Morte ocorreu no condomínio Recanto das Palmeiras e teria sido por envenenamentoFoto: Campos 24 Horas
Uma professora municipal, identificada pelas iniciais A.R.S., foi presa na manhã desta segunda-feira (26) por policiais civis da 134ª DP/Centro, que cumpriram um mandado de prisão contra ela por suspeita de obstrução das investigações para esclarecer a morte do seu marido, um petroleiro identificado como Marcos. O suposto homicídio ocorreu no último dia 19, dentro do apartamento em que o casal morava, no condomínio Recanto das Palmeiras, no Parque Rodoviário, em Campos.
A polícia informou que o petroleiro morreu vítima de uma intoxicação. Logo após o enterro, policiais estiveram no apartamento do casal. A professora pode ter desaparecido com alguns materiais, como luvas e seringas, que, possivelmente, foram utilizados para envenenar seu marido.
O delegado Pedro Emílio, adjunto da 134ª DP/Centro, explicou as circunstâncias da prisão da suspeita e destacou que ainda não há provas de que houve um homicídio. Segundo ele, a professora já tem passagens pela polícia, inclusive por estelionato. “No início da manhã desta segunda, ela foi conduzida para delegacia, em virtude da remoção da razão de óbito do seu marido, que gerou um procedimento que tem por finalidade entender o que deu causa a morte. Ela veio à delegacia na qualidade de esposa da vítima, para ocorrer a remoção do cadáver e depois verificar no IML a razão desta morte. Ocorre que, o perito que fez o local, identificou algumas características estranhas junto ao cadáver e em revista identificou um par de luvas cirúrgicas, um pote de tinha um liquido branco e uma seringa, esse material suspeito que estava de encontro a vítima, que possuía braços sujos, face suja e material branco não identificado, que acabou causando estranheza no local”, afirmou o delegado, que acrescentou.
“Esse material foi apreendido e guardado pelo policial civil, que a autuou em flagrante por subtração(furto) da prova. O inquérito de homicídio esta seguindo paralelamente e ela responde por fraude processual . Ela foi liberada no dia seguinte. Na delegacia, ela chorava pela morte do marido e se mostrava fragilizada. Ela tem passagem por furto, estelionato, entre outros. Ela fez algo que tentou se beneficiar, mas acabou gerando algo para que as investigações ficassem específicas para ela. O advogado fez um pedido de habeas corpus e conseguiu a liberdade dela, mas hoje o juiz concedeu a prisão provisória pela fraude processual penal e os policiais cumpriram o mandado de prisão. Estamos aguardando o resultado na necropsia e laudos do local para que com isso possa com as demais provas já que temos para instruir um pedido de prisão nos autos. A principal suspeita é de envenenamento, que ainda será comprovada, ainda não podemos afirmar que houve um homicídio. Eles tinham um relacionamento conturbado, ele era alcoólatra. Investigamos também os interesses financeiros em torno disso tudo, pensão e seguro de vida. Eles estavam juntos a cerca de dois anos”, finalizou o delegado.
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