sexta-feira, 9 de março de 2018

MP denuncia Neco por nove crimes de apropriação indébita


O ex-prefeito de São João da Barra, José Amaro Martins de Souza, Neco (PMDB), foi denunciado pelo Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (8), por nove crimes de apropriação indébita referente à contribuição previdenciária dos servidores municipais. De acordo com o promotor Marcelo Lessa, autor denúncia, a propositura da ação penal diz respeito ao período de abril a dezembro do ano passado, no qual a gestão Neco recolheu do servidor a contribuição previdenciária, no montante de 11% dos proventos mensais, mas não repassou ao SJBPrev.
— Isso, salvo melhor juízo, constitui a chamada apropriação indébita previdenciária, cujo a conduta é deixar de repassar à previdência a contribuição do empregado, dele recolhido — frisou o promotor. Lessa acrescentou que somente na atual gestão da prefeita Carla Machado (PP), no ano passado, as contribuições dos servidores retidas por Neco foram repassadas ao fundo de previdência, no valor em torno de R$ 5 milhões.

Marcelo Lessa explicou ainda que a atual denúncia deriva de uma outra oferecida por ele, por improbidade, na promotoria de Campos. Porém, o caso de improbidade é de responsabilidade da promotoria de São João da Barra, que Lessa acumula há mais de um ano. “A importância era recolhida do servidor. Então, a justificativa que na época ele apresentou, de que estava esperando entrar uma participação, devido a uma queda de arrecadação, não me pareceu ser acolhível. Não se tratava da contribuição patronal. Ele até poderia justificar o não repasse da contribuição patronal porque estava sem dinheiro. Nessa, desconta do servidor. Se não é para repassar, não é para descontar”, explicou.

O ex-prefeito será notificado para apresentar a defesa prévia. No passo seguinte, o juiz decide se a recebe ou rejeita a denúncia. O crime imputado ao ex-prefeito tem pena prevista de dois a cinco anos de prisão para cada uma das noves denúncias.
Fmanhã

NA RJ 224 UM BREJO TOMOU CONTA DA ESTRADA ENTRE TRAVESSÃO DE CAMPOS À SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA RJ





Um protesto aconteceu na manhã desta sexta feira 09 na localidade de Imburi, às margens da RJ-224, entre São Francisco de Itabapoana e Campos dos Goytacazes, onde moradores fecharam a rodovia após as chuvas terem provocado estragos naquela comunidade.

Os manifestantes colocaram fogo a pneus e galhos. 


Já na localidade conhecida por Matinha, um brejo chamado de Roda D'água está atravessando a RJ 224, entre Travessão de Campos e Divisa rumo a cidade de São Francisco de Itabapoana.

Pedimos muita cautela aos motoristas e motociclistas que circulam rumo as duas cidades.



   Entre as localidades de Bom Jardim e Ponto de Cacimbas na RJ 224, nesta madrugada um motorista perdeu o controle de seu veículo, vindo a sair da pista tendo um de seus pneus furado, pedimos muita atenção aos motoristas e motociclistas que tenham muita tranquilidade naquele trecho onde alguns galhos chamam a atenção. 


Show Francisco

quinta-feira, 8 de março de 2018

PM consegue prender um dos assaltantes mais procurados em SFI

"Leco Leco" já tem um mandado de prisão expedido
Foto: Campos 24 Horas

Nesta quinta-feira (08), após incursão de rotina na praia de Guaxindiba, no município de São Francisco de Itabapoana, policiais militares prenderam um dos assaltantes mais procurados da cidade (na foto acima, de camisa vermelha). Conhecido como “Leco Leco”, o assaltante, que tem mandado de prisão decretado pelo Artigo 157, foi flagrado com um revólver calibre 38 com numeração raspada, além de seis munições intactas.

A ação se deu quando os policiais Pavoni, Queiroz, Moledo e Macedo retornavam de uma outra ação e, ao passarem pela rua dos Velhacos, na praia sanfranciscana, avistaram um veículo Corsa vermelho parado em frente a um depósito de bebidas com dois homens em atitude suspeita. Ao ver a viatura policial eles fugiram.

Mais adiante eles foram alcançados, momento em que “Leco Leco” foi identificado. Na revista ao veículo foi encontrado o revólver e as munições. O caso foi registrado na 147ª DP, juntamente com Comandante tenente Tavares, para apresentação dos fatos. Os homens foram autuados pelo porte compartilhado de arma de fogo de uso restrito e pela numeração raspada.


Parceria da Prefeitura de SFI com o Sebrae realiza declaração anual do MEI gratuitamente no próximo dia 16


Uma boa notícia para quem é Microempreendedor Individual (MEI) e mora em São Francisco de Itabapoana (SFI). Através da parceria entre a prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Humano (SMTDH), e o Sebrae-RJ, será realizada gratuitamente a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), no próximo dia 16.

“Um dos deveres do MEI é a entrega da DASN-SIMEI, que acorre até o dia 31 de maio, sendo relativa ao exercício do ano anterior. O Sebrae fará a Declaração Anual gratuitamente para os microempreendedores no próximo plantão no município, na sexta-feira, dia 16, das 10h às 16h30, na SMTDH, que fica situada à Avenida Vereador Edenites da Silva Viana, nº 87, no Centro”, explicou a responsável pelo atendimento do Sebrae em SFI, a consultora Jéssica Rangel.

Para fazer a Declaração Anual de faturamento é necessário o MEI comparecer à secretaria levando o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), CPF, carteira de identidade e o valor somado do faturamento do ano de 2017.

Desde o mês de maio do ano passado, o Sebrae-RJ realiza um plantão quinzenal em SFI, na sede da SMTDH.
Ascom SFI-RJ/Show Francisco

Homem assassinado nesta quinta no Parque Prazeres


O crime chamou a atenção de populares

Um homem foi assassinado na manhã desta quinta-feira (08/03) em uma das ruas das casinhas do Parque Prazeres, em Guarus, Campos. A vítima, identificada apenas como Leonardo, usava uma tornozeleira eletrônica. Várias viaturas da Polícia Militar (PM) realizaram buscas pelo bairro na tentativa de prender os autores, mas ninguém foi localizado. A informação é de que teria ocorrido uma troca de tiros.

O Corpo de Bombeiros esteve no local e confirmou o óbito. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) e o caso seguiu para registro na delegacia de Guarus.
Ururau/Show Francisco

Polícia prende chefe do tráfico do Parque Santa Rosa


Polícia Militar prende chefe do tráfico do Santa Rosa

Após meses de investigação, a Polícia Militar (PM) prendeu, na manhã desta quinta-feira (08/03), Francio da Conceição Batista, mais conhecido como "Nolita". Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas do Parque Santa Rosa, em Guarus. O suspeito era um dos homens mais procurados pela polícia nos últimos meses.

“Nolita” possui uma ficha criminal extensa por envolvimento em vários crimes de homicídio, estupro, porte ilegal de arma e furto de veículos. Devido ao grau de periculosidade do suspeito, a polícia tentará transferência dele para uma unidade penitenciária de outro estado.

Segundo o delegado titular da 146º Delegacia Polícia (DP/Guarus), Luis Mauríco Armond, o traficante era uma pessoa que gostava de conflitos.

“Ele atuava com crueldade, assassinato e tortura, tendenciosamente com homicídio, eliminando qualquer pessoa, expulsando moradores e colocando pessoas de sua facção para residir nas casas”, relata o delegado, acrescentando que ele tem uma ficha criminal extensa com 55 registros relacionados e que comandava todos os crimes à distância, entre eles, o sequestro e tortura contra uma adolescente de 17 anos, ocorrido no Santa Rosa.

Armond disse acreditar em uma redução drástica no número de homicídios em Guarus com a prisão de “Nolita”. “Vamos solicitar transferência dele para o Rio de Janeiro, e depois para outro estado para tentar uma desestabilização desse comando. ‘Nolita’ saindo é possível que haja uma tendência da facção dele ter outra reação, mas a Polícia Militar já está tomando providência”, disse.

Operação Caixa de Pandora

“Nolita” foi preso na casa da mãe, na Rua Projetada B, no Parque Santa Rosa. Com o suspeito, os policiais apreenderam um revólver e munições calibre 38. Além dele, um adolescente, suspeito de envolvimento no sequestro e tortura contra uma adolescente de 17 anos, foi apreendido. Outras três pessoas, de facção rival a do “Nolita”, foram presas. Durante a operação da PM, foram apreendidas mais armas, munições e espadas (foto no final da matéria).

Informações de que “Nolita” estava fora da cidade

O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente coronel Fabiano Santos, explicou que há meses a polícia vinha recebendo informações de que o suspeito estava fora de Campos e vinha a cidade a qualquer momento.

“Tivemos informações de possíveis locais que ele estaria e hoje pela manhã encontramos ele na casa da genitora no Santa Rosa, com uma arma. Vamos continuar com as operações que estávamos fazendo em conjunto com a Polícia Civil”, adiantou.

Campos 24 Horas/Show Francisco

Chuva e alagamentos em Campos

MATHEUS BERRIEL



Alagamento na descida da ponte Leonel Brizola

Cerca de 30 minutos de chuva intensa na tarde desta quarta-feira foram suficientes para que várias ruas ficassem alagadas em bairros distintos de Campos. Na descida da ponte Leonel Brizola, perto do Shopping Popular Michel Haddad, um ônibus da empresa São João quebrou e ficou parado durante muito tempo, cheio de passageiros, até que um mecânico chegasse para consertá-lo. Nas redes sociais, circularam imagens de água escorrendo em quartos do Hospital Geral de Guarus (HGG), gerado por um vazamento no teto.
A chuva começou por volta das 14h45 e perdeu intensidade às 15h10. De acordo com o diretor executivo da Coordenadoria de Defesa Civil, major Edison Pessanha, foram registrados 28,7 milímetros de chuva. Às 18h, quando ele foi contatado, o nível do rio Paraíba do Sul era de 7,50m.
Houve grande acúmulo de água na rua Doutor Felipe Uebe, no Turfe Clube, perto do supermercado Extra. Pedestres passaram pelo local a pé, com água chegando aos joelhos, enquanto muitos motoristas tiveram que esperar o nível da água diminuir.
— A cidade tem vários pontos alagados. Estou indo para o Isepam buscar uma pessoa, não tem outro jeito, vou ter que encarar a água. Mas, o poder público tem que fazer obras para que isso não aconteça. Não é a primeira vez. Sempre alaga e não dão jeito. Uma chuva rápida, por ter sido intensa, causou isso — reclamou o motociclista Ângelo Márcio, morador do Jóquei, que passava pela Felipe Uebe.
Um dos pontos mais críticos foi a esquina das ruas Coronel Francisco Magalhães e Edmundo Chagas, no Centro. Um carro estacionado ficou com água na altura da placa, com as rodas praticamente cobertas. Moradora da rua Edmundo Chagas, Cristina Kazue contou que o problema é constante por lá. “Essa rua é baixa. Tem um piscinão, mas a gente não sabe como está a manutenção e a limpeza. Toda vez que chove, é isso aí”, disse.
Várias ruas que fazem esquina com a avenida 28 de Março ficaram alagadas, entre elas a do Ouvidor. Na av. Pelinca, cones e uma lixeira foram utilizados para bloquear o trânsito no trecho entre as ruas Barão de Lagoa Dourada e Mariana de Brito, que também tiveram grande acúmulo de água. Também houve transtorno na rua Marechal Rondon e nas proximidades, entre a Pelinca e os parques Dom Bosco e Tamandaré. Na rua Rocha Leão, que fica no Pq. Leopoldina, os alagamentos já são tradicionais. Uma das ruas paralelas, a Espírito Santo, também foi afetada.
No HGG, a água da chuva vazou no teto da unidade, fazendo com que invadisse o local, onde estavam diversos pacientes e funcionários.
Na descida da ponte Leonel Brizola, uma equipe da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) atuou retirando tampões de bueiros para que a água escoasse de forma mais rápida. Houve grande engarrafamento na ponte. Um taxista resolveu arriscar e ficou com a placa de seu táxi parcialmente solta. A Guarda Civil Municipal alterou o trânsito da avenida José Alves de Azevedo (Beira Valão), com desvio para a rua Salvador Corrêa.
Em frente ao prédio da Folha, na rua Carlos de Lacerda, caíram pedaços de reboco da fachada de uma casa.
Prefeitura agiu em diferentes pontos
De acordo com o major Edison Pessanha, a coordenadoria de Defesa Civil recebeu chamado de queda de uma palmeira no Pq. Aldeia, na rua Bahia. Ele informou ainda que os alagamentos aconteceram devido ao grande volume de chuva em pouco espaço de tempo, “mas não houve chamados para esse problema”. A população pode acionar a Defesa Civil através do número 199 ou pelo 98175 2512.
E nota, a Prefeitura informou que no HGG “uma equipe da secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana foi encaminhada para reparo pontual no teto da unidade já que, devido ao grande volume de chuva, ocorreu vazamento”. A nota ressalta que “a atual gestão encontrou o prédio do hospital em condições limitadas de atendimento à população. A Prefeitura vem promovendo melhorias, como a reestruturação e climatização do ambiente, além de ter tido a aprovação de verba parlamentar (de Paulo Feijó) no valor de R$ 4 milhões, no fim de 2017. Assim que os recursos forem liberados, a unidade passará por reforma. A elaboração do projeto de reforma está em fase final de execução, pela superintendência do HGG e pela secretaria de Infraestrutura e Mobilidade”.
Uma equipe do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) também atuou em alguns semáforos. “Foi constatado que devido a picos de energia, em consequência da chuva, houve instabilidade no sistema. Para informar problemas, a população pode entrar em contato com Disque Semáforo no número 99855 9596”.

Agência Brasil ressalta que mulheres brigam por espaço na gestão da água no país

“O que percebemos no mundo inteiro, e principalmente no Brasil, é que quando falta a água tratada em casa, a tarefa de buscá-la em regiões distantes ou colocar a lata d’água na cabeça é endereçada às mulheres. Elas ficam com uma parte muito ingrata desse serviço. Então, a relação com o gênero é muito forte porque o acesso à água vai liberar a mulher para estudar, ter outros afazeres, se tornar uma profissional. Isso é muito frequente na África, na Ásia e principalmente no semiárido brasileiro. Precisamos dos serviços de água competentes para que isso se reflita na vida dessas mulheres”.

A declaração é da professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e ex-diretora de Gestão das Águas e do Território do Instituto Estadual do Ambiente, Rosa Formiga. Ela diz que já viu de perto o peso que meninas e mulheres do semiárido carregam para garantir o bem dentro de casa e como a vida delas são afetadas. E recorda que no interior do Nordeste conheceu grupos de mulheres que brigaram por 20 anos para conseguirem levar a água para suas comunidades. “Nós, mulheres urbanas, que sempre tivemos acesso à água facilmente, não temos noção do quanto uma questão tão básica, tão intrínseca à vida, pode ser a razão de ser de algumas pessoas”.

O assunto é abordado em reportagem assinada pelas jornalistas Adriana Franzin, Fabíola Sinimbú e Priscila Ferreira, postada nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, pela Agência Brasil, resumida no título “Mulheres brigam por espaço na gestão da água no país”. Trata-se de uma realidade brasileira, da qual as três jornalistas tratam com objetividade, mostrando que a equidade entre homens e mulheres é um desafio em praticamente todos os espaços da sociedade e que na discussão e no acesso à água não é exceção. Tradicionalmente, são as meninas e mulheres que buscam a água a longas distâncias, com a lata na cabeça onde a seca e o sol escaldante castigam. Cabe a elas lavar a roupa no rio, lavar as louças, lavar o corpo dos filhos e garantir que tenham água para beber. No entanto, elas são poucas nos cargos de gestão dos recursos hídricos. O jornal O Diário republica a sequência a partir do próximo parágrafo.

Gisele Forattini, participante da comissão que instituiu o Comitê de Gênero da Agência Nacional das Águas (ANA) e integrante do Global Water Partneship (GWP), também lembra o impacto da chegada de uma cisterna na vida das mulheres do semiárido. “As crianças eufóricas diziam: ‘mainha, mainha, a água é docinha’. Não era água doce, era uma água que não era salobra. A primeira palavra que saiu da boca delas era ‘mainha’, não à toa”, lembra, quando participou do programa Um Milhão de Cisternas, executado pelo Ministério do Desenvolvimento Social para levar água para consumo e produção agrícola de famílias rurais de baixa renda.



Mulheres são as principais responsáveis por levar água para as famílias, mas ainda têm pouco espaço na gestão dos recursos hídricos no país. – Foto: Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil

“Quando a gente entregava cisterna, era sempre uma mulher que recebia um documento. Os maridos, muitas vezes, iam tentar a vida em São Paulo e, às vezes, não voltavam. A mulher ficava em casa cuidando da família toda e essa cisterna fazia uma diferença enorme na vida dela”. Apesar de estarem na lida diária, elas são vozes pouco ouvidas nas políticas públicas. A elaboração de políticas públicas que contemplem o tema ainda é um processo de conquista.“Na gestão de recursos, o assunto é tratado de forma especialmente técnica, até pouco tempo dominada sobretudo por engenheiros”, diz Daniela Nogueira, pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB).

Apenas em 1992, na Conferência de Dublin – que reuniu representantes de 80 organismos internacionais, intragovernamentais e não governamentais para discutir Água e Meio Ambiente – foi reconhecido o papel central e estratégico das mulheres na provisão, na manutenção e na gestão da água. Mas ainda há questionamentos sobre a incorporação do princípio na Política Nacional de Recursos Hídricos, de 1997. “Reconhecer a importância da participação das mulheres nos colegiados no Sistema Nacional de Recursos Hídricos – como é o caso do Conselho Nacional e dos Comitês de Bacias – é uma forma de dar efetividade à gestão”.

“Se eu tomo conta da água, tenho que ser ouvida” – Nascida em Minas Gerais, alagoana por escolha e filha de militar, Ana Catarina Pires cresceu experimentando diferentes relações com a água, em cada lugar do Brasil onde morou. E considera que o despertar para o assunto só aconteceu em 1998, ao trabalhar como consultora do programa Pró-Água Semiárido, realizado pelo Banco Mundial. “Foi lá que eu comecei a beber água sentindo verdadeiramente o gosto, e não apenas por uma necessidade fisiológica”, conta a engenheira civil, ex-secretária do Meio Ambiente de Alagoas e integrante do grupo Legado, criado no âmbito do da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).

A pesquisadora defende que se é delegada à mulher a tarefa de “tomar conta da água” em casa, ela não pode ser coadjuvante na tomada de decisão. “Se eu tomo conta da água, tenho que ser ouvida. Como é que eu vejo? Você, eu, nascemos de onde? Do útero de uma mulher dentro de uma bolsa de água. Então, esse processo é muito forte na nossa vida, principalmente na vida de quem milita com isso. A gente que milita com isso, há 20 anos, 21 anos, a gente tem certeza que está excluída do processo. Porque, fazem de conta, como sempre, que a gente está na discussão. Temos excelentes profissionais, que fazem a diferença, mas sempre ela que é coadjuvante e a água é feminina”.

Para ela, a inclusão da mulher nos debates deve ser incisiva. “Na minha visão, é o reconhecimento dessa pessoa que faz parte do processo intensamente, só não faz parte do processo das discussões amplas, mas é a gente que discute água em casa, em qualquer lugar”, reforça.

“Tive em vários eventos em que era a única mulher” – A engenheira e professora da Universidade Federal da Bahia, Yvonilde Medeiros, encontrou na água o centro de sua carreira profissional. Dedicada a pesquisar a Bacia do Rio Salitre e participar dos debates da transposição do Rio São Francisco, ela conta que em sua trajetória muitas vezes era a única voz feminina.

“Você vai ver uma participação feminina muito grande nos comitês, nas câmaras técnicas dos comitês, do Conselho [Nacional de Recursos Hídricos]. Mas no conselho de forma geral, eu acho que já vai reduzindo a participação, pelo fato de que as mulheres, em geral, não atingem os cargos de mais alto escalão nos órgãos públicos. Isso é uma realidade do Brasil e uma realidade de outros países. As mulheres estão sempre mais na base, mas a proporção que vamos chegando mais a ao topo da pirâmide, o número e a participação feminina reduz. Eu já tive em vários eventos em que era a única mulher”, conta a professora, que tem mestrado em Hidráulica e Saneamento, pela Universidade de São Paulo, e doutorado em hidrologia pela University of Newcastle Upon Tyne, de Londres.

Cuidado e conservação – Enquanto são minoria nos altos cargos de decisão, elas estão entre as mais atuantes na defesa e no uso sustentável da água. A bióloga e pesquisadora da Embrapa Solos há 15 anos, Rachel Bardy Prado, destaca que as mulheres desenvolveram maior cuidado com os recursos naturais “pela própria relação que possui com a geração da vida: dos filhos”.

“Em relação à gestão da água, historicamente, estava muito mais voltada às soluções de engenharia (tratamento de água e irrigação), onde os homens sempre estiveram mais presentes do que as mulheres. Mas quando o assunto é conservação da água, vemos um destaque da participação feminina. Tanto é, que se tornou uma tônica mundial a incorporação da perspectiva de gênero no sentido de um maior envolvimento de representantes do grupo feminino na tomada de decisões relacionadas ao uso da água. O reconhecimento de que elas são peças-chave no trato da água para a saúde (água potável e saneamento), alimentação e equilíbrio ambiental dos ecossistemas”.

Para a pesquisadora, a educação é um dos caminhos para se alcançar a equidade de gênero nos órgãos de decisão. “A primeira medida é incentivar e assegurar, nos movimentos sociais, nos fóruns e comitês, a igualdade de gênero e uma participação equilibrada. Também promover políticas que valorizem o papel da mulher na conservação da água e e alertar os órgãos de fomento à pesquisa, como o CNPQ, Capes e outros sobre a importância em financiarem linhas específicas de pesquisa com foco no fortalecimento do papel da mulher na gestão da água”.

Desafios – Um dos grandes desafios para aumentar a participação feminina na gestão de recursos hídricos é a ausência de dados sobre a relação água e gênero. De acordo com Eldis Camargo Santos, assessora da ANA, a agência reguladora vem trabalhando no Projeto Legado, criado em dezembro de 2017 com o objetivo de levantar propostas de melhorias na gestão de recursos hídricos, dando ênfase ao papel da mulher, além de alterar a Lei 9.433, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, para adicionar os princípios de Dublin.

O Projeto Legado estará na pauta do 8º Fórum Mundial da Água, que ocorrerá entre os dias 18 e 23 de março, em Brasília. No fim de 2017, a ANA realizou uma oficina internacional de gênero e água, com a presença de mais de 60 mulheres de diversos países que discutiram o assunto, que retornará no fórum.

Para incentivar a participação delas, a pesquisadora da UnB Daniela Nogueira defende capacitações específicas – para homens e mulheres. “Estamos pensando na criação de uma rede latino-americana de água e gênero justamente para formular estratégias concretas de como nós poderemos impactar na implementação de políticas públicas sobre o tema”, afirma.

FONTE: Agência Brasil

Prefeitura de Campos paga nesta quinta e sexta-feira um mês de RPA

DORA PAULA PAES

Saque em dinheiro / Divulgação

O crédito adicional de R$ 25.847.014,42, referente a uma auditoria feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), correspondente ao período entre 2005 e 2010, garante nesta quinta e sexta-feira o pagamento do mês de dezembro dos prestadores de serviço em Regime de Pagamento Autônomo (RPA). A última parcela do 13º dos servidores municipais será efetuada na segunda-feira (11) e o repasse da verba municipal da rede contratualizada até a próxima terça-feira (12).

A ANP creditou nesta quarta-feira nas contas de dez municípios produtores de petróleo a cota extra de Participação Especial (PE) referente a processo administrativo que corre desde o ano de 2009, Nº 48610.007047/2009-99, referente à auditoria de produção (e deduções) ocorrida entre 2005 e 2010. O valor pago aos municípios é de cerca de R$ 50 milhões, sendo metade para Campos, um repasse de R$ 25,8 milhões.

Os municípios contemplados foram Presidente Kennedy (ES) e os demais do Estado do Rio: Campos, Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Carapebus, Casimiro de Abreu, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras e São João da Barra.
Fmanhã

Novo laudo não confirma ter havido manipulação em imagens da cela de Garotinho

MP disse que câmeras da galeria onde o ex-governador estava preso foram manipuladas



(Foto: Reprodução TV Globo)

O processo que investiga a suposta agressão do ex-governador Anthony Garotinho na cadeia teve uma reviravolta. Em janeiro, uma perícia feita pelo Ministério Público disse que imagens das câmeras da galeria onde Garotinho estava foram manipuladas. Entretanto, novo laudo pedido pela Justiça não confirmou a edição nas imagens.

Os peritos do setor de segurança eletrônica do Tribunal de Justiça compararam as imagens de duas câmeras, a pedido juiz Rafael Estrela, titular da vara de execuções penais do Rio e apontaram: “não podemos confirmar tecnicamente que houve manipulação na gravação”.

Nas imagens enviadas, a câmera chamada de ‘Galeria B meio’ fica quase em frente à cela de Anthony Garotinho. Essa câmera tem um sensor que interrompe as gravações, e só é acionada quando registra algum movimento. Foi essa mesma câmera que captou o momento em que Anthony Garotinho bate palmas para chamar os agentes penitenciários, no horário de 1h32 da madrugada de 24 de novembro do ano passado.

A outra câmera é a ‘Galeria B fundos’, que fica mais longe da cela, mas grava sem interrupções, mostrando o mesmo corredor, de outro ângulo. A olho nu, não é possível ver as palmas do ex-governador.

Essa foi uma das razões que levaram o Ministério Público a afirmar, numa perícia em janeiro, que as imagens tinham sido manipuladas. Segundo o MP, as palmas teriam sido cortadas, comprovando a edição das imagens, mas os engenheiros do Tribunal de Justiça chegaram a uma conclusão diferente.

Eles afirmam que fizeram uma aproximação em que foi possível verificar que ocorre uma variação de pixels, ou seja, de tons e de luminosidade, no mesmo exato momento indicado na câmera ‘Galeria B meio’. Ou seja, segundo eles, a câmera dos fundos também registrou as palmas do ex-governador.

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) foi levado da cadeia em Benfica, onde estava preso, para a 21ª DP (Bonsucesso), para prestar depoimento no dia 24 de novembro. Garotinho alegou ter sido agredido no presídio com um porrete e afirmou, ainda, que chegaram a apontar uma arma para ele. Agentes da Seap, porém, disseram que ele se autolesionou.
Terceira Via

PM prende chefe do tráfico de drogas do Parque Santa Rosa

JONATHA LILARGEM 
O homem apontado como chefe do tráfico de drogas do conjunto de casas populares do Parque Santa Rosa, que passou a ser denominado "Canto do Nolita" foi preso na manhã desta quinta-feira (8). A prisão de "Nolita" foi realizada pela Polícia Militar, na rua Projetada B, ´perto de sua "mansão".
Divulgação
Segundo a polícia, "Nolita" foi detido com um revólver calibre 38 com 25 munições intactas. O criminoso é temido em Guarus, em função com a guarra de facções do Santa Rosa com o Eldorado.
"Nolita" foi levado para a 146ª Delegacia de Polícia (Guarus).
Em grupos de redes sociais, foram divulgadas fotos da casa do suspeito no conjunto habitacional do Santa Rosa. A "mansão Nolita" tem inclusive piscina". A informação é que o clima é tenso na região com facções ligadas a "Nolita". 

Mais informações em instantes.

SFI participa de curso do TCE-RJ


Representantes da Prefeitura de São Francisco de Itabapoana (SFI) participaram na manhã de terça-feira (6) de um curso sobre prestação de contas nos municípios do Estado do Rio de Janeiro (RJ). A capacitação aconteceu no auditório da Escola de Contas e Gestão, do Tribunal de Contas do RJ (TCE-RJ), na capital do Estado.
O secretário municipal de Fazenda, Fredy Beshara, acompanhado do servidor Silvério Agrizzi da Secretaria Municipal de Controle Interno, representaram SFI na qualificação, que reuniu cerca de 500 pessoas de todas as cidades do RJ.

De acordo com Beshara, as duas deliberações do TCE que regiam o tema abordado até então foram revogadas: a 199/96 substituída pela 285/18 e 200/96 trocada pela 277/17. “A partir de agora, a prestação de contas será eletrônica. Agora só será necessário enviar a documentação em papel, pela prestação de contas física, a Câmara Municipal e o Instituto de Previdência, neste último caso nos municípios onde existir”, explicou. A nova legislação já vale para o primeiro ano de gestão da prefeita Francimara Barbosa Lemos.

Ele contou também que, ao final de cada ano, SFI precisa enviar ainda a papelada de algum setor, que será sorteado pelo TCE-RJ. Neste ano, em dezembro, o Executivo municipal enviará as contas do Fundo Municipal de Saúde referentes ao ano passado.

Para Beshara, “é de suma importância estarmos em constante aperfeiçoamento. Estamos atentos!”.

Ascom SFI

quarta-feira, 7 de março de 2018

Sobe para 120 o número de casos de febre amarela no Rio de Janeiro

Em todo o Estado, 54 pessoas já morreram infectadas pela doença este ano


Secretaria confirmou 120 casos (Foto: Reprodução)

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que em 2018 já foram registrados 120 casos de febre amarela silvestre em humanos, sendo que, destes, 54 pacientes morreram por complicações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O maior número de casos foi registrado em Angra dos Reis, na região Sul Fluminense, com 29 pacientes, dois quais 13 morreram.

Confira os números do último boletim epidemiológico divulgado pela pelo órgão estadual na noite da última terça-feira (6):

– 14 casos – Teresópolis, sendo 7 óbitos

– 18 casos – Valença, sendo 6 óbitos

– 11 casos – Nova Friburgo, sendo 4 óbitos

– 1 caso – Petrópolis

– 2 casos – Miguel Pereira, sendo 1 óbito

– 10 casos – Duas Barras, sendo 2 óbitos

– 3 casos – Rio das Flores, sendo 2 óbitos

– 2 casos – Vassouras, sendo 1 óbito

– 7 casos – Sumidouro, sendo 2 óbitos

– 5 casos – Cantagalo, sendo 3 óbitos

– 1 caso – Paraíba do Sul, sendo 1 óbito

– 2 casos – Carmo, sendo 1 óbito

– 2 casos – Maricá, sendo 1 óbito

– 29 casos – Angra dos Reis, sendo 13 óbitos

– 2 casos – Paty do Alferes, sendo 1 óbito

– 2 casos – Engenheiro Paulo de Frontin, sendo 2 óbitos

– 2 casos – Mangaratiba, sendo 1 óbito

– 1 caso – Piraí, sendo 1 óbito

– 1 caso – Cachoeiras de Macacu, sendo 1 óbito

– 2 casos – Trajano de Moraes, sendo 2 óbitos

– 1 caso – Rio Claro, sendo 1 óbito

– 2 casos – Silva Jardim, sendo 1 óbito

Número de localidades com casos confirmados de febre amarela em macacos: 11

– Niterói

– Angra dos Reis (Ilha Grande)

– Barra Mansa

– Valença

– Miguel Pereira

– Volta Redonda

– Duas Barras

– Paraty

– Engenheiro Paulo de Frontin

– Araruama

– Petrópolis.


Policiais Militares encontram corpo durante patrulhamento na comunidade do Sapo II

Identidade da vítima ainda não foi divulgada; homicídio teria acontecido durante a madrugada
(Foto: Divulgação)

Policiais militares encontraram o corpo de um homem no Parque Eldorado, em Campos, na manhã desta quarta-feira (7). O homicídio teria acontecido durante a madrugada.

O corpo foi localizado na rua 1, próximo durante patrulhamento patrulhamento de rotina no conjunto habitacional do Sapo II.

A identidade da vítima ainda não foi divulgada. O corpo foi removido e levado para o Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PTRPTC) em Campos. O caso foi registrado na 146ª Delegacia Policial (DP), em Guarus.
Terceira Via/Show Francisco