem organizado para conseguir enganar as vítimas — afirma a delegada, alertando que os bancos quando ligam para os clientes não costumam pedir dados pessoais e, muito menos, senhas.
De acordo com as investigações, as acusadas utilizavam softwares similares aos de bancos, com gravação eletrônica. Na ação, elas telefonavam para os idosos e diziam que constataram compras supostamente fraudulentas nos cartões de créditos deles. Depois disso, pediam para a vítima digitar a senha e cortar o cartão (em alguns casos). Também se valiam de motoboys para ir ao endereço recolher o cartão.
Com os dados e a senha em mãos, a quadrilha passava a realizar inúmeras compras, saques, transferências bancárias, Pix e empréstimos, utilizando todo o crédito disponível da vítima, provocando grande prejuízo financeiro para essas pessoas.
No computador que estava sendo utilizado por uma das integrantes, no momento em que a polícia chegou, foi encontrado um script, com o que elas diziam para as vítimas: "BOA TARDE, POR GENTILEZA ... SR (A) ... AQUI QUEM FALA É FULANA DE TAL, SOU DO SETOR DE SEGURANÇA DO BANCO DO BRASIL ... TUDO BEM COM O SR(A). O MOTIVO DO MEU CONTATO É REFERENTE A UMA TRANSAÇÃO QUE SE ENCONTRA IRREGULAR NO NOSSO SISTEMA. FOI UMA COMPRA REALIZADA AGORA POUCO NAS LOJAS AMERICANAS DA CIDADE DE SÃO PAULO (...)"
A delegada Márcia Beck, da 40ª DP (Honório Gurgel), ainda está apurando quantas pessoas, de fato, caíram nesse golpe, mas estima que sejam milhares porque atingia até moradores de outros estados. Uma das últimas vítimas do grupo mora no balneário de Camboriú, em Santa Catarina. A delegada também não levantou ainda quanto o grupo movimentou, mas já sabe que apenas uma das integrantes conseguiu lucrar R$ 400 mil em duas semanas.
Nas redes sociais, elas ostentam luxo, se exibindo em fotos em locais paradisíacos, passeios em lanchas e cenários de tirar o fôlego. Uma delas se apresentava nas redes sociais como blogueira e empreendedora da vida social, tendo mais de 13 mil seguidores.
Como o esquema funcionava
O esquema fraudulento, que em geral se valia de dados bancários, mas, principalmente, dos cartões de crédito da vítima, funcionava da seguinte forma: A estelionatária ligava para as pessoas, repetindo um script já escrito no qual se passava por funcionária da central de relacionamento dos bancos.
Informava ter sido detectada compras supostamente fraudulentas feitas com o cartão da vítima e se oferecia para cancelar o cartão. Antes, pedia que fossem digitados dados como números da agência bancária e da conta, além da senha. Essas informações eram armazenadas pela quadrilha.
O bando se valia também de motoboys, que eram enviados na casa das vítimas para pegar os cartões que seriam “cancelados”. Muitas vezes, quando o golpe dava certo, eles deixavam um papel timbrado com a pessoa para comprovar a retirada. O objetivo, segundo a delegada Márcia Beck, era dar um ar de “credibilidade” para a ação fraudulenta.
E com os dados bancários dos cartões das vítimas em mãos, incluindo senha, faziam Pix, transferência, empréstimos, saques e compras, usando todo o crédito disponível da vítima.
Como não cair nos golpes
Para evitar cair em golpes como o que era aplicado pela quadrilha, a delegada recomenda que ao receber uma ligação telefônica suspeita, a pessoa evite passar qualquer tipo de informação pessoal ou bancária, principalmente senhas de contas ou cartão. Ela recomenda ainda desligar e entrar em contato diretamente com o gerente responsável pela conta ou telefonar para a administradora do cartão de crédito, no número que vem no verso do mesmo.
— É preciso muito cuidado, porque tudo é muito bem organizado para conseguir enganar as vítimas — afirma a delegada, alertando que os bancos quando ligam para os clientes não costumam pedir dados pessoais e, muito menos, senhas.
Fonte Extra
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