O ideal é que o teste seja feito entre o 3º e o 5º dia de nascido
Por Mariane Pessanha
Fábio | Levou os filhos para fazer o teste; inclusive a caçula, Bianca
O auxiliar administrativo Fábio Salles tem três filhos e fez questão de levar todos eles para realizar o teste do pezinho. Para Fábio, fazer o exame foi uma tranquilidade a mais no que se refere à saúde das crianças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), toda criança tem direito ao Teste do Pezinho Básico, totalmente gratuito, realizado em laboratórios oficiais e credenciados pelo Ministério da Saúde. As coletas de sangue são realizadas nas maternidades públicas ou nos postos de saúde.
“É extremamente importante para detectar doenças nos primeiros dias de vida, pois, dessa forma, caso haja diagnóstico positivo, pode-se tratar logo no início. Graças a Deus, nada foi detectado nos exames dos meus filhos, mas sempre tive a preocupação tanto de realizar o teste quanto para ir buscar os resultados”, diz Fábio. O ideal é que o teste seja feito entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê.
De acordo com a pediatra Mariana Berlink, o exame feito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) detecta seis doenças, entre elas a anemia falciforme, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, entre outros.
Via Saúde | A pediatra Mariana Berlink falou sobre a importância do teste
“O teste é importante porque detecta precocemente as doenças antes que tenha sintomas. Por exemplo, o hipotireoidismo congênito, a criança já pode nascer com alteração no exame de sangue, só que ele não tem sintoma. Então, isso só vai ser descoberto quando a criança começa a sentir sintoma, de forma que o ideal é que a gente faça o teste do pezinho dentro do período preconizado para que esse diagnóstico seja precoce. Dessa forma, a gente evita um número enorme de crianças com sequelas como, por exemplo, o hipotireoidismo congênito”, explica.
O hipotireoidismo congênito é uma alteração metabólica em que a tireoide do bebê não é capaz de produzir as quantidades adequadas dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4. Isso pode comprometer o desenvolvimento da criança e provocar alterações neurológicas permanentes caso não seja devidamente identificada e tratada.
No ano passado, o Governo Federal sancionou uma lei permitindo que mais doenças fossem detectadas, mas o processo continua parado. “Pularíamos de seis para quase 50 doenças detectadas. É uma mudança abrupta e gradual, que teria que ter incluído também a toxoplasmose congênita, que é extremamente importante e que tem sequelas perigosas para as crianças. Por isso, é tão importante que esse diagnóstico seja feito precocemente”, explicou a médica.
Ainda de acordo com a especialista, a toxoplasmose congênita pode causar alterações auditivas, oculares, cerebrais e tem várias formas de manifestação, que vai desde o óbito até mesmo o atraso no desenvolvimento da criança.
Fonte:Terceira Via
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