terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Menino de 5 anos baleado na cabeça é transferido para UTI pediátrica; estado ainda é grave

Arthur Gonçalves Monteiro foi atingido quando estava com o pai em partida de futebol no Morro São João. Criança passou por cirurgia, mas bala permanece alojada na cabeça.

Quarta criança atingida no Rio de Janeiro em 2020 levou tiro quando jogava bola

O menino de 5 anos atingido por uma bala perdida na cabeça, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, conseguiu uma vaga na UTI pediátrica e foi transferido para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na manhã desta terça-feira (28).

A bala que atingiu a criança continua alojada na cabeça. Ela não foi retirada para não agravar seu estado de saúde, que é considerado grave, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Arthur Gonçalves Monteiro passou por cirurgia na madrugada desta terça-feira (28) no Hospital Salgado Filho, no Méier, para onde foi levado após ser baleado no Morro de São João. Ele acompanhava o pai em uma partida de futebol quando policiais da UPP foram atacados por traficantes e iniciaram intensa troca de tiros. Os criminosos fugiram e ninguém foi preso.

Nesta manhã, João Paulo Monteiro Esperança, tio paterno do menino, disse que precisou recorrer ao Plantão Judiciário para conseguir a transferência.

Waldir da Silva, avô do menino Arthur — Foto: Reprodução/TV Globo

O avô paterno também passou a madrugada no Salgado Filho.

“Pela idade dele, 5 anos, a gente nunca esperava que isso pudesse acontecer. Ele não tem como esperar muito pelo atendimento”, disse Waldir Gonçalves da Silva. “É muito duro. Só Deus.”

Pai tentou proteger o filho

Segundo a família, Paulo Roberto Monteiro, pai de Arthur, se jogou por cima do filho para protegê-lo do tiroteio e foi atingido por uma bala na mão. O projétil atravessou a mão de Paulo Roberto e ficou alojada na cabeça do garoto.

O pai de Arthur também foi levado para o Hospital Salgado Filho, foi atendido e medicado e passa bem.

A Polícia Civil vai investigar de onde partiu o tiro que atingiu Arthur.
G1/Show Francisco

Possível "pega" na praia de Grussaí termina em grave acidente


O motorista de um carro ficou ferido após bater contra um poste na Avenida Atlântica, na praia de Grussaí, em São João da Barra, na noite desta segunda-feira (27). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima foi retirada de dentro do veículo, recebeu atendimento no local e foi liberada. O condutor do outro veículo, que supostamente seja menor de idade, fugiu do local.

A colisão aconteceu próximo ao Polo Gastronômico. Pessoas que presenciaram a colisão disseram que o acidente envolveu um Golf e um Audi. Os motoristas teriam combinado um "pega" e ambos estavam em alta velocidade.

O trânsito ficou lento no local até a retirada dos carros envolvidos. A Polícia Civil vai investigar se, de fato, o acidente foi provocado por um possível "pega".
Notícia Urbana/Show Francisco

SAÚDE É PRIMORDIAL EM SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA RJ





Detido após furtar água e Guaravita e Mulher assaltada em dois aparelhos celulares no centro de Campos



Caso foi registrado na 134ª DP, do Centro / Folha da Manhã

Um jovem de 23 anos foi detido, na madrugada desta terça-feira (28), após furtar 16 garrafas de água e quatro Guaravitas de um estabelecimento comercial na avenida José Alves de Azevedo, no Centro de Campos. De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito teria confessado o furto. O caso foi registrado na 134ª Delegacia de Polícia (DP), do Centro.
Ainda segundo a PM, o jovem estava de bicicleta quando foi abordado. Além do material furtado, também foi encontrado com ele um cadeado danificado, que seria do comércio; um tubo de metal, um vergalhão e um martelo, que teriam sido utilizados para arrombar o estabelecimento.
Na DP, o jovem foi autuado no artigo 155 do Código Penal e permaneceu preso.


Mulher assaltada no Centro e dois suspeitos são presos

Uma mulher de 30 anos foi assalta no Centro de Campos, na noite dessa segunda-feira (27), e dois suspeitos, de 20 e 21 anos, foram detidos momentos após o crime, na rua Salda Marinho. Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima teve o celular roubado, que não foi recuperado. A PM informou ainda que os suspeitos teriam tentado assaltar outra pessoa, mas não conseguiram.
Ainda segundo a PM, a vítima contou que os dois jovens simularam estar armados na hora do assalto. Um cerco foi montado nas imediações do crime e os suspeitos foram foram abordados na rua Saldanha Marinho. Apesar de o celular da vítima não ter sido encontrado com os suspeitos, ela reconheceu os assaltantes.
Os jovens foram levados para a 134ª Delegacia de Polícia, do Centro, onde foram autuados no artigo 157 do Código Penal e permaneceram presos.

Fonte:Fmanhã

Governo do Rio sanciona lei e Estado terá portal da transparência de royalties e participações especiais do petróleo



O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC) sancionou, nesta segunda-feira, 27, a Lei 8.719, de 2020, de autoria do deputado estadual Carlo Caiado (DEM), que estabelece um portal da transparência destino a divulgar os gastos feitos com a receita dos royalties do petróleo.

A sanção da legislação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), e constitui um site onde deverá ser informado o histórico dos gastos provenientes das receitas de royalties e de participações especiais repassados pela União ao Estado nos últimos 10 anos, contendo as receitas, o valor arrecadado e a previsão de arrecadação futura.

Em sua página no Facebook, o deputado autor da proposta comemorou a sanção da legislação e lembrou que através do novo portal da transparência, a população fluminense também poderá acompanhar os recursos de royalties neste ano de 2020.

“Agora é lei. A população vai poder acompanhar a arrecadação e gastos com royalties de petróleo. Foi sancionada hoje a Lei 8.719, de 2020, de minha autoria, que cria o Portal da Transparência dos Royalties de Petróleo e das Participações Especiais.
Pela lei, o cidadão vai poder acompanhar, por exemplo, como serão gastos os mais de 14 bilhões de reais em royalties que o Estado deve receber em 2020”.

A nova ferramenta também divulgará as despesas realizadas com os recursos de royalties, assim como os documentos de operações de antecipação dessas receitas, como contratos, análises e demonstrativos com os valores antecipados e o plano de pagamento, com informações que serão atualizadas mensalmente.

“Anualmente, o [Estado do] Rio recebe bilhões em transferências da União referentes à participação na divisão dos royalties de petróleo. Entretanto, o destino dessa verba bilionária ainda é pouco clara para a população fluminense”, justificou Carlo Caiado.

Fonte:O DiárioLagos

Governador Wilson Witzel assina licenciamento da GNA II


O governador Wilson Witzel formalizou nesta segunda-feira (27) a licença de instalação da usina termelétrica GNA II, no Porto do Açu, no quinto distrito de São João da Barra. O projeto, considerado o maior da América Latina - com capacidade instalada de 3 GW - é operado pela GNA, uma joint venture formada pelas empresas Prumo Logística, BP e Siemens. A usina terá investimentos de cerca de R$ 3,2 bilhões e expectativa de gerar 4 mil empregos na região.

— Hoje, damos início à segunda fase de um grande empreendimento para aproveitar todo o potencial do gás no estado. Essa energia que será gerada deve ser pensada e canalizada para que, daqui a 30 anos, quando houver outras formas de energia, nós tenhamos também tecnologia desenvolvida. Temos que criar demanda para que essa energia seja consumida e, para isso, é preciso investimentos em áreas como, por exemplo, a mobilidade urbana — afirmou o governador.

Segundo o presidente da GNA, Bernardo Perseke, a usina termelétrica GNA I está com 90% das obras concluídas e a empresa tem a expectativa de iniciar a operação comercial em janeiro de 2021. Já foram gerados cerca de 10 mil postos de trabalho na região. Ainda de acordo com o Perseke, a partir da licença de instalação da GNA II, será possível iniciar a construção da segunda unidade.
— A construção da GNA II terá início ainda neste segundo semestre, graças a esta licença. Isso significa mais emprego para o estado. O nosso plano de investimentos contempla ainda a chegada da rota 5 do Açu e esperamos contribuir com a industrialização do Rio de Janeiro — disse Perseke.
Juntas, as usinas GNA I e GNA II irão gerar energia para atender cerca de 14 milhões de residências. Quando estiver em operação, o complexo será responsável por 17% da geração térmica a gás natural do Brasil.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Relações Internacionais, Lucas Tristão destacou que “a localização estratégica do Porto possibilitará que o Rio se torne um hub de gás para recebimento, processamento e transporte do gás, bem como exportação de grandes blocos de energia”.
Fonte: Fmanhã

Nível dos rios registra redução, mas municípios do Norte e Noroeste continuam em atenção

PAULA VIGNERON

Paraíba do Sul baixou de 9,08m para 8,88m / Paula Vigneron

As defesas civis e prefeituras dos municípios do Norte e Noroeste Fluminense atingidos por chuvas e cheias de rios continuam em estágio de atenção, apesar da diminuição do nível das águas em diversas cidades. Em Itaperuna, a avenida Cardoso Moreira, por onde passa a BR 356, foi liberada para circulação de veículos após a redução do nível do rio Muriaé, que também registrou baixa em Italva. Já em Cardoso Moreira, o Muriaé baixou para 9,45 metros e município segue em alerta máximo, devido ao nível de transbordo ser 8 metros. Em Santo Antônio de Pádua, o rio Pomba estabilizou e as atividades estão sendo normalizadas. O rio Paraíba do Sul, em Campos, apresentou elevação e chegou a 9,08 metros nessa segunda, mas nesta terça-feira baixou para 8,88 metros. A previsão do tempo para esta terça-feira (28), em todo o Rio de Janeiro, é de instabilidade, com céu nublado e probabilidade de pancadas de chuvas isoladas, principalmente no Norte do Estado, no período da tarde. Em toda região, mais de 15 mil pessoas estão fora de suas casas e enchentes já registraram duas mortes.

Após a interdição total da avenida Cardoso Moreira, nessa segunda-feira (27), a Prefeitura de Itaperuna anunciou a liberação da via, "em virtude da ainda lenta, mas progressiva baixa do nível das águas no Centro da cidade". Foi flexibilizada a interdição do tráfego, "liberando a circulação de veículos, com a recomendação aos proprietários de veículos baixos que dirijam com cuidado e sigam as orientações da Guarda Municipal".


O nível do rio Muriaé, no município de Italva, registrou diminuição de 43 centímetros nas últimas 24 horas. De acordo com informativo da Defesa Civil da cidade, às 6h30 desta terça-feira (28), a medição indicou que o rio estava em 4,95 metros, ainda 85 centímetros acima da cota de transbordo. "Seguimos em vigilância monitorando a situação do nível do rio nos municípios à montante", afirmou o órgão em nota.
Além de Bom Jesus do Itabapoana, a cidade de Cardoso Moreira também decretou situação de emergência no final da noite dessa segunda-feira (27), por meio do decreto 015/2020, publicado em Diário Oficial. Em nota, por meio de redes sociais, a secretaria do ambiente e Defesa Civil divulgou que "em virtude das precipitações que ocorreram no município e em toda bacia hidrográfica do rio Muriaé e Carangola, o que provocou a ocorrência de eventos que comprometeram parcialmente o poder de resposta do município, o prefeito Gilson Siqueira acaba de decretar situação de emergência no Município de Cardoso Moreira". Em medição realizada às 22h dessa segunda, o nível do Muriaé estava em 9,82 metros, 1,82 metros acima da cota-limite para transbordamento. Em um intervalo de uma hora, as águas baixaram apenas dois centímetros. A Defesa Civil de Cardoso permanece em estado de alerta máximo.
Em Santo Antônio de Pádua, desde segunda-feira, o nível do rio Pomba teve redução significativa e saiu da cota de transbordo (5 metros). Pela manhã, a Defesa Civil informou que a medição indicou que as águas atingiram 4,85 metros. Durante a tarde, de acordo com novo informe, o rio estava em 4,57 metros. O Hospital Municipal Hélio Montezano de Oliveira, cujas atividades haviam sido suspensas no final de semana, teve o atendimento normalizado também nessa segunda. Em nota, a direção da unidade informou que "é importante ressaltar que, para esse retorno, foi necessário um grande esforço coletivo, com realização de um mutirão de limpeza e realocação dos móveis e aparelhos que haviam sidos transportados para locais seguros".

A Prefeitura de Campos, por meio das equipes do Grupo de Emergência em Alagamentos, fez a mudança de 35 famílias de Três Vendas para a igreja da localidade, uma unidade escolar no Parque Aldeia e casa de familiares e amigos. O grupo está atuando na localidade desde sábado (25), devido à cheia do rio Muriaé, que apresenta riscos à BR 356.

Defesa Civil do Estado atua nos municípios atingidos

A Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sedec-RJ) atua, desde segunda-feira (27), em apoio aos municípios do interior que registraram cheias e enchentes nos últimos dias. Os trabalhos contam com cerca de 40 agentes. Nesta terça (28), equipes foram até a cidade de Itaperuna para auxiliar a população e o poder público.
Para a ação, são utilizadas viaturas novas, adquiridas com recursos da taxa de incêndio. A Sedec realiza distribuição de água e de material de ajuda humanitária para desalojados e desabrigados, como colchões e kits dormitórios com lençol, cobertor, travesseiro e fronha.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) auxilia as ações da Sedec-RJ na regiãom com cerca de 100 bombeiros militares, viaturas, embarcações, helicópteros, barracas de camping, coletes, lanternas, cordas para salvamento de pessoas, entre outros equipamentos.
“É importante ressaltar que à Defesa Civil Estadual (Sedec-RJ) cabem ações de apoio aos municípios em ocorrências que extrapolam a capacidade de resposta dos mesmos. A atuação da secretaria inclui consultoria técnica, orientação de preenchimento de documentação para decretação de situação de emergência e coordenação em eventos de repercussão intermunicipal”, informou o órgão.

Nível dos rios na manhã desta terça-feira

Rio Paraíba do Sul:
Campos — Nível de transbordo: 10,40m / atual: 8,88m
Rio Muriaé:
Italva — Nível de transbordo: 4,20m /atual: 4,90m
Cardoso Moreira — Nível de transbordo: 8m / atual: 9,45m
Laje do Muriaé — Nível de transbordo: 5,15m / atual: 7,55m (pela manhã de domingo. Não houve nova medição porque a régua foi danificada, mas nível diminuiu cerca de 50 centímetros)
Itaperuna — Nível de transbordo: 4,5m / atual: 5,82m
Rio Pomba:
Santo Antônio de Pádua — Nível de transbordo: 5m / atual: 3,56m
Rio Itabapoana:
Bom Jesus do Itabapoana — Nível de transbordo: 2,10m / atual: 5,03m
Rio Carangola:
Porciúncula — Nível de transbordo: 5,20m / atual: 4m
Natividade — Nível de transbordo: 5,15m / atual: 3,95m.
Fonte:Fmanhã

Veja como fica o tempo nesta terça (28) no Sul do Espírito Santo


Foto: Aqui Notícias/Por Rafaela Thompson

Na terça-feira (28), o tempo permanece instável no Espírito Santo. Previsão de pancadas de chuva ao longo do dia em todas as regiões, sendo que trechos sul e oeste da região Noroeste, a maior frequência de chuva ocorrerá de manhã e a noite. Os ventos sopram com até moderada intensidade por todo o litoral, segundo o Incaper.

Na Grande Vitória, variação de nuvens. Previsão de pancadas de chuva com trovoadas em alguns momentos do dia. O vento sopra com moderada intensidade no litoral. Temperatura mínima de 23 °C e máxima de 31 °C. Vitória: mínima de 23 °C e máxima de 31 °C.

Na Região Sul, variação de nuvens. Previsão de pancadas de chuva com trovoadas em alguns momentos do dia. O vento sopra com moderada intensidade no litoral. Nas áreas menos elevadas: temperatura mínima de 23 °C e máxima de 31 °C. Nas áreas altas: mínima de 20 °C e máxima de 28 °C.

Na Região Serrana, variação de nuvens. Previsão de pancadas de chuva com trovoadas em alguns momentos do dia. Nas áreas menos elevadas: temperatura mínima de 21 °C e máxima de 29 °C. Nas áreas altas: mínima de 19 °C e máxima de 28 °C.
Fonte: Aqui

Por dentro do seu Direito



A prova pericial no âmbito do juizado especial Cível

O Juizado Especial Cível, criado através da Lei 9099/95, visa o processamento e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, sendo assim consideradas as previstas no artigo 3º da mencionada Lei.

Com intuito de reduzir o tempo de tramitação, os processos em curso nos Juizados Cíveis são regidos pelos princípios da simplicidade, informalidade, oralidade, celeridade e economia processual, não sendo admitidos atos processuais que contrariam tais princípios.

Um desses atos, é a prova pericial que, apesar de prevista no Código de Processo Civil, requer, para sua produção, um procedimento incompatível com as ações de competência do Juizado Especial.

Desta forma, caso seja necessária a produção de prova pericial para demonstração do direito, a ação deverá ser proposta no juízo comum, sob pena de insucesso da demanda.
Fonte:O DiárioLagos

Oficiais de Justiça fazem protesto no Fórum de Campos

Eles reclamam de transferências de colegas que foram removidos para outras cidades pelo TJ de modo inesperado


Servidores da Justiça fazem protesto no Fórum de Campos (Fotos: Carlos Grevi)

Servidores da Justiça que atuam em Campos fizeram um protesto nesta segunda-feira (27) no Fórum durante à tarde. Eles e outros colegas de várias cidades ao redor atuam no 6º Núcleo Regional. Todos reclamam de remoções de seis profissionais que foram transferidos para outras comarcas sem aviso anterior. Quatro oficiais de Campos, um de São Fidélis e outro de Cambuci foram removidos para Macaé, Quissamã e Conceição de Macabu. Vestidos de preto em sua maioria, os manifestantes pedem ao Tribunal de Justiça a reversão dessas transferências.

De acordo com Mônica Ribeiro Gomes, oficial de justiça que atua em São João da Barra, no dia 22, os colegas foram surpreendidos com a transferências. “Da noite para o dia, eles tiveram suas vidas viradas do avesso”, diz. As remoções foram a solução que o Tribunal de Justiça encontrou diante da insuficiência de pessoal. “Os Oficiais de Justiça Avaliadores (OJA) foram realocados, mas foi esquecido que as Comarcas de onde eles saíram seriam sacrificadas. O estudo de lotação feito pela Corregedoria não condiz coma realidade, por isso não concordamos”, informou.


De acordo com os manifestantes, o quadro de serventuários tem diminuindo a cada ano com as aposentadorias sem que haja reposição através de concurso público. Em um documento, eles relataram “Somos uma classe com demanda específica, uma vez que trabalhamos sozinhos em nosso próprio veículo. Até hoje não foi estipulado um limite de volume para cumprirmos por mês. Com o acúmulo de trabalho e o envelhecimento do quadro de funcionários, muitos têm se afastado para tratamento de saúde, o que sobrecarrega quem fica, gerando uma roda viva. É urgente que o Tribunal de Justiça convoque concurso publico para Oficiais de Justiça Avaliadores, e que sejam oferecidas vagas para o 6° Núcleo Regional”, informaram.


Mônica Ribeiro Gomes é oficial de justiça em São João da Barra: “remoções arbitrárias”

A oficial de Justiça, Daniele Vieira, questiona os critérios de remoção dos servidores. “A gente quer na verdade que seja refeito o estudo de lotação, que se faça um estudo humanizado. Lá no Rio de Janeiro, eles não têm noção do tamanho do município de Campos”, considera. Para o analista judiciário Diogo Sant´Anna, o volume de trabalho em Campos é intenso. Ele atua no setor Central de Mandados, no Fórum.

“São audiências de custódia em cinco dias por semana, plantões do júri, plantões diários e vermelhos. Muitos aposentados não estão mais aqui, outros colegas migraram para outros concursos. Há uma sobrecarga. O Tribunal de Justiça não valoriza o funcionário. Temos funções que estão muito burocratizadas e sem equipamentos como escaneamento de certidão. Há colegas com licenças médicas. Há 40 oficiais, mas 28, em média, estão trabalhando, pois há colegas doentes”, afirma.


Analista judiciário Diogo Sant´Anna: “há sobrecarga de trabalho e colegas adoecidos”

Para Mônica Ribeiro Gomes, é preciso reverter as remoções arbitrárias. “Isso destrói a vida profissional de quem vai e de quem fica. Temos um colega, Celso Ney, que estava em Cambuci e foi enviado para Macaé a 200 quilômetros de distância. Ele tem filho síndrome de down. Tudo isso afeta o trabalho”, considera,

Nesta terça-feira (28), um grupo de oficiais de justiça irá ao Rio de Janeiro para um encontro com o juiz Guilherme Pedrosa. “Vamos apresentar um estudo nosso e propostas para revisão de transferências. Os critérios não têm sido transparentes. Isso vem acontecendo nos últimos anos, mas agora chegou ao limite. Não temos concurso público e precisamos de um urgente”, conclui Mônica.

A reportagem entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para comentar a manifestação e as remoções dos servidores, mas ainda não obteve resposta.
Fonte:Terceira Via

Moradores de Santa Cruz relatam o declínio do lugar e o medo de perder suas casas

Desde que souberam que a antiga usina e os imóveis seriam leiloados, há um clima de apreensão e incertezas
Ocinei Trindade


Parque Industrial de Santa Cruz em ruínas (Fotos: Carlos Grevi)

“Essa notícia veio para matar as pessoas de Santa Cruz. Aqui, todo mundo se considera família. Se for para sair daqui, melhor ir para o caixão”. A declaração é de Cremilça Flor, de 76 anos. Ela e o marido, Alcides Flor, de 82 anos, vivem há mais de 50 anos na casa que pertencia à Usina Santa Cruz, empresa onde trabalharam. Desde que souberam de um comunicado sobre o leilão das instalações companhia desativada, além de 200 casas que integravam a vila operária, em Campos, os moradores da localidade estão apreensivos.

O leilão estava marcado para o dia 4 de fevereiro na cidade de São José do Rio Preto (SP), mas a justiça paulista suspendeu o pregão no último dia 23. As residências são ocupadas por ex-funcionários da Santa Cruz que deixou de operar em 2009. A indústria pertencia ao Grupo J.Pessoa, foi vendido para o Grupo Canabrava, mas o negócio foi desfeito. O imbróglio ganhou novo capítulo com a possibilidade de as pessoas terem que deixar as casas, caso o leilão se confirme.


Cremilça e Alcides Flor vivem em um das casas previstas para serem leiloadas

Alcides Flor conta que trabalhou na Usina Santa Cruz desde os 14 anos. “Fui carregador e empilhador”, diz. Quando rescindiu o contrato para a aposentadoria, ele alega que foi proposto pela direção da usina que os funcionários abrissem mão de 40% da indenização para poderem ficar na casa definitivamente. Porém, não há nenhum documento que comprove esse acordo. “Essa casa é pobre e humilde, mas para mim é meu castelo. Não saberia iverm em outro lugar”, confessa Cremilça.

A aposentada Jocinea Antunes revela que, antes da usina fechar, foi proposto pela companhia que os funcionários pagassem uma espécie de financiamento pela casa. “Paguei por quase três anos R$100 por mês. Depois, a usina faliu, e o corretor deixou de aparecer para cobrar. Semana passada quando veio um comunicado que as casas seriam leiloadas,a gente ficou estarrecido”, conta.


Laudenir e Zair vivem em uma casa há mais de 32 anos “pensamos que era nossa”

O aposentado Laudecir Barcelos, 65 anos, trabalhou por 40 anos na Usina Santa Cruz como carpinteiro. Ele e a esposa, Zair Hilário, 65, nasceram e cresceram em Santa Cruz. “Tivemos quatro filhos e moramos nesta casa há 32 anos. Chegamos a pagar mensalidade pelo imóvel. Na nossa opinião, ficaríamos com a casa até como indenização. Muitos não receberam seus direitos trabalhistas com o fechamento da usina”, disseram.


Kátia Pinheiro herdou a casa da mãe que morreu em 2017 e foi funcionária da usina

A manicure Kátia Pinheiro herdou a casa da mãe, Teresinha Pinheiro, que trabalhou na usina como enfermeira. “Minha morreu em 2017. Foi um susto quando soubemos do leilão. Tem muita gente passando a mal com a possibilidade de ter que sair de casa. De 2002 a 2009, a direção da usina não depositou o FGTS. Muita gente ficou sem indenização antes mesmo do fechamento. A maioria não tem para onde ir”, afirma.


Jocinea Antunes diz que chegou a pagar mensalidades pela casa onde reside

Os moradores lembram que quando a empresa Canabrava adquiriu a Santa Cruz, a então prefeita Rosinha Garotinho anunciou por decretos que os imóveis seriam desapropriados e destinados aos moradores. “A prefeita veio aqui pessoalmente e informou que ficaríamos com as casas e que ninguém seria despejado, mas, pelo visto, isso não se concretizou”, diz Jocinea Antunes que por 28 anos trabalhou na usina. Há mais de 30 ela reside na casa da vila.


Maria José da Silva e o filho André Fernando: família veio de Pernambuco

Em 2006, havia expectativas de que a Usina Santa Cruz se mantivesse em operação. Várias pessoas vieram de fora para trabalhar na companhia. O tratorista Cícero Fernando saiu de Amaraji, Pernambuco, com a família para viverem em Santa Cruz. “Na ocasião, 11 nordestinos trouxeram suas famílias. Vendemos o que tínhamos lá para morar em Campos. Não temos como voltar”, revela a esposa de Cícero, Maria José Silva.

Com a falência da Santa Cruz, o comércio local entrou em declínio também. Desde 1955, funciona às margens da rodovia RJ-158, uma loja de material de construção que pertenceu a Geraldo Azevedo que passou o negócio para o filho, José Geraldo Gomes. O estabelecimento é administrado agora por Lauro Olímpio, de 24 anos. “Meu avô e meu pai trabalharam muito aqui. Com o fechamento da usina, o movimento despencou. A maioria dos clientes é da localidade. Se as casas forem vendidas e derrubadas, aí ficará mais grave a situação”, acredita.


Lauro Olímpio herdou o comércio do avô e do pai: o movimento despencou por aqui

Moradores disseram que procuraram a Prefeitura de Campos e o Ministério Público do Rio de Janeiro para que evitassem a concretização do leilão, e que impeçam a retirada das famílias das casas no entorno da Usina Santa Cruz. Em nota, o governo municipal informou que “nos anos de 2011 e 2012, a então gestão do Município publicou decretos declarando a área de utilidade pública para fins de desapropriação, mas não deu continuidade para a efetivação do processo e as áreas continuam sendo privadas. A Prefeitura vem acompanhando o caso”.


Moradores têm se manifestado contrários à possibilidade de sair de Santa Cruz

Por meio de nota o MPRJ esclareceu que “a 3ª Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania de Campos informou que, no dia 22/01, uma pessoa se identificando como advogada dos moradores foi atendida no balcão da Promotoria, buscando orientação, mas não desejou apresentar nenhuma notícia de fato para que fosse analisado pelo MPRJ. No dia 23/01, os moradores foram atendidos pela Promotoria, mas também não desejando apresentar representação ao MPRJ. Com isso, não há como analisar eventual atribuição ou não do MPRJ e em que área (tutela coletiva ou cível)”.

Imagens de Santa Cruz, em Campos













Fonte:Terceira Via