segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Aumentar a cobertura vacinal em adultos é foco da Saúde em Campos

Índice de imunização começou a despencar em 2015 e preocupa autoridades municipais

POR NELSON NUFFER (ESTAGIÁRIO)
Preocupação|Taxa de imunização começou a despencar em 2015 e ainda não se normalizou (Foto: Divulgação)

A hesitação vacinal é um fenômeno real e documentado pelo mundo, caracterizado pela dificuldade em aceitar ou recusar vacinas recomendadas, apesar da sua disponibilidade nos serviços de saúde. Em Campos, de acordo com Charbell Kury, Subsecretário de Vigilância em Saúde de Campos e infectologista, a queda da cobertura vacinal e o trabalho feito para imunizar principalmente a população adulta da região é um dos focos para a secretaria de Saúde do município.
Infectologista|Charbell Kury alerta para a importância das vacinas (Foto: Divulgação)

“O movimento de queda de vacinação, de taxas de cobertura, que começa em 2015, tem seu pico em 17, 18 e 19 e na pandemia ela tem o seu ápice, quando chegamos a baixíssimas coberturas por conta do fechamento dos postos e tudo mais. Ainda continuam baixos, e agora o Governo Federal tem apoiado bastante a vacinação, feito bastante apoio, isso tem sido muito importante para nós.”, afirma Charbell.

O cartão de vacina é, por muitas vezes, esquecido ou perdido quando na fase adulta, mas o esquema vacinal tem uma continuidade e é importante ter um controle das vacinas para se manter imunizado. Para quem perdeu a caderneta e não sabe quais vacinas já tomou, a melhor opção é tomar as doses em um novo cartão com o esquema vacinal, já que a repetição das doses de vacinas não causa problemas. Também é possível fazer exames de sangue que atestam a proteção contra alguma doença específica. “As principais vacinas que nos deixam mais preocupados são: vacina da gripe, que há um movimento sempre de notícia falsas contra a vacina da gripe, mas a gente sabe também que final do ano sempre tem casos de gripe, então quem não tomou ainda, tome; Covid, por conta também das notícias falsas, que tem sofrido bastante; e vacinas do adulto, como hepatite B.

Charbell detalha quais são as vacinas necessárias para uma pessoa adulta: “Um adulto tem que ter minimamente na sua vida: três doses de antitetânica, três doses de hepatite B, duas doses de vacina do sarampo, caxumba e rubéola, a vacina da gripe, se ele faz parte do grupo de risco, se ele não faz ele pode tomar de forma adicional para se proteger, se ele for um adolescente de 9 a 15 anos ele tem direito a vacina do covid, e se ele é um adolescente de 11 anos ele tem vacina também de meningite. E, claro, febre amarela, se ele tem mais de 5 anos ele toma uma dose apenas, se ele tem abaixo de 5 anos, duas doses. Então essa é a vacina de um critério brasileiro que a gente faz de vacinação dos adultos”, explica.

Vacinas na terceira idade
Os idosos já são classificados como grupo de risco para algumas doenças, então além das já indicadas para adultos, é reforçado a importância da vacina da gripe e também a dose única da vacina pneumocócica, que protege de doenças graves como pneumonia e meningite. Todas as vacinas estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em postos distribuídos por todo o município.
Fonte:J3News

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