(Foto: Divulgação/ Blog Alessandra Lemos)
O verão 2023 que começou com sol e chuva na região esquentou na semana passada quando o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) proibiu, em caráter liminar, shows na faixa de areia da praia de Grussaí, em São João da Barra, um dos balneários mais movimentados da região em períodos de veraneio.Como é uma decisão liminar, cabe recurso e a Prefeitura de São João da Barra decidiu recorrer, para realizar shows previstos em sua programação. Os eventos são ferramentas poderosas para o turismo e, assim, compreende-se a decisão do município.
O MPF, ao pedir a proibição, baseou-se em uma decisão judicial de 2017 que alertava ao município o dever de fazer uma série de consultas prévias a órgãos diversos, antes da realização de eventos de grande porte na orla.
Está comprovado que iluminação artificial desorienta as tartarugas. O período de desova acontece exatamente no verão e a iluminação artificial fere o protocolo do IBAMA e do Projeto Tamar, que apontam alto risco para esses animais, que na década de 70 entraram em processo de extinção.
A Prefeitura de SJB tem o direito legal de entrar com recurso, só que o verão é curto e ela se vê forçada a improvisar, realizando os eventos em outra área. Bom refletir e jogar luz sobre isso: cabe recurso, mas nunca se falou tanto em recursos ambientais.
Em 35 anos de trabalho, o Tamar devolveu ao mar mais de 25 milhões de filhotes de tartarugas. A luz lúcida sobre a polêmica talvez encontre como solução, boa ou não, a escuridão na beira-mar, como um recurso natural.
Fonte:F3News
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