terça-feira, 29 de outubro de 2024

Filho atropela e mata a própria mãe em Campos; caso é investigado pela Polícia

O acidente ocorreu na Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, em Guarus

Acidente fatal em Guarus Fotos – Reprodução

Uma mulher de 59 anos, identificada como Eliana Lima Tavares, morreu após ser atropelada pelo próprio filho, na noite de segunda-feira (28), em Campos dos Goytacazes. Ela estava em uma bicicleta elétrica. O estudante de medicina Carlos Eduardo Aquino, envolvido no acidente, sofreu lesão na face, e foi levado acautelado para o Hospital Ferreira Machado, como suspeito. O caso é acompanhado pela 146ª Delegacia de Polícia Civil. Um outro veículo envolvido no acidente estava com cinco pessoas. Elas tiveram ferimentos, foram socorridas por bombeiros e levadas para o Hospital Ferreira Machado.

O acidente ocorreu na Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, em Guarus, quando Carlos Eduardo, que dirigia um veículo Citroën, colidiu com a mãe, Eliana Lima Tavares, que estava em uma bicicleta elétrica. A Polícia Civil apura se o atropelamento foi acidental e investiga a possibilidade de envolvimento em outra colisão com um terceiro veículo. Cinco pessoas que estavam neste automóvel tiveram ferimentos na batida e foram levadas para o Hospital Ferreira Machado. O estado de saúde delas ainda não tinha sido informado.
Moto da vítima atingida

De acordo com as primeiras informações, a delegacia também analisa antecedentes de possíveis agressões de Carlos Eduardo contra a mãe, para esclarecer os detalhes e as circunstâncias do trágico acontecimento.

A morte de Eliana Tavares repercutiu nas redes sociais. Muitas pessoas escreveram mensagens de solidariedade à família, além de representantes de instituições como o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Campos:
Eliana Lima Tavares

“O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Campos dos Goytacazes, manifesta seu profundo pesar pelo falecimento da nossa companheira Eliana Lima Tavares que fez parte da nossa equipe técnica por muito tempo. Lamentamos essa perda irreparável, nos solidarizamos com familiares e amigos neste momento de dor e saudade. Nossos profundos sentimentos”, postou no Instagram.

Velório e sepultamento
Familiares de Eliana Tavares no IML (J3News)

Na manhã desta terça-feira (29), o corpo da vítima ainda aguardava liberação por parte do Instituto Médico Legal. Por volta de 10h, um carro funerário fez a remoção do corpo que passou por autopsia. De acordo com familiares, velório foi marcado para aconteceu no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, no Jardim Carioca. O sepultamento foi previsto para acontecer no Cemitério do Caju, entre 16h e 17h.

Sérgio Roberto de Lima Tavares, irmão da Eliana Tavares, atropelada e morta pelo filho, Carlos Eduardo Aquino, na noite de segunda-feira (28), conversou com a imprensa na sede do IML sobre a tragédia. Disse estar em choque. Ele contou que mora em Vargem Alta, Espírito Santo, e chegou a Campos nesta manhã de terça-feira (29). Falou que a irmã sofria de depressão, e que o sobrinho é uma pessoa maravilhosa. Evitou acusações e disse desconhecer sobre a intimidade da rotina familiar da irmã.

Investigação do caso

O delegado da 146ª Polícia Civil em Guarus, Carlos Augusto Guimarães, informou nesta terça-feira (29), que ainda estava sendo lavrado o auto pericial. Inicialmente, Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso está detido por homicídio culposo sob o efeito de álcool/droga, pois teria matado a própria mãe, além de causar cinco lesões corporais contra ocupantes do outro veículo envolvido no acidente.


“Agora estamos em diligências para tentar verificar imagens dos fatos para saber se o homicídio de trânsito poderá ser desqualificado para homologação doloso do Código Penal. Em razão do histórico de violência contra a mãe, para saber se foi uma simples inobservância de um dever de cuidado ou se teve intenção de matar a própria mãe. O autor está preso e acautelado pela PM no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes. Caso receba alta, deverá ser ouvido acerca do ocorrido. Devemos também ouvir familiares, amigos e vizinhos para saber como era a relação dele com os pais”, explicou o delegado.
Fonte:J3News

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