Ícaro Barbosa
Em menos de uma semana o tráfico de Campos recebeu duros golpes da Polícia Civil. Realizada a partir de meses de investigação dos agentes da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), a interceptação de um fornecedor de drogas paulista na última quinta-feira (07) acabou levando ao estouro de uma refinaria de entorpecentes dentro da cidade na manhã de sexta (08): O resultado disso tudo foi a apreensão de 130 kg de drogas — 70kg de maconha e 60 kg de cocaína. O prejuízo aos cofres do narcotráfico é estimado em mais de R$ 5 milhões. No último domingo (03), outros 13 kg de drogas foram retirados das mãos de traficantes da comunidade Portelinha.
Após o estouro da refinaria, na sexta, o delegado titular da 146ª DP, Pedro Emílio Braga, falou sobre o trabalho da Polícia Civil na repressão ao tráfico no município.
Para ele, interceptações como a do “mula” que vinha de São Paulo trazendo 30 kg de pasta base de cocaína do Rio de Janeiro e a explosão da refinaria em um sítio alugado no Km 8 de Guarus — que culminou na apreensão de maconha, pasta base de cocaína, loló, cadernos de anotação e a prisão de dois homens — são partes de uma das formas mais eficazes, e menos letais, de minar as organizações criminosa; atingindo os envolvidos no bolso.
— Existe uma concepção dentro da Polícia Civil de que nós precisamos impactar as organizações criminosas. E não é apenas com prisões que fazemos isso, precisamos enfraquecê-las financeiramente para diminuir seu poderio bélico. Isso leva, em um segundo plano, a redução de homicídios e a ordem dentro da cidade — disse o delegado, que agora se encontra de férias e deixa a investigação do caso nas mãos de sua adjunta, Madeleine Farias.
Ela, por sua vez, afirma que as investigações em cima do caso da refinaria irão continuar, agora munidos de informações, cadernos de anotações com nomes e dispositivos eletrônicos: “É muito provável que mais gente esteja envolvida. Estamos falando de uma destilaria de drogas, não é só mais uma apreensão de drogas”.
Goste-se ou não, o Brasil vê na guerra às drogas o caminho para lidar com a questão polêmica dos narcóticos. Discussões à parte, para vigiar as várias facções que se escondem e agem com violência na disputa por territórios de venda, não falta determinação e integração por parte das autoridades campistas das delegacias de Polícia Civil, do comando da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal.
No 8º Batalhão de Polícia Militar, o coronel Gustavo Marques atribui o sucesso dessas ações ao trabalho de inteligência desenvolvido pelas corporações e também comenta que resultados, como os obtidos nesta semana, só são possíveis “graças a integração de forças entre a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal”.
No último domingo, os PMs subordinados ao coronel Gustavo conseguiram apreender uma quantidade significativa de entorpecentes na comunidade da Portelinha, no Horto. O caso foi registrado na 134ª DP (Centro). Na ocasião não houve nenhuma prisão, mas 8 kg de maconha e 5 kg de cocaína (já distribuída em pinos) foram apreendidas e retiradas de circulação.
Fonte:Fmanhã
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