Sindicato dos produtores disponibilizou a sede para que vítimas registrem de forma virtual boletim de ocorrência para gerar investigação
POR GIRLANE RODRIGUESAlvo | Bezerros são preferência dos bandidos por serem de menor porte e dóceis, o que facilita o transporte
A prática de furto de gado e de produtos agrícolas no campo mobilizou a presidência do Sindicato Rural de Campos a disponibilizar a sede da entidade para auxiliar as vítimas a registrarem os crimes, fazendo um boletim de ocorrência de modo virtual. O assunto foi destaque na Coluna do Balbi, na edição passada do Jornal Terceira Via. De acordo com o presidente do Sindicato Rural, Ronaldo Bartholomeu dos Santos Júnior, o crime está acontecendo com frequência.
“Tudo indica que uma quadrilha está atuando. Os bandidos agem à noite, invadindo propriedades rurais, furtando bezerros e outros animais, além de matérias agrícolas, fios de cobre, transformadores de eletricidade e até trilhos de trem”, conta Bartholomeu.
O furto geralmente é descoberto no dia seguinte, quando o proprietário chega para trabalhar. “Ao colocar o gado no curral para começar a ordenha, se começa a dar por falta de bezerros. Eles levam dois ou até três por vez, porque são pequenos e fáceis de carregar. Por serem gado de leite, são mais mansos. Estes crimes acontecem há muito tempo, mas de dois anos para cá ocorrem a frequência vem aumentando”, disse Bartholomeu, que também é produtor.
A prática de furto de gado e de produtos agrícolas no campo mobilizou a presidência do Sindicato Rural de Campos a disponibilizar a sede da entidade para auxiliar as vítimas a registrarem os crimes, fazendo um boletim de ocorrência de modo virtual. O assunto foi destaque na Coluna do Balbi, na edição passada do Jornal Terceira Via. De acordo com o presidente do Sindicato Rural, Ronaldo Bartholomeu dos Santos Júnior, o crime está acontecendo com frequência.
“Tudo indica que uma quadrilha está atuando. Os bandidos agem à noite, invadindo propriedades rurais, furtando bezerros e outros animais, além de matérias agrícolas, fios de cobre, transformadores de eletricidade e até trilhos de trem”, conta Bartholomeu.
O furto geralmente é descoberto no dia seguinte, quando o proprietário chega para trabalhar. “Ao colocar o gado no curral para começar a ordenha, se começa a dar por falta de bezerros. Eles levam dois ou até três por vez, porque são pequenos e fáceis de carregar. Por serem gado de leite, são mais mansos. Estes crimes acontecem há muito tempo, mas de dois anos para cá ocorrem a frequência vem aumentando”, disse Bartholomeu, que também é produtor.
Sindicato Rural | Ronaldo Bartholomeu disponibiliza sede para ocorrência
O sindicato mapeou e considerou a região Sul do Município de Campos como a mais crítica. Distritos e localidades como Dores de Macabu, Ponta da Lama e Serrinha são alvos frequentes dos criminosos. Sem internet e outras tecnologias, o monitoramento por câmeras fica impedido. Algumas regiões contam com o Departamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da Polícia Militar, outras não. Mas, segundo Ronaldo Bartholomeu, nos finais de semana, os policiais são deslocados para o balneário de Lagoa de Cima, devido ao movimento. “Estamos carentes de policiamento nos distritos. Os proprietários rurais,por sua vez, também não têm acesso à internet e encontram dificuldades para registrarem o boletim de ocorrência na delegacia devido ao elevado tempo de espera”, informou.
Por este motivo, Ronaldo Bartholomeu colocou o Sindicato Rural, que fica na avenida Presidente Vargas, no bairro Pecuária, em Campos, à disposição dos proprietários rurais para fazerem o boletim de ocorrência de forma remota. Bartholomeu também disse que pretende participar da próxima reunião do Conselho Municipal de Segurança Pública, que reúne autoridades policiais, políticas e empresariais, além de representantes da comunidade, para discutir e promover mais segurança em Campos e na região. “O ideal é a polícia identificar quem está comprando este material e combater a raiz do problema”, sugere.
Campos possui aproximadamente 400 mil cabeças de gado de corte e de leite, segundo Bartholomeu. Também de acordo com ele, a tendência é de crescimento a partir dos investimentos de agronegócio da região.
Patrulha Rural
Nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, municípios mais afastados e conhecidos pela vocação agrícola contam com a patrulha rural da Polícia Militar. É uma forma da segurança e do estado estarem presentes em regiões distantes da área central. O Jornal Terceira Via entrou em contato com as Polícias Civil e Militar, mas não obteve retorno dos questionamentos até o fechamento desta edição.
Polícia Civil se posiciona
A Polícia Civil informou que este ano foram feitos oito registros de furto em propriedades rurais. Um dos crimes resultou em flagrante prisão do suspeito, no entanto, neste caso específico não houve furto de gado. De acordo com a corporação, a investigação “torna-se mais sensível pela ausência de testemunhas e de sistema tecnológico como internet, câmera e até celulares”.
A Polícia Civil informou, também, que, com a Lei 13330 de 2016, o crime de furto de gado, chamado de abigeato, sofreu aumento na pena, que passou de um a quatro anos para dois a cinco anos de reclusão.
“O proprietário rural deve dificultar o acesso dos furtadores, colocando cercas e cancelas reforçadas, além de informar à Polícia Militar sobre todas as suspeitas e locais em que estão sendo praticados os crimes, para, assim, fortalecer o patrulhamento. Deve, também, informar o furto imediatamente à Polícia Civil, que trabalha com prova testemunhal nestes casos, haja vista a dificuldade de imagens. Portanto, precisamos da colaboração da população. É necessário também que os possíveis compradores desses materiais furtados parem de incentivar a prática dos crimes, cessando de vez com o comércio de produtos ilegais”, disse a Polícia Civil, por meio de nota.
A Polícia Militar também foi procurada pela reportagem, mas não se pronunciou.
O sindicato mapeou e considerou a região Sul do Município de Campos como a mais crítica. Distritos e localidades como Dores de Macabu, Ponta da Lama e Serrinha são alvos frequentes dos criminosos. Sem internet e outras tecnologias, o monitoramento por câmeras fica impedido. Algumas regiões contam com o Departamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da Polícia Militar, outras não. Mas, segundo Ronaldo Bartholomeu, nos finais de semana, os policiais são deslocados para o balneário de Lagoa de Cima, devido ao movimento. “Estamos carentes de policiamento nos distritos. Os proprietários rurais,por sua vez, também não têm acesso à internet e encontram dificuldades para registrarem o boletim de ocorrência na delegacia devido ao elevado tempo de espera”, informou.
Por este motivo, Ronaldo Bartholomeu colocou o Sindicato Rural, que fica na avenida Presidente Vargas, no bairro Pecuária, em Campos, à disposição dos proprietários rurais para fazerem o boletim de ocorrência de forma remota. Bartholomeu também disse que pretende participar da próxima reunião do Conselho Municipal de Segurança Pública, que reúne autoridades policiais, políticas e empresariais, além de representantes da comunidade, para discutir e promover mais segurança em Campos e na região. “O ideal é a polícia identificar quem está comprando este material e combater a raiz do problema”, sugere.
Campos possui aproximadamente 400 mil cabeças de gado de corte e de leite, segundo Bartholomeu. Também de acordo com ele, a tendência é de crescimento a partir dos investimentos de agronegócio da região.
Patrulha Rural
Nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, municípios mais afastados e conhecidos pela vocação agrícola contam com a patrulha rural da Polícia Militar. É uma forma da segurança e do estado estarem presentes em regiões distantes da área central. O Jornal Terceira Via entrou em contato com as Polícias Civil e Militar, mas não obteve retorno dos questionamentos até o fechamento desta edição.
Polícia Civil se posiciona
A Polícia Civil informou que este ano foram feitos oito registros de furto em propriedades rurais. Um dos crimes resultou em flagrante prisão do suspeito, no entanto, neste caso específico não houve furto de gado. De acordo com a corporação, a investigação “torna-se mais sensível pela ausência de testemunhas e de sistema tecnológico como internet, câmera e até celulares”.
A Polícia Civil informou, também, que, com a Lei 13330 de 2016, o crime de furto de gado, chamado de abigeato, sofreu aumento na pena, que passou de um a quatro anos para dois a cinco anos de reclusão.
“O proprietário rural deve dificultar o acesso dos furtadores, colocando cercas e cancelas reforçadas, além de informar à Polícia Militar sobre todas as suspeitas e locais em que estão sendo praticados os crimes, para, assim, fortalecer o patrulhamento. Deve, também, informar o furto imediatamente à Polícia Civil, que trabalha com prova testemunhal nestes casos, haja vista a dificuldade de imagens. Portanto, precisamos da colaboração da população. É necessário também que os possíveis compradores desses materiais furtados parem de incentivar a prática dos crimes, cessando de vez com o comércio de produtos ilegais”, disse a Polícia Civil, por meio de nota.
A Polícia Militar também foi procurada pela reportagem, mas não se pronunciou.
Fonte:Terceira Via
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