Moradores relatam as facilidades e dificuldades de morar na maior área comercial da cidade
POR CLÍCIA CRUZÀ noite e feriados| Lojas fechadas e ruas vazias dificultam a vida de quem mora na área central de Campos (Foto: Carlos Grevi)
Morar no Centro de Campos tem os seus facilitadores. Durante o dia é fácil acessar o comércio, consultórios, repartições públicas e as ruas estão sempre cheias, além de haver bastante policiamento nas ruas. Já à noite, os moradores temem sair às ruas, que ficam vazias após o horário comercial. Além de pouca gente na rua, a falta de opções para os moradores também não motiva as pessoas a saírem de casa. O Centro não se mostra atrativo aos moradores. A área também conta com poucas unidades habitacionais. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), tem a ideia de “repovoar” o Centro e para isso é necessário torná-lo mais atrativo aos moradores, como já citou, por várias vezes, o presidente da entidade, Edvar Chagas. A Prefeitura de Campos pontuou as iniciativas que visam melhorias a médio e longo prazo para a área e a Polícia Militar detalhou as ações que vêm sendo promovidas.
Roberto é Síndico de um prédio no Centro
Síndico de um dos edifícios mais tradicionais da cidade, o Brasiluso, Roberto Barcellos relata que gosta bastante de morar no Centro. “Nosso edifício, por exemplo, é misto. Até o 5º andar ele abriga salas comerciais e do quinto em diante, os apartamentos. Os elevadores são independentes e a convivência dos dois segmentos é pacífica”, conta o síndico, acrescentando que encontra muitas facilidades em estar na área central, como acesso aos bancos, por exemplo.
Mas, se durante o dia tudo é muito cômodo, à noite a coisa muda totalmente. “Tenho muitos moradores aqui que simplesmente não saem à noite. As ruas ficam desertas, não há nenhum atrativo que traga as pessoas para o Centro à noite e, mesmo sem registros de violência aqui, a nossa sensação de segurança não existe, porque, olhando as ruas muito escuras, com a presença de muitas pessoas em situação de rua e sem uma atuação de um policiamento mais ostensivo, as pessoas perdem a coragem de sair de casa”, conta o síndico.
Outra dificuldade é o horário de funcionamento de lanchonetes e padarias, que todos fecham junto com o comércio e aos domingos e feriados, por exemplo, para comprar pão, os moradores precisam procurar outro bairro.
“Eu imagino que uma praça bonita e espaçosa como a nossa poderia ter atrações musicais, não precisava ser nada muito grandioso, mas um som bacana, que atraísse as famílias”, sonha o síndico.
O corretor de imóveis Felipe Araújo mora no Centro há quatro anos e gosta do local, mas diz que necessita de melhorias. “O Centro é um ótimo lugar para morar. O único problema é durante a noite e nos finais de semana. As coisas só funcionam durante o horário de comércio, depois não tem mais nada. Até o transporte público, mesmo tendo um terminal rodoviário, fica vazio, sem ônibus. O mais interessante é que as pessoas frequentam o Centro mesmo assim. Durante as tardes e noites a Praça São Salvador, por exemplo, fica lotada de famílias e crianças. Poucos ambulantes sabem disso, então poucos aproveitam. Acho que o poder público deveria olhar mais para o Centro, para além de uma simples área comercial”, disse Felipe Antônio Araújo.
Presidente da CDL, Edvar Chagas (Foto: Hellen-Souza)
O presidente da CDL, Edvar Chagas Júnior, aponta questões que precisam ser resolvidas para o que chama de repovoamento da área central.
“Hoje o gabarito do Centro [regra que limita a altura das construções], se não me engano, vai até 13 metros. Podemos dobrar esse gabarito para 26 metros, que vão dar de cinco a seis andares para um imóvel. Isso é interessante para o investidor imobiliário poder construir na área central, o que já ocorre no Centro do Rio de Janeiro. A não exigência de vagas de garagem também é interessante. Nós precisamos tornar o Centro mais atrativo, da mesma forma que a Pelinca e que Goitacazes e a Nazário Pereira Gomes, em Guarus, são interessantes. Esses locais têm vida o dia inteiro porque existem moradores. Precisamos de uma permissão específica para o Centro de Campos, no Código de Obras, para que incentive os moradores”, disse.
Ele também aponta a necessidade de padronização das calçadas de algumas ruas, como foi feito na Carlos Lacerda, João Pessoa, Andradas e outras; a reestruturação do transporte público, com repressão ao transporte clandestino, que ainda acontece no Centro; o incentivo ao uso de bicicletas, complementando a malha de ciclovias e ciclofaixas; recuperação do chafariz da Praça São Salvador; a manutenção da estética com a remoção das fiações, conforme previsto no primeiro projeto, dentre outras medidas.
O presidente da CDL, Edvar Chagas Júnior, aponta questões que precisam ser resolvidas para o que chama de repovoamento da área central.
“Hoje o gabarito do Centro [regra que limita a altura das construções], se não me engano, vai até 13 metros. Podemos dobrar esse gabarito para 26 metros, que vão dar de cinco a seis andares para um imóvel. Isso é interessante para o investidor imobiliário poder construir na área central, o que já ocorre no Centro do Rio de Janeiro. A não exigência de vagas de garagem também é interessante. Nós precisamos tornar o Centro mais atrativo, da mesma forma que a Pelinca e que Goitacazes e a Nazário Pereira Gomes, em Guarus, são interessantes. Esses locais têm vida o dia inteiro porque existem moradores. Precisamos de uma permissão específica para o Centro de Campos, no Código de Obras, para que incentive os moradores”, disse.
Ele também aponta a necessidade de padronização das calçadas de algumas ruas, como foi feito na Carlos Lacerda, João Pessoa, Andradas e outras; a reestruturação do transporte público, com repressão ao transporte clandestino, que ainda acontece no Centro; o incentivo ao uso de bicicletas, complementando a malha de ciclovias e ciclofaixas; recuperação do chafariz da Praça São Salvador; a manutenção da estética com a remoção das fiações, conforme previsto no primeiro projeto, dentre outras medidas.
Área espera por revitalização (Foto: Carlos Grevi)
Revitalização do Centro Histórico
A Prefeitura de Campos disse por meio de nota que já está em estudo a implementação de um projeto de “Revitalização 4.0” no Centro Histórico Comercial, que prevê uma série de ações de manutenção do centro. “Será uma nova fase de revitalização seguindo essa nova tendência da arquitetura, que integra tecnologias e designs mais promissores. O projeto é uma ideia apresentada por entidades do setor produtivo”, disse a Prefeitura.
A Secretaria de Desenvolvimento Humano informou que tem equipes fazendo abordagens diariamente em vários pontos da cidade, entre eles o centro, para convidar as pessoas em situação de rua para um dos abrigos do município, acrescentando que em 2022, foram realizadas 5.963 abordagens sociais e 2.646 atendimentos especializados. Somando os dois serviços, o aumento é de 39% comparado ao ano passado.
A Prefeitura também disse que tem estimulado a economia no centro por meio de diversas ações, como o Adora Campos ainda este mês na Praça São Salvador, a revitalização do Cais da Lapa – com a realização de shows, como do Tony Garrido e dos foliões no Carnaval, instalação da secretaria de turismo no quiosque e pintura com grafite no Cais -, além dos eventos no Museu Histórico de Campos – Halloween e exposições diversas – e de ações em parceria com diversas instituições, como o Fashion Day, Mutirão Limpa Nome e shows no Boulevard Francisco de Paula Carneiro.
Policiamento
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que o comando do 8º BPM tem empregado policiamento em diversas modalidades nas regiões citadas e que são destacados policiais em reforço através do Regime Adicional de Serviço (RAS) e também em motopatrulhas.
A Guarda Civil Municipal informou que por meio de nota, que os Grupamentos de Operações Especiais e Proteção Social (GOE e GPS) realizam patrulhamento no horário noturno com duas viaturas em pontos estratégicos, como Praça da República, Rodoviária, Espaço Multiuso, Praça do Liceu, Praça 5 de julho, Cidade Criança, Museu Olavo Cardoso e que aos finais de semana este planejamento recebe o reforço das viaturas da Ronda Escolar.
Revitalização do Centro Histórico
A Prefeitura de Campos disse por meio de nota que já está em estudo a implementação de um projeto de “Revitalização 4.0” no Centro Histórico Comercial, que prevê uma série de ações de manutenção do centro. “Será uma nova fase de revitalização seguindo essa nova tendência da arquitetura, que integra tecnologias e designs mais promissores. O projeto é uma ideia apresentada por entidades do setor produtivo”, disse a Prefeitura.
A Secretaria de Desenvolvimento Humano informou que tem equipes fazendo abordagens diariamente em vários pontos da cidade, entre eles o centro, para convidar as pessoas em situação de rua para um dos abrigos do município, acrescentando que em 2022, foram realizadas 5.963 abordagens sociais e 2.646 atendimentos especializados. Somando os dois serviços, o aumento é de 39% comparado ao ano passado.
A Prefeitura também disse que tem estimulado a economia no centro por meio de diversas ações, como o Adora Campos ainda este mês na Praça São Salvador, a revitalização do Cais da Lapa – com a realização de shows, como do Tony Garrido e dos foliões no Carnaval, instalação da secretaria de turismo no quiosque e pintura com grafite no Cais -, além dos eventos no Museu Histórico de Campos – Halloween e exposições diversas – e de ações em parceria com diversas instituições, como o Fashion Day, Mutirão Limpa Nome e shows no Boulevard Francisco de Paula Carneiro.
Policiamento
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que o comando do 8º BPM tem empregado policiamento em diversas modalidades nas regiões citadas e que são destacados policiais em reforço através do Regime Adicional de Serviço (RAS) e também em motopatrulhas.
A Guarda Civil Municipal informou que por meio de nota, que os Grupamentos de Operações Especiais e Proteção Social (GOE e GPS) realizam patrulhamento no horário noturno com duas viaturas em pontos estratégicos, como Praça da República, Rodoviária, Espaço Multiuso, Praça do Liceu, Praça 5 de julho, Cidade Criança, Museu Olavo Cardoso e que aos finais de semana este planejamento recebe o reforço das viaturas da Ronda Escolar.
Fonte J3News
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