Instituto Nacional de Câncer estima 17.010 novos casos da doença para este ano no Brasil
Março Lilás aberta o câncer no colo do útero
Março é importante para as mulheres não apenas por marcar o Dia Internacional da Mulher (lembrado dia 8), mas também por ser o mês de alerta para prevenção do câncer de colo do útero. O Março Lilás tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre os riscos da doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) a estimativa para este ano é de 17.010 novos casos. Dos diagnósticos positivos de câncer no Brasil, em média, 13,25% são de colo uterino.
O médico Jonatha Frazão, cirurgião oncológico, explica os principais sintomas da doença. “É sempre importante destacar que o câncer de colo uterino em suas fases iniciais é habitualmente silencioso e não costuma dar sintomas. Quando há alguma manifestação, o sangramento vaginal é sem dúvidas o sintoma mais frequente, podendo ocorrer de maneira espontânea, ou após uma atividade sexual, por exemplo. Esse sangramento pode eventualmente ser discreto, e apresentar-se como um corrimento de coloração rósea. Outros sintomas são menos comuns e podem estar relacionados a um estágio mais avançado da doença, como dor pélvica, edema dos membros inferiores e linfonodos aumentados na região inguinal”, alerta o cirurgião.
Ele explica também que a melhor forma de prevenir a doença é a vacinação contra o vírus HPV. “Atualmente a recomendação da OMS é vacinar meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade, e a vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS até os 15 anos de idade. Para quem já passou desta faixa etária, a vacina continua podendo ser realizada em clínicas particulares, contudo, sua efetividade cai em comparação à vacinação antes do início da vida sexual. Além da vacina, uma arma fundamental na prevenção é o exame citopatológico, conhecido como Papanicolau. Vale dizer aqui que, segundo dados da OMS, até 80% das mulheres sexualmente ativas poderão ter contato com o HPV ao longo da vida. São justamente essas medidas de prevenção que garantem a segurança da paciente”, diz Jonatha Frazão.
O médico Jonatha Frazão, cirurgião oncológico, explica os principais sintomas da doença. “É sempre importante destacar que o câncer de colo uterino em suas fases iniciais é habitualmente silencioso e não costuma dar sintomas. Quando há alguma manifestação, o sangramento vaginal é sem dúvidas o sintoma mais frequente, podendo ocorrer de maneira espontânea, ou após uma atividade sexual, por exemplo. Esse sangramento pode eventualmente ser discreto, e apresentar-se como um corrimento de coloração rósea. Outros sintomas são menos comuns e podem estar relacionados a um estágio mais avançado da doença, como dor pélvica, edema dos membros inferiores e linfonodos aumentados na região inguinal”, alerta o cirurgião.
Ele explica também que a melhor forma de prevenir a doença é a vacinação contra o vírus HPV. “Atualmente a recomendação da OMS é vacinar meninos e meninas a partir dos 9 anos de idade, e a vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS até os 15 anos de idade. Para quem já passou desta faixa etária, a vacina continua podendo ser realizada em clínicas particulares, contudo, sua efetividade cai em comparação à vacinação antes do início da vida sexual. Além da vacina, uma arma fundamental na prevenção é o exame citopatológico, conhecido como Papanicolau. Vale dizer aqui que, segundo dados da OMS, até 80% das mulheres sexualmente ativas poderão ter contato com o HPV ao longo da vida. São justamente essas medidas de prevenção que garantem a segurança da paciente”, diz Jonatha Frazão.
Março Lilás aberta o câncer no colo do útero
O médico também explica que há mais chances de cura quando a doença é detectada precocemente. “Uma vez já estabelecido, quanto mais cedo o câncer de colo uterino for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Há atualmente uma gama de possibilidades terapêuticas no arsenal contra essa doença, que vai desde conização nos casos mais precoces, passando por cirurgia propriamente dita para retirar o útero e o colo uterino, até radioterapia e quimioterapia em casos mais avançados. Cada uma destas modalidades terapêuticas está melhor indicada para uma fase do desenvolvimento da doença, o que chamamos de estadiamento oncológico, levando em consideração tamanho da lesão, profundidade de invasão no colo uterino, eventual acometimento de estruturas adjacentes e presença de linfonodos suspeitos, por exemplo”, ressalta.
O médico também destaca a importância do exame preventivo: “Ele é fundamental na luta contra o câncer de colo uterino, quando esse exame é feito e identificado uma lesão maligna, chamada por uma sigla de abreviação, o NIC, e tratado adequadamente, o risco de desenvolvimento do câncer de colo uterino reduz em 95%. Além disso, a identificação das lesões que já desenvolveram-se, mas foram identificadas em estágios iniciais, elevam a chance de sobrevida em 5 anos de 56% em estágios mais avançados da doença para 95% em estágios mais iniciais. Ou seja, estamos falando em mudar a realidade de uma doença com comportamento agressivo se negligenciada e descoberta apenas em estágios mais avançados para um estágio de cura se descoberta precocemente. A mensagem que fica para todas as mulheres é: previnam-se, façam o acompanhamento preventivo regular através do papanicolau e informem-se sobre vacinação contra o HPV com seu médico, não só sobre a indicação para você como também para seus filhos e filhas, pois a maior arma é a prevenção”, finaliza.
Origem da campanha
A campanha nasceu em 2020 como um projeto de conscientização promovido pela Liga Brasileira de Luta Contra o Câncer. O Março Lilás já é uma campanha incorporada por outros órgãos, incluindo governos estaduais e prefeituras, ampliando o alcance da iniciativa. A cor lilás está relacionada ao movimento que ocorreu na Inglaterra, em 1908, no qual as mulheres lutaram pelo direito ao voto. Nesse episódio, que ficou conhecido como movimento sufragista, as cores lilás, branco e verde foram escolhidas como símbolos da campanha. Alguns registros apontam que, nesse contexto, o lilás significa “lealdade”, simbologia que foi encontrando algumas alterações ao longo da história.
Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento feminista teve novamente uma retomada, estando a cor lilás sempre presente como símbolo da luta. Devido a esse histórico, a campanha de conscientização sobre o câncer do colo do útero adotou a cor.
O médico também explica que há mais chances de cura quando a doença é detectada precocemente. “Uma vez já estabelecido, quanto mais cedo o câncer de colo uterino for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Há atualmente uma gama de possibilidades terapêuticas no arsenal contra essa doença, que vai desde conização nos casos mais precoces, passando por cirurgia propriamente dita para retirar o útero e o colo uterino, até radioterapia e quimioterapia em casos mais avançados. Cada uma destas modalidades terapêuticas está melhor indicada para uma fase do desenvolvimento da doença, o que chamamos de estadiamento oncológico, levando em consideração tamanho da lesão, profundidade de invasão no colo uterino, eventual acometimento de estruturas adjacentes e presença de linfonodos suspeitos, por exemplo”, ressalta.
O médico também destaca a importância do exame preventivo: “Ele é fundamental na luta contra o câncer de colo uterino, quando esse exame é feito e identificado uma lesão maligna, chamada por uma sigla de abreviação, o NIC, e tratado adequadamente, o risco de desenvolvimento do câncer de colo uterino reduz em 95%. Além disso, a identificação das lesões que já desenvolveram-se, mas foram identificadas em estágios iniciais, elevam a chance de sobrevida em 5 anos de 56% em estágios mais avançados da doença para 95% em estágios mais iniciais. Ou seja, estamos falando em mudar a realidade de uma doença com comportamento agressivo se negligenciada e descoberta apenas em estágios mais avançados para um estágio de cura se descoberta precocemente. A mensagem que fica para todas as mulheres é: previnam-se, façam o acompanhamento preventivo regular através do papanicolau e informem-se sobre vacinação contra o HPV com seu médico, não só sobre a indicação para você como também para seus filhos e filhas, pois a maior arma é a prevenção”, finaliza.
Origem da campanha
A campanha nasceu em 2020 como um projeto de conscientização promovido pela Liga Brasileira de Luta Contra o Câncer. O Março Lilás já é uma campanha incorporada por outros órgãos, incluindo governos estaduais e prefeituras, ampliando o alcance da iniciativa. A cor lilás está relacionada ao movimento que ocorreu na Inglaterra, em 1908, no qual as mulheres lutaram pelo direito ao voto. Nesse episódio, que ficou conhecido como movimento sufragista, as cores lilás, branco e verde foram escolhidas como símbolos da campanha. Alguns registros apontam que, nesse contexto, o lilás significa “lealdade”, simbologia que foi encontrando algumas alterações ao longo da história.
Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento feminista teve novamente uma retomada, estando a cor lilás sempre presente como símbolo da luta. Devido a esse histórico, a campanha de conscientização sobre o câncer do colo do útero adotou a cor.
Fonte:Terceira Via
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