(Foto: Divulgação)
Ninguém duvida do carisma do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva. Até porque, ele acaba de conquistar seu terceiro mandato à frente do cargo mais elevado do país. Mas todos sabem o enorme desafio que ele terá pela frente ao assumir a presidência no dia 1º de janeiro de 2023.Além do aspecto de ter sido eleito por uma margem apertada de votos, já que foram 50,9% contra os 49,1% do atual presidente Jair Bolsonaro, fica também sobre sua mesa, e ombros, os mais de 31 milhões de brasileiros que não foram votar e que, portanto, não foram convencidos a darem seus votos nem para um nem para o outro na disputa. Registra-se que se o vencedor tivesse sido o Bolsonaro, essa mesma conta lhe cairia sobre sua responsabilidade também.
Fato é que, os 20,5% de abstenções somados aos 49,1% de Bolsonaro, formam uma massa crítica pesada sobre o presidente eleito. São quase 90 milhões de eleitores insatisfeitos com as propostas do vencedor, bem acima dos 60 milhões de brasileiros que apoiam o Lula por meio do voto.
De certa forma isso coloca à força as sandálias da humildade no petista, que pela idade, não terá outra chance de refazer parte de sua história manchada pelos escândalos de corrupção dos governos petistas, que o levaram, inclusive, à cadeia por dois anos. Ou seja, Lula não pode cometer os mesmo erros do passado.
Que nesse novo tempo que Lula estará à frente do Brasil, ele possa ouvir a todos os importantes atores produtivos e políticos do cenário nacional e não só a seu grupo político. Há demandas gigantescas a serem sanadas para fazer do país uma nação séria, respeitada e produtiva. As velhas ideias que ainda tem morada nas cabeças influentes do partido da estrela não devem ter mais espaço num mundo moderno e global de hoje em dia. O que está em jogo não é um partido político ou a própria biografia de Lula, mas sim o futuro do Brasil. Não dá pra errar mais.
Terceira Via
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