segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Investimento de R$ 5 milhões pode pôr fim às secas e cheias do Paraíba

Recurso do Ceivap será empregado na construção de um reservatório em Minas Gerais e na revitalização da malha de canais em Campos

POR GIRLANE RODRIGUES


No que depender do otimismo de integrantes do Comitê do Baixo Paraíba, a constante e preocupante oscilação no nível do Rio Paraíba do Sul — que garante o abastecimento de água para mais de dois milhões de pessoas nas Regiões Norte, Noroeste e uma parte de Minas Gerais — está perto do fim. Tamanho otimismo é fruto de um investimento de R$ 5 milhões, considerado inédito, para limpeza e conservação dos canais da Baixada Campista e construção de um reservatório para conter a água da chuva no período de verão e ser liberada no inverno, durante a seca.

Estrategicamente, a obra será feita em Minas Gerais e vai favorecer dezenas de municípios abastecidos pelo Rio Paraíba do Sul e seus afluentes. Os recursos são próprios do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), instituição facilitadora para o desenvolvimento sustentável e articulação interestadual.

O comprometimento na captação, tratamento e distribuição de água para milhares de casas acontece tanto durante a seca – de julho a outubro – quanto no período de cheia – de novembro a março. Em Campos, o Ceivap é representado pelo Comitê do Baixo Paraíba. O diretor João Gomes de Siqueira explica que as obras eram esperadas por mais de 10 anos para equacionar, definitivamente, os problemas. “Uma empresa especializada foi contratada por tempo indeterminado para revitalizar os canais de Campos fora do perímetro urbano, ou seja, em áreas de difícil acesso consideradas gargalos na elucidação desta questão ao longo dos últimos anos”, afirma.

Segundo Siqueira, naquela época, o que faltava era dinheiro. “Nós sempre solicitamos verba ao Ceivap, mas o que parecia que nunca iríamos alcançar, finalmente chegou”, comemora a conquista. A dragagem vai acontecer em sete canais: Itereré, Cacomanga, Campos-Macaé, Coqueiros, Cambaíba, São Bento e Vigário. Os trabalhos estão previstos para começar na quarta-feira (22), quando as equipes se reunirão às 7h, na sede do comitê, na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), e depois percorrerão os canais.

Da verba de R$ 5 milhões do Comitê, R$ 1 milhão foi destinado à revitalização dos canais. O especialista explicou a função dos canais: “Os canais funcionando plenamente têm a função dupla de drenar a água da chuva e aduzir no período de seca”, concluiu.


Reservatório em Minas Gerais
A limpeza dos canais em Campos é a ponta de um projeto maior elaborado pelo Comitê do Baixo Paraíba, que encomendou um estudo e já concluiu um projeto de construção de um reservatório para conter água da chuva em Minas Gerais. A obra deve acontecer estrategicamente na região da Bacia do Rio Preto e Paraibuna ou na Bacia dos rios Pomba e Muriaé, ambos em Minas Gerais. A previsão de início das obras é em 2022. João Gomes de Siqueira explica que o reservatório vai beneficiar diretamente as regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio, onde estão situados os rios Pomba e Muriaé que deságuam no Paraíba do Sul.

“Nossa bacia hidrográfica está diretamente ligada às bacias de Minas Gerais. É por isso que, quando chove muito em Minas, nossa região sofre com enchente. Quase toda água de lá desce para o Paraíba provocando estragos. O reservatório tem o objetivo de contribuir para o amortecimento da cheia e, no período de seca, com a abertura da barragem, garantir o abastecimento”, explicou.

Segundo João, cidades como Itaperuna, Porciúncula, Natividade, Santo Antônio de Pádua, Cambuci, Itaocara, Campos e São João da Barra serão impactadas pela obra.


“Isto, resolve, por exemplo, de uma vez por todas, a questão da Foz do Paraíba do Sul, em São João da Barra, que sofre com a intrusão salina e baixa qualidade de água porque, quanto menor a vazão do rio, maior é a concentração de esgoto e, consequentemente, aumentam as necessidades de tratamento desta água. Em São João da Barra, a vazão ficaria maior”, explica.


Beneficiamento da lavoura e da economia
Uma parceria da Prefeitura de Campos com o Governo do Estado do Rio de Janeiro está garantindo a dragagem dos canais nos trechos que ficam na área urbana da cidade com o objetivo também de beneficiar as lavouras de cana-de-açúcar e de outras produções rurais de quase 200 produtores. O trabalho pretende garantir irrigação das lavouras e vai resultar no aumento da produção, qualidade dos produtos e na movimentação da economia e do agronegócio. Os trechos que passam por intervenções são: Canal Coqueiros (6,3 quilômetros no trecho urbano); Canal Cacomanga (4,3 km); Canal São Bento (1,3 km) e Canal do Saco (4,1 Km).

Crise hídrica
O Brasil passa por uma das piores crises hídricas de sua história. Segundo João Gomes de Siqueira, a crise nacional está afetando diretamente o Rio Paraná que, indiretamente, afeta quase todo o país, inclusive Campos. Segundo ele, com o fechamento dos reservatórios espalhados pelo país por causa da falta de chuvas, a água não chega com vazão em muitos estados.


“Nossa região está sofrendo sim com esta crise nacional, mas não tanto quanto sofreu em 2014 e 2015, mas semelhante. As notícias nacionais acenderam a luz amarela por aqui, que representa sinal de alerta”, falou.
Entre as medidas adotadas para contenção da crise no Brasil está a redução da vazão dos rios, o que também acontece na capital fluminense. João explica como esta redução contribui para soluções: “Serve para reduzir os gastos excessivos de água e permitir um volume mínimo nos reservatórios para não acabar com toda reserva. Mas esta redução de vazão não pode ser menor que 9% senão o Brasil entra em colapso, como aconteceu em 2015”, concluiu.
Fonte Terceira Via

domingo, 19 de setembro de 2021

Nesta segunda feira estarei aqui!



Noite de bênçãos para o SOS São Francisco

     Quero agradecer ao comunicador FERNANDO CRESPO e ao P. JOSUÉ, pelo convite a minha pessoa, para que dessa entrevista ao vosso programa na HORA DA BENÇÃO, na noite deste sábado, 17 em sua sede no centro de São Francisco de Itabapoana.

No espaço cedido por ambos, pude  falar um pouco de minha vida e de toda a trajetória profissional além de contar um pouco da Instituição recém-criada no município que é o CENTRO SOCIAL DE REABILITAÇÃO E REINTEGRAÇÃO A SOCIEDADE SOS SÃO FRANCISCO. Que chegou para ajuda um pouco mais a sociedade carente e aos necessitados. Com as bênçãos de Deus nós vamos caminhar na fé, acreditando sempre que à possibilidade de se realizar o bem sem olhar a quem.

Muito agradecido pelo apoio, Deus abençoará sempre este projeto.




 

Escolas de SFI recebem computadores doados pela Petrobras

O projeto "Janelas para o Amanhã", da Petrobras, iniciou na quinta-feira (16) a distribuição dos computadores recondicionados para 16 escolas da rede municipal de ensino de São Francisco de Itabapoana (SFI). A iniciativa vai promover também a capacitação dos professores do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) objetivando aprimorar o uso da tecnologia digital na prática pedagógica.
“A entrega dos equipamentos é a primeira etapa do ‘Janelas para o Amanhã’, inclusão digital que possibilitará aos profissionais a diversificação de metodologias e didáticas. Em média, cada escola selecionada pelo projeto está recebendo 20 computadores, que serão utilizados para o treinamento em tecnologia da informação, curso com início previsto para o segundo semestre, a partir deste mês”, revelou o secretário municipal de Educação e Cultura, Robson Santana, acrescentando que a coordenação do projeto no município está a cargo do diretor do Departamento de Gestão e Projetos da SMEC, Valnes Soares, e da articuladora do Programa PDDE e Educação Conectada, Cintia Dib.

Para Valnes, o projeto apresenta uma importância fundamental para seus usuários, sendo um meio de ampliar o acesso digital e reduzir as desigualdade sociais, permitindo aos educandos o acesso a uma gama de conteúdos, o que facilitará sua aprendizagem de forma simples e dinâmica.

"Dentre os fatores mais relevantes, podemos citar a capacitação de discentes e docentes, além de permitir o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, viabilizando o desenvolvimento da autoestima e de novas habilidades de forma interativa e estimulante. Toda comunidade escolar terá instrumentos tecnológicos para o desenvolvimento pleno de sua clientela", opinou.

A Petrobras informou que em dois anos serão investidos aproximadamente R$ 2,5 milhões (sem contabilizar os computadores) na formação em tecnologia da informação de alunos e professores de escolas públicas de três estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. A capacitação ficará por conta da Recode, organização da sociedade civil que utiliza a informática como mecanismo de inclusão e empoderamento digital de comunidades vulneráveis.

A prefeita Francimara Barbosa Lemos destacou a importância da doação dos computadores para o município. “Agrademos mais uma vez à Petrobras pela iniciativa. A inclusão digital é fundamental para o aprendizado dos alunos, além de ampliar as possibilidades de inclusão no mercado de trabalho quando as nossas crianças e adolescentes atingirem a idade adulta”, ressaltou a prefeita.
Escolas contempladas pelo projeto em SFI

E. M. Abelino José de Souza – Batelão de Barra
E. M. Aníbal Abreu Viana – Buena
E. M. Arício Leite Linhares – Coreia
E. M. Décio Machado – Barra do Itabapoana
E. M. Dirceu Dias da Silva – Guaxindiba
E. M. Domingos Santos – Ponto de Cacimbas
E. M. Ilda Muylaert de Machado – Brejo Grande
E. M. João Batista de Almeida – Sossego
E. M. João Paes Viana – Aroeira
E. M. Júlio Pereira de Miranda – Bom Jardim
E. M. Herval Luiz dos Santos Batista – Centro
E. M. Manoelina de Souza Rodrigues – Travessão de Barra
E. M. Miguel Nunes Barbosa – Estreito
E. M. Professora Dalria Maria G. Macedo Gonçalves – Gargaú
E. M. Saleno Simão – Bom Lugar
E. M. Victor Sarlo – Amontado.
Fonte AsCom

Policiais militares da 3ª Cia de São Francisco de Itabapoana, apreendem dois rádios de comunicação de facção



Policiais militares da 3ª Cia de São Francisco de Itabapoana, através da Guarnição do D/15, juntamente com patamo 3, procederam numa incursão na localidade conhecida de Invasão de Grauça em Gargaú, onde vários elementos evadiram-se do local por volta de 19.45 horas, não sendo possível alcança-los, após várias buscas na restinga logramos êxito em arrecadar 02 rádios e 02 bases para recarga marca Baofeng. O fato foi comunicado à 147°DP P/Registro.
Fonte:PM

Casal de jovens morre em grave acidente na RJ 116

Uma das vítimas foi arremessada durante o impacto, para uma vala às margens da rodovia

Um casal de jovens, de 19 e 20 anos morreram, em um grave acidente na noite desse sábado (18), no km 204 da RJ 116, próximo a um posto de combustíveis em Aperibé.

As vítimas estavam em uma moto, modelo honda biz vermelha, que colidiu frontalmente com um carro, modelo gol prata, dirigido pelo motorista de 60 anos, que não se feriu.

Com o impacto, a jovem de 19 anos foi arremessada para uma espécie de vala às margens da rodovia. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Itaperuna.
Fonte NF Notícias

Ciclista socorrido em estado grave após forte colisão em cima da Ponte em Campos dos Goytacazes RJ

Um ciclista foi socorrido em estado grave após uma grave colisão envolvendo um carro e uma bicicleta no início da manhã deste domingo (19), no km 63,1 da BR 101, localizada em cima da Ponte General Dutra, na área Central de Campos dos Goytacazes-RJ.

O motorista do carro não se feriu.
redação

Privatização da Campos-SJB gera polêmica na região

Concessão pode acontecer em 2022; autoridades e empresários demonstram preocupação com a possível cobrança de pedágio

POR ALOYSIO BALBI
Prefeita Carla Machado e o senador Flávio Bolsonaro

Um post do senador Flávio Bolsonaro (Patriotas/RJ) em suas redes sociais há pouco mais de uma semana fez um pequeno trecho da BR-356, que liga Campos a São João da Barra, trepidar. Segundo o senador, a BR-356 será privatizada e os veículos que trafegarem pelos 47 quilômetros que ligam as duas cidades passarão a pagar pedágio.

O Ministério da Infraestrutura quer privatizar a BR-356 no mesmo pacote da relicitação da BR-101, no trecho entre a Ponte Rio-Niterói e o Espírito Santo. Com isso, o processo pode ser mais célere do que o esperado. A concessionária que administra a BR-101 já externou seu desinteresse no cumprimento do contrato. A relicitação já teria sido aprovada, podendo ocorrer no início de 2022. Isso acontecendo, a empresa que ganhar vai ter que levar no mesmo pacote a BR-356.

O trecho da estrada começa em Campos e termina em Atafona, São João da Barra, com um fluxo médio de mil veículos/dia, sendo que esse número triplica no verão. No meio destas duas cidades está o Complexo no Porto do Açu, o maior empreendimento privado em curso no país, que hoje utiliza essa rodovia com caminhões de grande porte.


O Porto do Açu não comenta pautas de governo, mas mostrou-se favorável à viabilização da já projetada RJ-244 (2), que seria construída a partir da BR-101 em Ibitioca, até o Porto, passando pela Baixada Campista, em trecho de menos de 50 quilômetros. Isso tiraria o trânsito pesado da área urbana de Campos e não comprometeria o fluxo da BR-356 em direção ao complexo portuário.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), José Francisco Rodrigues, o assunto tem que ser discutido à exaustão entre todos os atores envolvidos. “Ainda não sabemos detalhes do projeto, mas essas licitações são precedidas de audiências públicas, e certamente os municípios e a sociedade irão opinar”, disse o presidente da CDL.

Carla preocupada com pedágio
A prefeita de São João da Barra, Carla Machado, afirmou que não é possível avaliar os impactos de uma privatização do trecho Campos – São João da Barra da BR-356 sem existir ainda um projeto, mas que a preocupação é em relação à cobrança de pedágio.

“A única informação que tenho é a mesma noticiada pela imprensa: que o senador Flávio Bolsonaro anunciou a contratação, pelo Governo Federal, de estudos prévios para a relicitação do trecho da BR-101 e que o Ministério da Infraestrutura incluirá a BR-356 por conta do crescimento do tráfego até o Porto do Açu. Não há nenhuma outra informação sobre projeto ou sobre prazos. Mas é óbvio que desde já nos preocupamos que a concessão do trecho gere cobrança de pedágio. Muitos sanjoanenses utilizam a rodovia, muitos trabalhadores precisam fazer esse trajeto diariamente. Sem contar o impacto que traria para o turismo” disse a prefeita.


Ela acrescentou que “melhorar a rodovia é uma necessidade. Tenho há muitos anos lutado pela duplicação da estrada. Já estive em Brasília para levar esta pauta, já me reuni com lideranças empresariais, deputados, com o Dnit. E essa necessidade de melhoria é cada vez maior por conta do crescimento do Porto do Açu. Mas temos que pensar no que pode representar para a população, para os usuários da rodovia”.

E concluiu: “Por enquanto, vamos aguardar uma informação que esteja mais consolidada, com prazos definidos, com um projeto ao menos esboçado”.
Deputada federal Clarissa Garotinho (PROS)

Clarissa faz ponderações

Para a deputada federal Clarissa Garotinha (PROS-RJ) a situação precisa ser discutida, levando em consideração fatores diversos. “É claro que a decisão de licitar a concessão da BR-356 é uma prerrogativa do governo federal, e a gente sabe que essa estrada precisa urgentemente de novos investimentos. Mas, antes de mais nada, precisamos pensar em uma solução para os moradores de Campos que trabalham no Porto do Açu, em São João da Barra, e vice-versa. Eles não podem ser prejudicados com as cobranças de pedágios que inviabilizem o ir e vir entre essas duas cidades”, afirmou a parlamentar.

E acrescentou: “A tendência para os próximos anos é haver um aumento do tráfego de caminhões saindo e entrando no Porto do Açu, um tráfego que já é muito grande hoje. O problema é que esse trajeto pela BR-356/BR-101 passa atualmente dentro da cidade de Campos, causando muitos transtornos. Precisamos aprovar uma rota alternativa, por fora de Campos. Já existe um projeto que estamos defendendo no Ministério da Infraestrutura, prevendo a passagem desses veículos por uma estrada estadual que passa por fora de Campos, num percurso de 8 quilômetros, que teria que ser federalizado e entrar na concessão. Se não resolvermos isso rapidamente, os transtornos para Campos serão ainda maiores”, pontuou.

Estrada seria duplicada
O Jornal Terceira Via teve acesso ao rascunho de um projeto que começou a ser elaborado pelo Ministério da Infraestrutura neste trecho entre Campos e São João da Barra. Seria a única praça de pedágio apenas no sentido de ida, e seria instalada antes do Porto do Açu. A futura concessionária teria que duplicar a estrada até São João da Barra.

A duplicação implicaria em desapropriações, a maior parte delas em área rural, como terras da usina de Barcelos. A segunda pista a ser construída penderia à margem esquerda da atual, com contornos nos distritos de Barcelos e de Cajueiro, que não sentiriam os efeitos do tráfego.
Trabalhando com a hipótese de um pedágio médio de R$ 8 e com a gasolina na média de R$ 6,50 o litro, uma viagem de ida e volta em um trecho tão pequeno custaria aproximadamente R$ 60, na melhor das hipóteses.

O Jornal Terceira Via enviou três e-mails para o gabinete do senador Flávio Bolsonaro, e também por telefone entrou em contato com sua assessoria de imprensa, para apurar novos detalhes sobre o assunto por ele anunciado, mas não houve resposta. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, disse que iria esperar mais detalhes sobre o projeto para um posicionamento.
Fonte: Terceira Via

Justiça concede primeira liminar barrando cobrança de IPTU retroativo pela Prefeitura de Campos

O advogado tributarista Carlos Alexandre obteve sucesso em ação que questiona diversos autos de infração de uma holding patrimonial

POR OCINEI TRINDADE

A Justiça estadual concede a primeira liminar suspendendo a exigibilidade das cobranças do chamado IPTU retroativo. Na ação judicial de uma holding patrimonial campista defendida pelo advogado tributarista Carlos Alexandre de Azevedo Campos, foi argumentada a nulidade dos autos de infração por diversos motivos, principalmente por violação do devido processo legal, haja vista a nulidade das intimações e da ausência da fundamentação dos autos de infração. Também foi alegado o risco de prejuízo para o contribuinte, uma vez que, não suspensa a exigibilidade poderia vir a se tornar cobrança judicial e execução fiscal. O juiz acatou os argumentos suspendendo as cobranças. Com tal decisão a empresa fica também dispensada de recorrer administrativamente para impugnar os autos de infração.

Segundo Carlos Alexandre, “a decisão prova que há irregularidades na cobrança, irregularidades que a Justiça reconhece, mas que a Administração não reconheceria por conta própria”.


A cobrança de IPTU retroativos dos últimos cinco anos lançado pela Prefeitura de Campos gerou uma grande polêmica no município, com a revolta de empresas, entidades e contribuintes individuais. Mesmo após diversas reuniões entre as partes, a prefeitura manteve as cobranças, com vencimento para o fim desse mês. A alegação do executivo municipal foi que tal medida era uma correção de lançamentos de obras de reforma ou ampliação nos imóveis da cidade.
Fonte: Terceira Via

Criptomoedas: investimento de alto risco

Especialistas aconselham cautela e falam sobre os riscos de injetar dinheiro sob promessa de lucros impraticáveis

POR GIRLANE RODRIGUES
Criptomoedas (Foto: Ilustrativa)

A prisão do empresário e investidor Gladson Acacio dos Santos, da empresa GAS, lançou dúvidas e preocupação sobre o boom do mercado de investimentos que não para de crescer no mundo nos últimos anos. A comercialização de criptomoedas — entre elas o Bitcoin — virou febre, principalmente sob a promessa de ganhos exorbitantes. No entanto, o que parecia ser algo seguro e promissor despencou quando a Polícia Federal fechou a empresa, sob a acusação de promover pirâmide financeira, um esquema que movimenta bilhões de reais e enriquecia alguns. Especialistas em investimentos em Campos não recomendam este tipo de transação por não ser regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Gladson Acácio dos Santos

Apesar de a prática de troca de moedas virtuais não ser ilegal, ela não é regulamentada no Brasil e torna-se um investimento de risco agressivo, diferente de aplicações mais seguras em rendas fixa ou variável, que levam em conta a oscilação da taxa de juros e as condições de mercado nacionais e internacionais. A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via conversou com Antônio Carlos Chebabe Neto, gestor de uma empresa de consultoria financeira em Campos.

Segundo Chebabe, que também é engenheiro de produção, criptomoedas são moedas negociáveis no mundo inteiro, em ambiente diferente do convencional. “É como se o investidor estivesse indexando seu capital em alguma moeda, como Dólar, Euro, Bitcoin, Litio, Hemetério, entre outras. Porém, este tipo de transação com criptomoedas não é regulamentada pela CVM, uma autarquia do Governo Federal que fiscaliza e normatiza o mercado financeiro com intuito de proteger o investidor pessoa física no Brasil. Esta falta de regulamentação faz com que a compra e venda aconteça com corretoras fora do Brasil”, explica.
Antonio Carlos Chebabe Neto (Foto: Carlos Grevi)

A procura por investimento em criptomoedas está cada vez maior, devido à valorização delas. Mas isso também significa risco ao consumidor. “Este tipo de investimento é de alta volatilidade e parece ser de ganho fácil, o que atrai um perfil agressivo para investir. Este tipo de investimento não gera dividendos e rendas baseadas nos juros, mas na compra e venda do mercado. Aqui no nosso escritório, por exemplo, não trabalhamos com este tipo de investimento”, pontua.

Grupo de campistas afirma receber lucros de 10%

Em Campos, estima-se que um grupo de aproximadamente mil pessoas investiu na G.A.S. O Jornal Terceira Via conversou com um autônomo de 35 anos que aplicou cerca de R$ 20 mil na empresa que comercializaria criptomoedas e diz que está recebendo o lucro de 10% ao mês. “Conheço pessoas que venderam propriedades para investir e outras que fizeram aporte de toda uma herança milionária recebida da família. No início da operação da Polícia Federal bateu uma certa insegurança e medo de perder o dinheiro que apliquei, mas, depois, passei a me sentir coberto porque a empresa está dialogando conosco e garantindo que a legalidade do negócio será provada na Justiça. O que sei é que todos nós estamos recebendo o prometido”, disse o autônomo, que preferiu não se identificar.

A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via tentou visitar o escritório da G.A.S., em Campos, que funciona em um prédio comercial nas proximidades da avenida Pelinca, mas foi informada por funcionários da recepção do prédio que a sala comercial não tem tido movimentação de funcionários há algumas semanas. O cliente do escritório ouvido na reportagem disse que o atendimento é feito por hora marcada e sob um rigoroso processo de filtragem do público que busca investir.

No dia 29 de agosto, um grupo de aproximadamente 60 campistas fez uma carreata no Centro de Campos pedindo a liberdade do empresário Gladson Acacio dos Santos. O mesmo aconteceu dias antes em Cabo Frio, cidade da Região dos Lagos, onde a sede da empresa foi fechada pela Polícia Federal.

Orientação, alerta e segurança

Chebabe destaca que a busca pelo investimento ideal deve ser personalizada para cada tipo de cliente, levando em conta o perfil dele, como propensão a risco, necessidade de curto, médio ou longo prazos. “Ultimamente vemos movimento de empresas que estão negociando, aparentemente, criptomoedas, mas garantem um lucro mensal que é muito além do que o mercado pratica, o que é caracterizado de pirâmide financeira, onde o que se pratica são atitudes e contratos que não são investimentos financeiros, mas instrumentos considerados fraudes”, pontua.

Quem investe deseja, além de retorno financeiro, segurança, apesar daqueles que assumem riscos e fazem apostas mais ousadas no mercado. Chebabe acrescenta que há opção para todos os públicos. Ele fez uma análise do perfil do brasileiro e concluiu que há uma grande migração para certos tipos de investimentos: “No Brasil ainda temos um trilhão de reais em poupança, um perfil mais tradicional de investimento que, apesar de seguro, oferece juros baixos. Ultimamente, vemos uma migração para aplicações em renda fixa, como CDB, LCA, LCI de bancos médios e pequenos, regulados pela CVM e com segurança e rentabilidade melhores que a poupança. Há também investimentos no Tesouro Nacional, que também é bem seguro e gera uma rentabilidade maior que a poupança”, diz.

O gestor identifica também uma procura grande por investimentos mais agressivos, como ações, fundos multimercados, e até as criptomoedas. “Mas os investimentos em criptomoedas não parecem ser convencionais porque o lucro oferecido é muito fora do padrão. A taxa Selic, por exemplo, que é referência no Brasil, rende 5,25% ao ano, valor bem diferente do lucro mensal de 10% ao mês, o que daria 120% ao ano, como a gente ouviu falar na oferta das empresas que atuam com criptomoedas”.

Regulamentação

A regulamentação das transações com criptomoedas depende de decisão do Banco Central, da CVM e de órgãos federais. “O Banco Central teria que aceitar e reconhecer estas moedas como moedas de negociação. Alguns países adotaram o Bitcoin, por exemplo, mas o processo não é simples porque a transação com este tipo de moeda depende de novas tecnologias, o que não é fácil para operar em larga escala”, concluiu Chebabe.
Outro entrave para a regulamentação é que a instituição que normatizaria este tipo de investimento deveria fazer programas e movimentos de educação financeira. “Isso é para que o investidor saiba exatamente o que está fazendo, onde está alocando, qual o risco, para que ele não pense apenas no retorno fácil e passe a entender os riscos que está correndo”, explicou.

Chebabe acredita que a regulamentação das criptomoedas no Brasil seja um passo importante em ambiente fiscalizado por órgãos competentes e controlado para negociação com objetivo de manter a proteção do investidor.

Por enquanto, ele defende outros tipos de investimentos e garante aos seus clientes assistência e dedicação para oferecer as melhores opções de mercado, sempre de acordo com o perfil individual. “Em um futuro próximo, vejo a popularização de investimentos. Há cinco anos, havia 500 mil investidores no Brasil em bolsas. Hoje este número está quatro vezes maior e é devido à queda de juros, que resulta em alternativas mais rentáveis.”

Ao ser perguntado sobre o lado negativo do investimento regulamentado no Brasil, Chebabe foi enfático: “A única negatividade é o investidor não saber o que está fazendo, não conhecer os riscos e deixar de procurar orientação adequada. Sugiro sempre uma assessoria profissional e regulada”, finaliza.
Advogado Robson Barreto

Casos na Justiça
O advogado especialista em Direito Bancário, Robson Barreto, chegou a ser procurado pela GAS para representar a empresa em Campos há cerca de 10 anos. Na época, ele desconfiou das facilidades oferecidas e se recusou. Hoje, após o escândalo da pirâmide financeira, ele é procurado por clientes da GAS que buscam orientação jurídica para resolver o problema.

“Há muito tempo estava observando este mercado e orientando as pessoas a deixaram este tipo de investimento por se assemelhar a uma pirâmide. Conheço pessoas que investiram quase um milhão de reais. Minha recomendação é que, sim, recorram à Justiça. Em 24 horas, o Fórum de Cabo Frio recebeu 20 novos processos deste caso. Nas ações, são solicitadas penhora de recursos”, disse.

Barreto estima que em Campos pelo menos mil pessoas investiram dinheiro na GAS ao longo de quase 10 anos. “Existe negociação legítima com criptomoedas, mas todos os riscos são considerados. Diferente deste caso da GAS, em que se oferecia 10% de juros ao mês, independente de qualquer instabilidade do mercado”, esclareceu.

O que são criptomoedas?
Uma criptomoeda ou cibermoeda é um meio de troca, podendo ser centralizado ou descentralizado, que utiliza criptografias para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda. O Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada, foi criado em 2009 por um usuário que se identifica como Satoshi Nakamoto.

Ao contrário de sistemas bancários centralizados, grande parte das criptomoedas usa um sistema de controle descentralizado com base na tecnologia de blockchain, que é um tipo de livro-registro. O sistema não requer uma autoridade central. A segurança, integridade e balanço dos registros de um sistema de criptomoeda são mantidos por uma comunidade de mineradores, que são pessoas da sociedade que utilizam seus computadores para ajudar a validar e temporizar transações.

A segurança dos registros de uma criptomoeda baseia-se na suposição de que a maioria dos mineradores mantém o arquivo de modo honesto, sob um incentivo financeiro.
Protesto em Campos | Clientes da G.A.S. Consultoria fizeram carreata para manifestar apoio a Glaidson Acácio dos Santos

Operação Kryptos

O empresário Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, dono da GAS Consultoria Bitcoin, foi preso no dia 25 de agosto de 2021 durante a Operação Kryptos, realizada pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Glaidson estava em uma mansão em um condomínio de luxo às margens da Lagoa de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A Justiça autorizou a prisão preventiva de Glaidson e outros seis envolvidos no suposto esquema. Também foram expedidos mandados de prisão temporária para duas pessoas suspeitas de participarem da pirâmide.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o grupo prometia lucros incompatíveis com o mercado financeiro por meio do investimento em bitcoins, as moedas virtuais. Semana passada, uma decisão judicial determinou o bloqueio de R$ 38 bilhões da empresa.

Nota da G.A.S.
A G.A.S. CONSULTORIA ressalta que possui o total domínio operacional para atuar no mercado, o know-how de quase uma década é comprovado na honra da empresa perante os pagamentos pontuais de seus investidores. É de grande valia mencionar que a empresa se compromete desde sempre a continuar realizando todos os pagamentos em dia sem uma violação das cláusulas estabelecidas em contrato.
Fonte: Terceira Via

sábado, 18 de setembro de 2021

RIOCAP: Compre seu título até às 17 horas de hoje e boa sorte!



Decreto regulamenta prorrogação de contratos do Proinfra

Reprodução

Condições do novo preço de energia para a prorrogação dos contratos.

O presidente Jair Bolsonaro editou decreto para regulamentar prazos, competências e condições para a prorrogação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfra). Esta prorrogação, válida por 20 anos, está prevista na lei de desestatização da Eletrobras, sancionada em julho. A norma foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira (17).

O decreto estabelece que o gerador contratado no âmbito do Proinfa que tenha interesse em prorrogar o contrato de compra e venda de energia deverá apresentar requerimento à Eletrobras até 11 de outubro deste ano. Caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a aferição dos benefícios tarifários até o dia de 11 de novembro. Pela norma, a apuração dos benefícios tarifários deverá considerar a redução dos custos totais para os consumidores em relação a não prorrogação dos contratos.

O decreto também define condições do novo preço de energia para a prorrogação dos contratos, o fim dos descontos na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e alteração do índice de reajustes dos contratos, que passará de Índice Geral de Preços Mercado (IGPM) para Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Fonte: Agência Brasil

Homem preso com arma em São Francisco de Itabapoana RJ

Policiais militares da 3ª Cia de São Francisco de Itabapoana, após chegar informações que elementos estariam negociando arma de fogo na mata de 04 bocas, região rural do município, por volta das 13.40 horas desta sexta feira, 17, e esses estavam num Gol branco (bola) E um focus Sedan Prata. Foi montado um cerco e conseguimos localizar o elemento de iniciais L.C.G, 40 anos, no interior de uma oficina, elemento este que estava no veículo Gol cor branca placa LBR-6466 e com o mesmo a referida arma um revolver cal 22, marca Rossi, capacidade para 07 munições, sendo assim conduzindo para 134ªDP, onde o mesmo foi autuado no artigo 14 da lei 10826/03 sendo arbitrário fianca de 01 salário-mínimo permanecendo o elemento na carceragem da 134ª DP em perfeito estado físico e mental. 

OBS. O cerco fora montado por um S.TEN PM, onde policiais contaram com o apoio de Patamo 3 e D/18 Barra de Itabapoana.
Fonte PM