segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Barroso reafirma segurança de urnas eletrônicas durante testes no RJ



Ministro frisou que TSE nunca identificou indícios de fraude
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, garantiu a segurança da votação através de urnas eletrônicas. Ele acompanhou, neste domingo (12), a auditoria da votação eletrônica dos pleitos suplementares no estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Silva Jardim e Santa Maria Madalena.

“O sistema é absolutamente seguro. Ele está em aplicação desde 1996 e jamais se documentou qualquer tipo de fraude. De modo que nós não temos preocupação nessa matéria. Porém, é fato que criou-se, na minha visão artificialmente, numa pequena minoria da população, algum grau de desconfiança. E, portanto, as instituições públicas devem ser responsivas às demandas da sociedade. Portanto, nós aumentamos a interlocução com a sociedade para demonstrar a transparência, segurança e auditabilidade do sistema”, disse o presidente do TSE.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Barroso foi perguntado pelos jornalistas, durante coletiva de imprensa, sobre os últimos acontecimentos na área política, envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, mas evitou entrar em detalhes: “Eu só respondo as questões institucionais. As pessoais, eu trato com absoluta indiferença. O resto é política, não me interessa”, concluiu o ministro.
Fonte Agência Brasil

Piques de luz no Centro de Campos provocam danos

Usuários se queixaram de aparelhos queimados; emissora de rádio também sofreu prejuízos e ficou fora do ar

Edifício do Uniflu onde funciona a Rádio Educativa (Foto: Silvana Rust)

A área central de Campos dos Goytacazes sofreu piques de energia na manhã desta segunda-feira (13). A oscilação causou transtornos para alguns moradores e estabelecimentos comerciais. Por volta de 7h15 da manhã, houve oscilações frequentes. O site do Terceira Via ficou fora do ar por cerca de uma hora. O mesmo aconteceu na Rádio Educativa. A emissora que funciona no prédio do Centro Universitário Fluminense (Uniflu) teve equipamentos danificados.

O jornalista e apresentador do programa “Página Aberta”, Júlio César Tinoco, lamentou o prejuízo. Ele explicou que os danos estão sendo avaliados.

“Em função de sucessivos piques de energia, com a mesma voltando fora dos padrões de proteção dos equipamentos, sofremos avarias severas que estão impedindo a transmissão do nosso sinal. Lamentável que o serviço de fornecimento de energia não seja compatível com o valor que nos é cobrado”, disse o apresentador.
Área central de Campos (Foto: Ilustração)

Por estar ainda bem cedo, a maioria do comércio de Campos não estava funcionando. Entretanto, a queda brusca de energia deixou muita gente apreensiva. A equipe da TV Terceira Via precisou interromper as atividades por um período.

A reportagem entrou em contato com com a assesoria de comunicação da concessionária de energia Enel, para saber de orientações aos usuários que tiveram prejuízos com os piques de luz. Ainda não havia informações da empresa sobre as causas de oscilação de energia elétrica.
Fonte: Terceira Via

CEAM para vítimas de violência doméstica

Finalmente o município ganha, dia 22, um Centro Especializado de Atendimento à Mulher, que será inaugurado pela Prefeitura

Prédio está em obras – Foto: Silvana Rust

Campos ganhará, nos próximos dias, um Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM). Localizado na rua dos Goytacazes, número 257, o equipamento vai oferecer atendimento psicossocial e jurídico a mulheres vítimas de violência. De acordo com a Prefeitura, a inauguração acontece no próximo dia 22.
A inauguração de um CEAM em Campos é uma demanda antiga de assistentes sociais e defensores dos direitos da mulher e já havia sido abordada em reportagem especial do Jornal Terceira Via, publicada em 8 de março de 2020, assinada pelas jornalistas Cintia Barreto e Ulli Marques.

Segundo a subsecretária municipal de Políticas para Mulheres, Josiane Viana, a inauguração do CEAM é “uma grande vitória”.
“Poderemos disponibilizar um serviço de base de apoio com assistência jurídica, psicológica e social. Teremos no CEAM um espaço clínico, onde as assistidas poderão receber atendimento médico, além de uma brinquedoteca para acolher crianças enquanto as mães estão em consulta. Também iremos oferecer cursos profissionalizantes. Tudo isso é muito importante para garantirmos os direitos de todas as vítimas de violência, seja ela física, material, psicológica, sexual, ou qualquer outro tipo de violência”, explica Josiane.

De acordo com a subsecretária, a criação do CEAM dota o Município de “assistência completa a mulheres vítimas da violência”.
“Hoje, Campos tem uma subsecretaria de Políticas para Mulheres, uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a Casa da Mulher Benta Pereira, que acolhe mulheres vítimas de violência, incluindo seus filhos. Tem Promotoria de Justiça e Defensoria Pública especializadas, a Patrulha Maria da Penha, do 8º Batalhão de Polícia Militar, e estamos conversando com o prefeito Wladimir Garotinho, sobre a possibilidade de implantação de uma Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal”, anunciou Josiane.
Secretária Josiane Morumbi

Cursos, defesa pessoal e atendimento especializado
Josiane afirma que os cursos profissionalizantes são fruto de uma parceria com o Governo Federal e contemplarão as seguintes áreas: educação financeira, marketing digital, artesanato, costura, empreendedorismo e empoderamento feminino.
A subsecretária adianta, também, que serão oferecidas no CEAM aulas de defesa pessoal, em parceria com o projeto Mulheres Empoderadas. “Teremos duas professoras faixas pretas de jiu-jitsu que ensinarão técnicas para evitar agressões e garantir a segurança e o bem-estar de nossas mulheres”, conta.
No equipamento, as assistidas poderão ter, ainda, atendimento médico especializado. “Muitas mulheres acabam deixando de procurar ajuda médica, com medo de contarem os seus problemas. Estamos em conversas com o subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção de Saúde, Charbell Kury, para tentarmos ter aqui também um infectologista, entre outras especialidades, pois algumas mulheres que sofrem violência sexual acabam adquirindo doenças sexualmente transmissíveis e nem sabem. No CEAM, vamos oferecer suporte clínico às vítimas”, diz Josiane.
Delegada Ana Paula Oliveira

Delegada Ana Paula Carvalho comemora instalação do Ceam em Campos
A delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Ana Paula Carvalho, comemorou a instalação do CEAM em Campos. Segundo ela, o equipamento poderá auxiliar todas as mulheres vítimas de violência na cidade.
“O CEAM deveria ter sido criado em 2014, juntamente com a DEAM. O equipamento auxiliará e muito essas mulheres que sofrem ou sofreram qualquer tipo de violência. Agora, elas terão um acompanhamento e uma base de apoio com psicólogos, psiquiatras, médicos, assistente social, entre outros serviços”, enumera a delegada.

De acordo com Ana Paula, Ceam e Deam trabalharão em “total parceria”.
“A Deam ficará responsável por toda parte criminal das situações, enquanto o Ceam ficará responsável por todo o acompanhamento das vítimas. Funcionaremos como uma verdadeira rede de apoio para as mulheres vítimas de violência, para que elas consigam se restruturar de maneira geral”, reitera.
Ainda segundo a delegada, a oferta de cursos profissionalizantes no CEAM poderá ajudar vítimas de violência a deixarem de depender financeiramente de seus agressores.
“A maior reincidência de crimes contra mulheres acontece porque muitas vítimas se tornam reféns dos agressores. Para não entrarem em estado de extrema pobreza, acabam optando por continuar junto e voltam a sofrer agressões. Com a instalação do CEAM e o oferecimento de toda assistência, a gente espera que isso ajude as vítimas a se libertarem de uma vez por todas da convivência dos agressores”, avalia.
Fonte: Terceira Via

domingo, 12 de setembro de 2021

Relicitação da concessão da BR 101 deve acontecer em 2023


Rodovia BR 101 / Rodrigo Silveira
“Com estudos prontos no segundo semestre do ano que vem, a nova licitação da BR 101 sairá em 2023 (2º semestre)”. A previsão foi dada pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nessa sexta (10), em relação ao pedido de relicitação feito pela Arteris Fluminense em maio de 2020. O Ministério da Infraestrutura (Minfra) dará início à contratação dos estudos prévios para a relicitação da BR 101, no trecho entre a divisa do RJ com o ES até a ponte Rio-Niterói. Ainda segundo o ministro Tarcísio de Freitas, a nova concessão também irá contemplar a BR 356 até o Porto do Açu. Deputados federais da região falaram sobre o processo.
“Contamos com a colaboração da atual concessionária, que não pôde executar todas as obras previstas em contrato. Então, tomamos o caminho da relicitação. Na nova concessão, vamos contemplar também a BR 356, onde o tráfego cresceu muito, até o Porto de Açu”, antecipou o ministro Tarcísio.

O anúncio foi feito um dia após a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) decidir que atesta o cumprimento dos requisitos de admissibilidade de viabilidade técnica e jurídica do requerimento de relicitação apresentado pela Arteris Fluminense, atual responsável pela gestão do trecho de 320 quilômetros da BR 101, assumidos em 2008.
Em nota, a Arteris informou que seguirá prestando todos os serviços de atendimento aos usuários da rodovia até que sejam plenamente cumpridos os procedimentos previstos no processo de relicitação.
Próximos passos – A decisão da ANTT é um passo inicial. Agora, o Minfra analisa aspectos da política setorial de transportes e o impacto da devolução do ativo, encaminhando, na sequência, o processo para qualificação no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A autorização para relicitação deve ser confirmada em decreto presidencial.
Paralelamente, o Minfra já encarregou a contratação de empresa para elaborar os estudos técnicos sobre a relicitação. Os estudos devem ser aprovados para que a ANTT possa realizar audiência pública e encaminhar o processo ao Tribunal de Contas da União.
Deputados falam sobre avanço no processo
O deputado federal Christino Áureo (PP), que preside a comissão externa criada para fiscalizar a relicitação, disse que aguarda alguns parâmetros da decisão da ANTT. “Estamos aguardando ainda a definição de alguns parâmetros, porque até o momento nós não temos a íntegra da decisão. Evidentemente que a admissibilidade é um passo dentro de todo o processo que tem que decorrer e nesse momento nós ainda vamos aguardar a remessa das informações para posicionar a bancada do Estado. Nós vamos nos posicionar contrários a qualquer tentativa de isentar a concessionária de compromissos contratuais que sejam especificamente relacionados à questão dos investimentos”, disse.
Já o deputado Felício Laterça (PSL) disse que irá procurar o ministro Tarcísio de Freitas, pessoalmente. “Vamos provocar uma reunião da comissão externa na próxima semana e eu pessoalmente vou procurar o ministro Tarcísio para fazer esse processo andar. A obra de duplicação precisa ser concluída devido a vários fatores, principalmente para evitar mais mortes na rodovia”, comento.
A equipe de reportagem tentou contato com a deputada Clarissa Garotinho, sem êxito.
Enquanto deputado federal, Wladimir Garotinho também foi membro da comissão externa. Agora como prefeito de Campos, conforme nota enviada pela Prefeitura, ele continua lutando pela duplicação da BR 101, principalmente nos trechos urbanos de Campos. No mês passado, em Brasília, o prefeito entregou ao Ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o projeto para a duplicação das faixas de rolamento na rodovia federal entre a rua Rocha Leão e o acesso ao Boulevard Shopping, além da solicitação de transferir, para o governo federal, a administração do trecho correspondente à ponte municipal Alair Ferreira e suas vias de acesso (avenida Estilac Leal e rua Espírito Santo).
Fonte Fmanhã

Meninas de 14 anos serão vacinadas contra Covid em Campos, nesta segunda


Vacinação contra a Covid-19 / Divulgação - Prefeitura de Campos

A secretaria de Saúde de Campos vai avançar em mais uma faixa etária da vacinação contra a Covid-19 para adolescentes. Nesta segunda-feira (13) será aplicada a primeira dose para as meninas de 14 anos. Também segue aplicando a segunda dose para aqueles que estão no prazo para receber o reforço dos imunizantes AstraZeneca, Pfizer e Coronavac. As pessoas que forem tomar a vacina devem ficar atendas, pois houve mudança em alguns postos de imunização, principalmente para adolescentes com deficiência.
A vacinação em todos os postos acontece das 9 às 15h, através do sistema de distribuição de senhas. Para tomar a primeira dose da vacina é necessário apresentar documento com foto, CPF, cartão de vacinação e comprovante de residência. Adolescentes que completam que completam aniversário ainda esse mês também podem se vacinar.

A subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subvap) orienta que a presença de responsáveis no ato da imunização dos adolescentes de 14 anos é opcional, conforme recomendação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Os adolescentes estão sendo vacinados exclusivamente com imunizante da Pfizer, em atenção à orientação do Ministério da Saúde.
Adolescentes com deficiência - Para essa segunda-feira, os adolescentes com deficiência com idade entre 12 e 17 anos serão imunizados exclusivamente no Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). No ato da imunização, é necessário apresentar documento que comprove a deficiência como cartões de gratuidade no transporte público; documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência; documento oficial de identidade com a indicação da deficiência; ou qualquer outro documento que indique se tratar de pessoa com deficiência.
Caso não haja um documento comprobatório será possível a vacinação a partir da autodeclaração do indivíduo. Nesse caso, ele deverá ser informado quanto ao crime de falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal).
Postos específicos para 2ª dose - A secretaria também segue aplicando, das 9h às 15h, em postos específicos, a 2ª dose da vacina Pfizer para quem tomou a 1ª dose até o dia 12 de julho. Já a 2ª dose da AstraZeneca é para aqueles que tomaram a 1ª dose até 05 de julho. Também será aplicada a 2ª dose da Coronavac para quem tomou a primeira dose até 23 de agosto.
Para ser vacinado, independente do imunizante, é necessário apresentar documento com foto, CPF e o comprovante da 1ª dose.
Repescagem noturna – As cinco Unidades Pré-Hospitalares (UPH) também continuam com a vacinação noturna nesta segunda-feira. Essa vacinação acontece exclusivamente através de agendamento online que ainda tem 300 vagas disponível.
Cronograma de vacinação em adolescentes:
Segunda-feira (13): Meninas de 14 anos
Cronograma de 2ª dose:
2ª dose de Pfizer para quem tomou a 1ª até 12 de julho
2ª dose de AstraZeneca para quem tomou a 1ª até 05 de julho
2ª dose de CoronaVac para quem tomou a 1ª até 23 de agosto
Postos de vacinação exclusivos para adolescentes:
Drive-thru do Guarus Plaza Shopping
Drive-thru do IFF Centro
Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no IPS
Escola Municipal Pequeno Frederico, em Ururaí
UBSF Dores de Macabu
UBS Poço Gordo
Centro de Convenções da Uenf
UBSF Lagoa de Cima
UBS Tocos
Vila Olímpia do Jardim Carioca
Automóvel Clube Fluminense
Paróquia São Gonçalo, em Goitacazes
Paróquia Santa Terezinha, na Pecuária
Paróquia Menino Jesus de Praga e Imaculada Conceição, em Travessão
UPH Santo Eduardo
Postos de vacinação para 2ª dose da Pfizer:
Drive-thru do Guarus Plaza Shopping
Drive-thru do IFF Centro
Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no IPS
Vila Olímpica do Jardim Carioca
UBS Poço Gordo
UBSF Dores de Macabu
Paróquia São Gonçalo, em Goitacazes
Postos de vacinação para 2ª dose de AstraZeneca e Coronavac:
Drive-thru Uenf
Fundação Municipal de Esportes (antiga AABB)
Clube da Terceira Idade
IFF Guarus
UPH Santo Eduardo (somente Coronavac)
UBS da Penha (somente Coronavac)
Vila Olímpia do Jardim Carioca (somente Coronavac)
Automóvel Clube Fluminense
UBSF Santa Cruz
ESF Morangaba
Postos de vacinação para 2ª dose de AstraZeneca:
UBSF Dores de Macabu
UBSF Ponta da Lama
UPH Morro do Coco
UBSF Santa Cruz
UBS Conselheiro Josino
ESF Morangaba
UBSF Lagoa de Cima
UBS Santa Maria
ESF Lagamar (Farol de São Thomé)
Paróquia Santa Terezinha, na Pecuária
Posto para vacinação de adolescentes com deficiência:
Centro de Convenções da Uenf
Fonte: Prefeitura de Campos

RIOCAP PREMIA MAIS DOIS SORTUDOS EM SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA RJ

Parabéns aos ganhadores deste domingo, 12, são eles no 4º Giro da sorte JOSETE DOS SANTOS de Santa Rita e no 9º Giro foi o ALESSANDRO FREITAS do Macuco.
São Francisco de Iitabapoana sempre na frente no RIOCAP.


Semana que vem tem mais...

Macaé realiza repescagem de segunda dose da Coronavac na segunda-feira

Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a cumprir o prazo de retorno da segunda dose

Os polos fixos e unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF) da Serra realizarão, na próxima segunda-feira (13), a repescagem de aplicação da segunda dose de Coronavac para as pessoas com retorno agendado até o dia 11 de setembro. A vacinação ocorrerá no período da manhã.

As pessoas com retorno de Coronavac atrasado também devem comparecer aos polos. É necessário apresentar o comprovante de vacinação da primeira dose, além do documento de identificação com foto e o QR-Code impresso do pré-cadastro da vacinação, em link disponível aqui no portal oficial da prefeitura de Macaé.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a cumprir o prazo de retorno da segunda dose, completando assim o esquema de vacinação contra a Covid-19. O calendário de vacinação contra a Covid-19 está disponível nas redes sociais e no portal oficial da prefeitura de Macaé.
Fonte: Ascom

Pfizer entrega 8,97 milhões de novas doses ao Brasil

Divulgação

Laboratório deve entregar 200 milhões até o fim do ano

A Pfizer Brasil entrega ao Ministério da Saúde, entre os dias 8 e 12 de setembro, 8,97 milhões de doses da vacina ComiRNAty, contra a covid-19, produzida em parceria com a BioNTech. Sete voos que sairão do Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos (EUA), com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

A previsão é que a Pfizer envie 200 milhões de doses do imunizante ao país até o fim de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O contrato fechado em com o Ministério da Saúde em 19 de março prevê a entrega de 100 milhões até o fim de setembro.

Já o segundo contrato, assinado em 14 de maio, prevê a entrega de mais 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. As doses do imunizante que estão chegando ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos EUA, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, em Purrs, na Bélgica.

Após chegarem no Aeroporto Internacional de Viracopos, as vacinas seguem para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos, e depois são enviadas aos mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

De acordo com o fabricante, já foram enviados mais de 1,2 bilhão de doses da vacina para mais de 120 países, incluindo o Brasil. A Pfizer apresenta uma taxa de sucesso de 99,9% em enviar lotes da vacina ao seu destino, dentro de todos os parâmetros pré-estabelecidos. Com base nas projeções atuais, a Pfizer e a BioNTech estimam que podem fabricar até 3 bilhões de doses da vacina no total, até o fim de 2021. Para 2022, a produção estimada é de 4 bilhões de doses.
Fonte: Agência Brasil

Universitários do Uniflu ensinam libras para crianças

A ideia é difundir o uso da linguagem para inclusão social de surdos

POR YURI RAMOS (ESTAGIÁRIO)
Foto: divulgação

Uma iniciativa de estudantes do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Centro Universitário Fluminense (Uniflu) vem oferecendo noções básicas da linguagem de sinais a alunos do 5º e do 6º anos do Ensino Fundamental do Colégio Salesiano em Campos.
Chamado “Libras no dia-a-dia”, o projeto tem o objetivo de promover acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência auditiva, conscientizando os alunos a respeito da importância da linguagem de sinais e da comunicação com a comunidade surda.
Por enquanto, os encontros acontecem de forma remota, em respeito às normas sanitárias de combate à pandemia do novo coronavírus no município.


Arthur Chrispino, que é professor e diretor pedagógico do Salesiano, ressalta a importância do projeto, criado pelas estudantes Júlia Lessa Da Silva Castro, Laura Barbosa Gomes e Mariana Victória de Souza, do Uniflu.
“As escolas e a sociedade em geral precisam entender a importância de promover a inclusão na vivência diária. E não estamos falando só de pessoas com deficiência. Estamos falando em incluir as muitas e muitas diversidades, pois o direito é de todos. Não nos cabe o julgamento, mas sim o respeito pelas escolhas de cada um”, diz.

Segundo Chrispino, o Salesiano já desenvolvia um trabalho de buscar propostas inclusivas, mas descreve a implementação do “Libras no dia-a-dia” como “uma grande oportunidade de aproximar os alunos da instituição da grade curricular da escola”.
O diretor pedagógico diz que o projeto ocorre na forma de teste, com alunos selecionados, mas classifica a iniciativa como “um sucesso”. Ele afirma que o colégio quer expandir as turmas contempladas e implantar ações voltadas para a comunidade.

“Nosso objetivo é que outras turmas também participem do ‘Libras no dia-a-dia’. Queremos, ainda, abrir um curso de introdução à Libras para a comunidade, pois entendemos e reconhecemos que a língua de sinais é nossa segunda língua”, encerra.
Fonte: Terceira Via

UTILIDADE PÚBLICA:

Procura-se, atende pelo nome de Billy, desapareceu de sua residência uma rua antes do letreiro Criarte em Santa Clara, se alguém ver ou souber de alguma notícia favor nos avisar por aqui mesmo.

Programa Vaga Certa pode tirar flanelinhas da informalidade

Com a implantação do programa, guardadores de carro em Campos temem ficar sem renda

POR GIRLANE RODRIGUES
Jeferson guarda carros no Centro – Foto: Carlos Grevi

O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) fará um cadastro dos flanelinhas que atuam informalmente em Campos para uma possível seleção e contratação regular pela empresa que vencer a licitação pública para operar o programa Vaga Certa, que prevê a cobrança de estacionamentos nas ruas da cidade. Apesar disso, os profissionais informais estão apreensivos quanto ao futuro próximo e à possibilidade de não terem mais de onde tirar o sustento.

Nesse grupo de pessoas que atuam nas ruas, nem todos têm a sorte do flanelinha Sidney Batista, de 42 anos, que guardava carros na Rua Conselheiro Otaviano, no Centro, há 26 anos, e foi formalizado como auxiliar de serviços gerais pelo Grupo IMNE, que gere um complexo hospitalar e de saúde na mesma rua, onde Sidney atuava. Quem costuma passar pelo local em busca de vagas de estacionamento na rua tem encontrado Sidney uniformizado, usando colete de identificação e portando um crachá. Ele, agora, administra vagas de estacionamento para pacientes de uma clínica de fisioterapia do grupo empresarial. Conhecido na região, Sidney perdeu as contas de quantas vezes foi abordado em sua nova função para ser parabenizado pela conquista do emprego formal em plena pandemia do novo coronavírus, quando a crise desempregou parte dos brasileiros.
Sidney Batista agora é um trabalhador formal, contratado pelo Grupo IMNE
Foto: Carlos Grevi

“Esta contratação veio em boa hora, pois a Prefeitura disse que vai tomar as vagas nas ruas e fazer cobranças. Com isso, não teríamos renda. Mas não é porque eu fui contratado que vou deixar de pensar nos meus colegas que continuam na informalidade. Importante seria que a Prefeitura pensasse neles acima de qualquer coisa neste programa de cobrança de vagas. Conseguia juntar um salário mínimo por mês como flanelinha e era um dinheiro importante para mim e minha família. Sempre considerei como trabalho, mas, agora, com carteira assinada, tenho mais dignidade. Este emprego é fruto do meu trabalho de flanelinha com honestidade e simplicidade. Ficava com chave de carros de médicos que confiavam em mim e nunca tive problemas. Estacionava para eles, guardava vagas e lavava os carros”, disse Sidney.
Flamenguinho atua em vagas na avenida Pelinca – Foto: Carlos Grevi

Ricardo José Glólio Leixas, de 44 anos, diz que sonha em um dia trabalhar de carteira assinada. Conhecido como Flamenguinho, o guardador de carros também se considera manobrista e atua na Avenida Pelinca. “Tenho meus clientes certinhos, que me pagam até por mês. Atuo há 30 anos aqui, todos me conhecem e confiam no meu trabalho porque sou honesto. Sobre o Vaga Certa, nunca fui procurado ou cadastrado por ninguém. Acho importante a Prefeitura olhar por nós, porque a gente que trabalha vigiando carros nas ruas de Campos, depende deste salário para viver, para pagar as contas e sustentar a família”, disse Flamenguinho.

A rotina de trabalho desses profissionais informais é intensa. Normalmente, chegam aos pontos de atuação entre 7h e 8h e só vão embora após as 18h. Outro grupo costuma trabalhar à noite e madrugada, principalmente no entorno de restaurantes e casas de shows. “Não costumo cobrar dos clientes, o que recebo é o que eles me dão de bom grado, contribuindo com minha função de ajudá-los com a vaga. Mas o pagamento não é obrigatório. Ganho o suficiente para sobreviver e manter minha esposa e dois enteados. Mas nunca contribuí com INSS ou tive carteira assinada. Se a Prefeitura absorver a gente, vai ser muito bom me formalizar. Mas não fui procurado em momento algum para isso”, completou Flamenguinho.

Jeferson Silva Ferreira trabalha com os filhos – Foto: Carlos Grevi

Outro flanelinha preocupado com o futuro é Jeferson da Silva Ferreira, de 34 anos. Há 17 anos auxilia o estacionamento de veículos no cruzamento das ruas Carlos de Lacerda e Conselheiro Otaviano, no Centro. Costuma trabalhar com o filho adolescente para complementar ainda mais a renda familiar. “Estou preocupado porque tenho cinco filhos e duas netas. A Prefeitura faz planos, mas não se organiza. Se for colocar gente para trabalhar nas vagas, o ideal seria nos aproveitar, já que temos experiência nessa área. Estou disposto a ser formalizado. Não acho justo o governo retirar a gente daqui sem respaldo”, explicou Jeferson.
Foto: Carlos Grevi


Vaga Certa
O programa Vaga Certa vai disponibilizar 3.490 pontos de estacionamento nas principais ruas da região central de Campos. O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou que a empresa que ganhar a licitação para operar o sistema terá que contratar funcionários para fiscalização e cobrança, com o acompanhamento da hora de utilização da vaga e do pagamento da tarifa pelo período utilizado.
“No estudo técnico para apresentação do edital de concorrência foi colocado que o IMTT irá fazer um cadastro dos trabalhadores informais para que possam participar da seleção a ser realizada pela futura empresa contratada e possivelmente serem absorvidos e, principalmente, passarem a ter um emprego formal. Atualmente eles não possuem nenhuma autorização do poder público”, informou a Prefeitura de Campos, por meio de nota.

O Vaga Certa será encaminhado para licitação na segunda quinzena de setembro. A direção do IMTT afirma que o programa se baseia em preceitos legais da Constituição Federal, do Código Civil Brasileiro, do Código de Trânsito Brasileiro e na Lei Municipal nº 8.793 de 22 de novembro de 2017. A área de abrangência do rotativo envolve as vias do perímetro urbano delimitado em uma espécie de quadrilátero, que se estende nos limites da Rua dos Goytacazes, Avenida 28 de Março, a Avenida Nelson de Souza Oliveira, a Avenida XV de Novembro e a Rua Conselheiro Thomás Coelho.




Preço
Ao todo, são dezenas de ruas que passarão a ter estacionamento pago por hora. Os valores anunciados pelo IMTT, inicialmente, foram de R$3 para carros e R$1,50 para motos, mas, após críticas de usuários e entidades comerciais, houve redução para R$2 e R$1, respectivamente.
Usuário de estacionamento nas ruas de Campos, o engenheiro de produção Vinícius Muniz, de 34 anos, é cliente de Jeferson, na área central. “Há cerca de dois anos costumo estacionar meu carro aqui e, enquanto vou ao barbeiro ou ao supermercado, deixo o carro para Jeferson lavar e tomar conta. Ele fica com a chave e é muito responsável. Sobre a cobrança de vagas, já conheço o sistema de Vitória e de Guarapari. Acho que fica mais burocrático para o usuário, mas também entendo o lado da Prefeitura, por ser uma forma de captar recursos, mas o ideal é que haja vantagem para o contribuinte e para o trabalhador informal que já atua nessas vagas e dependem deste espaço para o sustento de suas famílias”, pontuou
 Vinícius.
Fonte: Terceira Via


Quase 190 mil campistas em busca de algum auxílio federal

Segundo Ministério da Cidadania, o total de inscritos no CadÚnico explodiu, saltando de 70.629 em agosto de 2020 para 187.900 no mesmo mês deste ano

POR OCINEI TRINDADE
Atendimento social começa no CRAS – Foto: Silvana Rust

Números do Governo Federal apontam o empobrecimento da população de Campos. Segundo a Secretaria do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, o total de campistas inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) saltou de 70.629 em agosto de 2020 para 187.900 no mesmo mês deste ano — um aumento de 166%. A base de dados identifica famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e é usada para implementar programas sociais e de transferência de renda, o que significa que, atualmente, 37% da população do Município, estimada em 514.643 habitantes pelo IBGE, depende de políticas como Bolsa Família e Auxílio Emergencial para sobreviver. Governo e especialistas explicam o fenômeno: crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19.

A assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Denise Arêas, diz que o CadÚnico reúne informações para implementação de políticas públicas capazes de promover a melhoria de vida das famílias.
“Para se inscreverem no Cadastro Único, as famílias devem ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, ou renda total de até três salários mensais. São programas sociais o Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, Carteira do Idoso, Tarifa Social do INSS, Benefício de Prestação Continuada – BPC, Minha Casa Minha Vida, ID Jovem, Isenção da Taxa do ENEM, Isenção da taxa de inscrição em Concursos Públicos Federais, dentre outros”.
Cesta básica é doada em Campos – Foto: Silvana Rust

Somente no Cras do bairro Jardim Carioca há mais de 10 mil pessoas inscritas. Campos possui cerca de 15 unidades em diferentes bairros e distritos, além de um serviço móvel. A coordenadora Ana Cláudia Cordeiro diz que o aumento da procura por atendimento está ligado ao desemprego, além da pandemia. “Temos recebido pessoas que não conheciam o Cras e que nunca precisaram. Muitas buscam atendimento, inclusive de nível superior, pois perderam seus empregos. O Bolsa Família é o carro-chefe. Há muita procura também por cestas básicas”, diz.
V. é uma mulher de 50 anos. Ela não quis se identificar. Diz que cria um neto e recebe do Bolsa Família R$ 195 por mês. Desempregada há quatro anos, faz bicos como faxineira.
“Eu me sinto humilhada. Tenho vergonha de pedir, mas não tem outro jeito. Quando a gente está trabalhando, resolve muita coisa. Espalhei muitos currículos, mas nada. Meu desespero maior é por ter criança em casa. Nem sempre as pessoas têm como ajudar. Vim atrás de cesta básica hoje. Por sorte, consegui”, disse.
Inês Calanca é assistente social – Foto: Silvana Rust

A assistente social Inês Calanca diz que as famílias em extrema pobreza solicitam muito cestas básicas. “É uma coisa gritante. As pessoas estão passando fome mesmo. Acho que o essencial é a comida. Elas não têm acesso ao básico. Há quem não consegue nem R$ 89 mensais. O número de pobres ao extremo pode ser muito maior. Nem todo mundo tem acesso ao próprio direito, não sabem que precisam vir ao Cras, desconhecem o serviço. Quando não conseguimos ajudar, isso gera muita frustração”, destaca.

Perspectivas para 2022
Para o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, a vulnerabilidade se potencializou com aumento do desemprego e desigualdades sociais. “Vemos isso no sentido macro. O governo tem o viés social, tentamos atender o máximo de pessoas possível. Conseguimos aumentar a oferta de cestas básicas. São 1,4 mil por mês, com projeção de aumento, mas ainda é pouco diante de 49 mil famílias em extrema pobreza. Temos alguns programas em vista que serão apresentados pelo prefeito Wladimir Garotinho. Estamos executando orçamento de 2020. Só vamos executar o que planejamos a partir de 2022”, explica.

Para Carvalho, o aumento de 160% das inscrições no Cadastro Único em 2021 tem a ver também com a redução de atendimentos no início da pandemia em 2020. “O Cras não pode deixar de funcionar ou esperar a pandemia acabar. Adotamos todos os protocolos de segurança, mas não deixamos de atender a população. O prefeito Wladimir diz que a gente tem que governar para todos, mas principalmente para quem mais precisa. Parcerias com a sociedade civil organizada são muito importantes para minimizar o problema da fome e extrema pobreza”, cita.
De acordo com o Cadastro Único de junho, além das quase 49 mil famílias em extrema pobreza, Campos possui 3.384 em situação de pobreza; e 10.718 famílias de baixa renda. Aos 60 anos, Severina Santos, procurou o Cras do Jardim Carioca pela primeira vez. Ela trabalhava fazendo faxina. Com problemas de saúde, diz que não consegue emprego. “Vim saber se tenho direito a algum benefício para ajudar no sustento da casa. Meu marido é autônomo, mas passamos por dificuldades financeiras”, afirma.

A costureira Reyna Yolanda Pinateli, 67 anos, nasceu no Peru e vive em Campos desde 2007. A crise econômica e a pandemia fizeram com que ela ficasse desempregada e sem renda. Procurou o Cras para tentar receber um salário mínimo por meio do Benefício de Prestação Continuada (BPC), se inscrevendo no CadÚnico. “Estou devendo o aluguel e recebo ajuda de vizinhos para comer. Torço para ser aprovada no programa do governo e ter uma renda mensal”, diz.

De acordo com a psicóloga do Cras Rozilane Cadena, há uma avaliação para inclusão social em programas governamentais. “Fazemos referenciamento e acolhida individualizada. Quanto ao emocional das pessoas, quando vemos a necessidade de encaminhamento para a rede de saúde, a gente ajuda. Muitas precisam de apoio psicológico e psiquiátrico por conta da Covid e de sequelas neurológicas e respiratórias da doença”, conta.


Especialistas apontam alternativas

Para o cientista social e professor da UFF José Luis Vianna Cruz, limites de gastos públicos e privados e instabilidade da economia aumentam o desemprego. “É uma crise seríssima, como nunca vista antes no Brasil. De 2017 para cá, chegamos a 15 milhões de desempregados. Na nossa região, os poços de petróleo da Bacia de Campos diminuíram a produção. Desde 2014 houve diminuição de arrecadação de royalties e participação especial. Isso afetou ainda mais a crise no Estado do Rio de Janeiro. Desemprego, aumento da pobreza e da fome: a desigualdade está mais grave. A situação de Campos tem particularidades que agrava ainda mais a situação”, analisa.
José Luis defende a criação urgente de políticas sociais de amparo, proteção e segurança social sob a forma de transferência de renda. “O Cheque-Cidadão teria que voltar para compensar não só o Bolsa Família, que é muito menos que um salário mínimo. O Auxílio Emergencial não tem grande alcance e é intermitente. A fome e o desemprego são permanentes. É preciso subsídio para o transporte coletivo, seja total ou parcial. São 40% da população precisando de apoio. O Restaurante Popular é excelente, mas são necessários outros mecanismos para atender as famílias que precisam comer”.

O cientista social diz que é preciso gerar emprego e renda. “Precisamos de obras para movimentar o orçamento de Campos, que vem melhorando nos últimos dois anos, e que ainda é um dos maiores orçamentos do Brasil dentro dos municípios com a mesma faixa de população. É uma questão de redirecionar prioridades. Apoiar a produção agrícola e agropecuária, as centenas de catadores de lixo, são meios relativamente baratos e imediatos com retorno econômico, social, político e de arrecadação para a prefeitura”, defende.

O economista e professor da Universidade Cândido Mendes, Paulo Clébio, considera que se o governo municipal aprovar mais impostos, isto torna a situação mais complicada. “Uma cidade com empregabilidade baixa e tributação alta, o empobrecimento aumenta e a cidade fica sem recursos para ser movimentada. O efeito multiplicador da moeda é algo que salva a cidade. O dinheiro que entra em uma loja volta para o banco e vira empréstimo. É algo bom. Em contrapartida, ao tirarmos esse dinheiro de circulação por conta do excesso de impostos e taxas, isso piora ainda mais, fazendo com que haja expansão de empobrecimento e problemas sociais”, acredita.
Equipe do Cras – Foto: Silvana Rust

Paulo Clébio lembra que o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial são alternativas inspiradas em propostas keynesianas adotadas pelos Estados Unidos na crise de 1929.
“Isso vem sendo trabalhado por todos os países em período de crise, inclusive por governos de direita. É uma decisão sábia para que haja recursos na economia. Não adianta o governo federal desenvolver um trabalho e o governo estadual tirar; não adianta o governo estadual fazer e o municipal tirar. É preciso unir as três esferas governamentais do Executivo para a valorização dos recursos. A prefeitura, por exemplo, pode reduzir os impostos nesse momento. Entidades assistenciais e religiosas têm ofertado alimentos para que pessoas não morram de fome na cidade. Todos podem cooperar”, conclui.


Fonte Terceira Via