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São Fidélis também é conhecida como 'Cidade Poema' devido às belezas naturais
A cidade de São Fidélis está completando nesta segunda-feira, 142 anos de emancipação. A emancipação ocorreu portanto em 3 de dezembro de 1870.
São Fidélis é um município na Microrregião de Campos, na Mesorregião do Norte Fluminense, no estado do Rio. Possui uma área de 1.028,095 km², dividida em cinco distritos. São Fidélis também é conhecida como "Cidade Poema" devido às belezas naturais e ao seu grande número de poetas. Terra de inúmeros grupos de imigrantes, muitas de suas famílias possuem origem sírio-libanesa, portuguesa, alemã, italianas, dentre outros grupos. Sua economia é baseada no cultivo da cana-de-açúcar e na agropecuária (gado de corte e pecuária leiteira). Na agricultura, São Fidélis se caracteriza pela policultura, sendo suas principais culturas a de cana-de-açúcar, arroz, milho, tomate, banana, algodão e goiaba. Apresenta ainda potencial para fruticultura, olericultura, floricultura e silvicultura. Sua economia possui representação também em outros setores, como indústria, comércio, cooperativas e pesca.
É banhada pelo Rio Paraíba do Sul e por dois importantes afluentes: Rio Dois Rios e Rio do Colégio. Seu acesso principal se dá pela RJ-158 que liga a cidade a Campos dos Goytacazes.
Importante destacar que, embora as décadas de pecuária extensiva tenha contribuído para processos de destruição de florestas, erosão e lixiviação do solo, parte do território do município ainda mantém reservas de mata atlântica, no Parque Estadual do Desengano.
Com excelente traçado, uma das únicas cidades brasileiras cujo urbanismo foi rigorosamente previsto e cujas linhas nunca deixaram de ser respeitadas. Os atrativos turísticos também estão presentes, contando com construções históricas, culturais e ecológicas. Entre elas, merecem destaque o Mercado Municipal, os quiosques, igrejas, monumentos, praças, fazendas, Serra do Sapateiro, Serra Peito de Moça, além de outras serras e cachoeiras. Em 2009, a Igreja Matriz do município, em seu projeto de arquitetura ainda ímpar, completou 200 anos.
Culturalmente, abriga a Academia Fidelense de Letras. Como não poderia ser diferente, a "Cidade Poema" apresenta seu Festival de Poesia Falada, que ocorre todos os anos.
Há também grande quantidade de eventos locais, como a Exposição Agropecuária, Concurso de Carros de Som, Baile das Corajosas, Festa de São Fidélis, Festa da Participação dos Purezanses Ausentes, procissões, a Ponte Preta (da malha férrea), a Ponte Velha, situada no Centro e construída em 1889, e a recém-inaugurada (em 23 de agosto de 2008) Ponte Antônio José Gonçalves Loureiro, cuja margem direita está localizada na Avenida 7 de Setembro, enquanto que a margem esquerda situa-se na Rua Loureiro, no distrito de Ipuca. Com 454 metros de extensão e 9 metros de largura, constitui ponto turístico e local de observação do nascer do sol sobre o Rio Paraíba do Sul.
As primeiras notícias sobre o início da colonização do atual município de São Fidélis datam da segunda metade do século XVIII. Habitadas por tribos de índios Coroados e Puris, suas terras começaram a ser desbravadas por colonizadores de origem portuguesa em 1780. Com a instalação da primeira aldeia, foi construída uma capela dedicada a São Fidélis de Sigmaringa, posteriormente substituída pela construção de uma igreja, inaugurada em 1809, a atual Igreja Matriz de São Fidélis. A economia da região baseava-se na exploração de madeira e na agricultura. Em 1812, foi estabelecido o curado do núcleo urbano, que passou a freguesia em abril de 1850. A efetiva instalação da vila, ocorrida em março de 1855, deu novo impulso ao desenvolvimento da localidade que recebeu foro de cidade em 3 de dezembro de 1870.
A cidade recebeu o nome em homenagem a um santo, São Fidélis (festa a 24 de abril) cujo nome de batismo era Marcos Roy. Nasceu em Sigmaringen, na Alemanha, no ano de 1577. Estudou na Universidade de Friburgo, na Suíça, formando-se em direito, tendo exercido seu ofício em Colmar, na Alsácia, por vários anos. Era chamado de "o advogado dos pobres" porque prestava seus serviços gratuitamente a quem não podia pagar.
Redação