sábado, 25 de novembro de 2023

Dupla acusada de aplicar golpe da pirâmide financeira em Campos é presa no Paraguai

Gilson André Braga e Ana Cláudia Carvalho estavam foragidos; integrante da mesma organização criminosa, Gilson Ramos Vianna foi preso no mês passado

POR YAN TAVARES
Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Campos, em conjunto com a Secretaria Nacional Antidrogras (Senad) do Paraguai, prendeu, na noite desta quinta-feira (23), Gilson André Braga dos Santos e Ana Cláudia Carvalho Contildes. Eles estavam foragidos há cerca de um mês, desde que foi deflagrada a operação “Príncipe do BitCoin”, com o intuito de prender uma organização criminosa voltada à prática de estelionato através de criptomoedas. Na mesma operação, Gilson Ramos Vianna foi preso em Campos, no último dia 28.

De acordo com a Polícia, Gilson André e Ana Cláudia são investigados por 42 estelionatos e crimes contra a economia popular. A prisão aconteceu no distrito de Hernandarias, a 25km da divisa do Paraguai com Foz do Iguaçu, em ação comandada pela delegada Natália Patrão, titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro de Campos).

As investigações apontam indícios de que os dois presos fora do país nesta quinta-feira, continuavam aplicando golpes, agora no Paraguai. Segundo a Polícia, eles eram responsáveis pela A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, empresa instalada em Campos dos Goytacazes, que aplicava golpes atuando como pirâmide financeira.

Desde 2016, eram captados com a promessa de aplicação dos investimentos no mercado financeiro de criptomoedas, com lucro mensal fixo de 12% a 30%. Após firmar diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os investidores seriam rescindidos e os valores seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 1º de dezembro de 2021). A promessa não fui cumprida.

A Polícia Civil divulgou ainda que a investigação da 134ª DP em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), conseguiu na Justiça o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados, no valor de R$ 1,9 milhão, incluindo criptoativos e moedas estrangeiras, para ressarcir as vítimas.

Ainda segundo dados da Polícia, atualmente existem 75 anotações criminais no estado do Rio de Janeiro, com um prejuízo total de quase R$5 milhões à população.

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Fonte: J3News

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