Vereador negou ter conhecimento dos crimes e pediu punição "de acordo com a legislação vigente"
Dandinho de Rio Preto. (Foto: Carlos Grevi)
O vereador de Campos Dandinho de Rio Preto (PSD) emitiu, nesta sexta-feira (27), uma nota sobre a prisão de uma de suas assessoras por participação em 16 casos de estelionato. Ele informou que pediu a exoneração da mulher, identificada pelas iniciais C.B.S, negou ter conhecimento dos crimes e pediu punição aos envolvidos “de acordo com a legislação vigente”.
Veja a íntegra da nota abaixo:
Diante dos fatos ocorridos na data de ontem, 26/05/2022, o Vereador Dandinho de Rio Preto vem a público explicar que não tem e nunca teve conhecimento de qualquer notícia que desabonasse a conduta da sua assessora até a data do acontecido, e que a mesma apresentou ao setor de Recursos Humanos da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes a certidão de nada consta de antecedentes criminais, como é de praxe para qualquer servidor nomeado ou concursado.
Contudo, na data de hoje foi solicitado ao Presidente da Câmara Municipal, através de ofício, a exoneração da referida servidora até que os fatos sejam apurados e a justiça seja feita.
Por fim, o Vereador Dandinho de Rio Preto destaca que não coaduna com qualquer conduta ilícita, seja de quem for, e as pessoas responsáveis devem ser punidas de acordo com a legislação vigente.
Relembre o caso
C.B.S, de 47 anos, foi presa em flagrante nesta quinta-feira (26), nas dependências da Câmara Municipal de Campos, por agentes da 146ª Delegacia Policial (Guarus), por suspeita de estelionato na comercialização de cursos voltados para a área offshore.
Ao todo, ela é alvo de 16 inquéritos, abertos a partir de 2017, pela prática do mesmo crime. Na manhã desta sexta, a delegada adjunta da 146ª, Madeleine Farias, convocou a imprensa para uma entrevista coletiva, na qual deu detalhes do caso.
De acordo com a delegada adjunta, a mulher divulgava vagas de emprego, mas, para a pessoa ser contratada, tinha que fazer cursos que ela mesma vendia. “Ela cobrava preços abaixo do mercado. O pagamento não era efetuado diretamente na conta de C.B.S, ela usava a conta de terceiros e pegava os documentos das vítimas”, afirmou.
Ainda segundo Madeleine, a mulher empregava a tática conhecida como “gatilho de urgência” para convencer as vítimas. “A suspeita oferecia os cursos e falava que se não fizesse e pagasse até tal dia, a pessoa perderia a vaga de emprego. No desespero, muitos pagavam a ela. Após o pagamento, as pessoas não eram empregadas e ela usava a lábia para omitir a realidade”, conta a delegada.
A Polícia Civil estima que mais 30 pessoas de Campos e região devem comparecer à delegacia para prestar novas queixas após identificá-la.
Terceira Via
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