sexta-feira, 26 de julho de 2024

Morre no Rio de Janeiro a carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos

Ela teve títulos de campeã no carnaval carioca pela Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Vila Isabel e Império Serrano

Rosa Magalhães (Reprodução Blogspot)

Rosa Magalhães, carnavalesca com mais títulos no Sambódromo do Rio de Janeiro, morreu na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos. Ela foi vítima de um infarto. Campeã absoluta da avenida, Rosa colecionou sete títulos ao longo de mais de 50 anos de Carnaval.

A carnavalesca começou a carreira como assistente, em 1970, no Salgueiro. No ano seguinte, a escola foi campeã. Em 1982, Rosa se tornou campeã pela primeira vez como carnavalesca, no Império Serrano. Ao lado de Lícia Lacerda, venceu com “Bum bum paticumbum prugurundum”.

Em 1987, também ao lado de Lícia Lacerda, sacudiu a Sapucaí com “Ti-ti-ti do sapoti”, levando a Estácio ao quarto lugar.

Cinco anos depois, com a morte de Viriato Ferreira, Rosa passou a assinar sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense. A carnavalesca fez história na escola, conquistando cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001).

O último título foi em 2013, na Unidos de Vila Isabel. Em 2023, Rosa foi carnavalesca no Paraíso do Tuiuti, conquistando o oitavo lugar.

Além do Carnaval, Rosa venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.

Já em 2016, a carnavalesca foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio. A festa teve Martinho da Vila cantando “Carinhoso” e muito samba.

Para Fábio Fabato, jornalista e amigo da carnavalesca, Rosa merece estar no mesmo altar de artistas como Tarsila do Amaral e Candido Portinari.

“Rosa foi a maior fazedora da maior das festas populares do planeta. Só isso já bastaria para ser considerada uma das grandes artistas brasileiras de todos os tempos. Uma capacidade única de descobrir histórias e contar para as pessoas a partir de uma linguagem inventada pelo Brasil: o desfile das escolas de samba.”
Rosa também trabalhou como cenógrafa de várias novelas e séries da TV Globo.

Começo no Carnaval
Artista plástica, com três graduações — pintura, cenografia e indumentária —e ex-professora da Escola de Belas Artes da UFRJ, Rosa entrou para o mundo do samba em 1970, levada pelas mãos do então professor Fernando Pamplona para o Salgueiro.

Ela se formou nessa “academia”, junto com Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Maria Augusta e Lícia Lacerda. Na época, Laíla era o diretor de harmonia.

“Naquela época mulher não ia à quadra da escola de samba. A gente trabalhava no quintal da casa de um diretor salgueirense, em Botafogo. Lá a gente fazia alegorias e fantasias. E fazia a montagem final dos carros no Pavilhão de São Cristóvão”, disse Rosa em entrevista ao g1 em 2020.
E foi com este primeiro trabalho, como uma das assistentes de Pamplona, que Rosa conquistou seu primeiro título, no Carnaval de 1971. Foi quando o Salgueiro começou a fazer um Carnaval diferente, exaltando a cultura negra, com o enredo “Festa para um rei negro”.

“Era tudo novo, a gente fazia um trabalho muito legal. Ganhar é muito bom. E o primeiro título a gente nunca esquece. E o último, também não”, afirmou.

Em 1982, quando assinou seu primeiro Carnaval com a amiga Lícia Lacerda, no Império Serrano, Rosa conta que brigou muito. Mas conseguiu se impor e conquistou seu primeiro campeonato como carnavalesca.

“Foi uma luta. O Pamplona deu a ideia do enredo, e nós desenvolvemos. Mas mudamos um monte de coisa, a começar pelo nome. De ‘Praça 11, Candelária e Sapucaí’, para ‘Bum bum paticumbum prugurundum’. Briguei muito, o trabalho levou um mês para ser aceito”, lembrou.

A dupla Rosa-Lícia ainda fez um dos mais memoráveis carnavais da Estácio de Sá, o “Ti-ti-ti do sapoti”, em 1987. Quando Lícia se mudou para os Estados Unidos, Rosa seguiu sozinha e fez mais dois enredos para a Estácio.

Sequência de títulos
A época de ouro da carnavalesca aconteceu entre 1994 e 2001, quando conquistou nada menos do que cinco dos oito campeonatos da Imperatriz Leopoldinense.

Fonte: G1

Abertura das Olimpíadas de Paris 2024 acontece nesta sexta no Rio Sena

Cerimônia em formato único é realizada em um dos cartões postais da França

Rio Sena, em Paris (Reprodução)
A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 será realizada nesta sexta-feira (26), às 14h (horário de Brasília). A edição desse ano dos Jogos promete inovar no evento inicial que será realizado pela primeira vez em um local aberto .

O local escolhido para abrigar a celebração é o Rio Sena, um dos principais cartões postais da França. Os atletas das 205 delegações vão desfilar em 85 barcos ao longo do rio e, segundo o comitê organizador, a ideia é transformar o evento em um espetáculo único, integrando a cidade com o espírito olímpico.

O desfile vai começar às 14h30 (horário de Brasília) na ponte Austerlitz e vai percorrer 6km, passando por pontos turísticos da cidade até chegar no Trocadero, onde acontecerão os shows de encerramento e a parte final da cerimônia.

O evento também contará com mais de 80 telões espalhados ao longo do percurso para que os fãs possam prestigiar.

Onde assistir

Data: 26/07/2024
Horário: 14h (horário de Brasília)
Local: Rio Sena, Paris (FRA)
Onde assistir: Globo, ge, sportv e Globoplay

Porta-bandeiras

O canoísta Isaquias Queiroz e a capitã da seleção feminina de rugby de sete Raquel Kochhann serão o casal de porta-bandeiras do Time Brasil. Os dois foram anunciados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) na última segunda-feira (22).

Campeão em Tóquio 2020 no C1 1000m, Isaquias é dono ainda de duas pratas e um bronze na Rio 2016. Em Paris, vai disputar o C1 1000m e o C2 500m e pode ser tornar o maior medalhista olímpico brasileiro caso chegue à soma de seis medalhas em três Olimpíadas, ultrapassando as cinco dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.

Para Raquel, a superação dos desafios vai muito além do que ela enfrenta em quadra. A capitã das Yaras descobriu um câncer de mama há pouco mais de dois anos, depois de já ter duas participações em Jogos Olímpicos, na Rio 2016 e em Tóquio 2020. Retirou-se do esporte, fez a cirurgia de mastectomia para retirada da mama e do tumor, passou por um longo tratamento oncológico. Sobreviveu e decidiu voltar ao rugby em busca de sua terceira Olimpíada.

Fonte: GE

Prefeitura de Campos notifica Águas do Paraíba e solicita laudos de potabilidade da água

Wladimir destaca necessidade de dados precisos para garantir a segurança do abastecimento da cidade

Por Nelson Nuffer (Estagiário)
Foto: Josh

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, comunicou por redes sociais que notificou a concessionária Águas do Paraíba para a apresentação de “laudo sobre a potabilidade da água fornecida, em razão do forte cheiro que vem apresentando”, a medida ocorre diante do crescente aumento no número de reclamações quanto a qualidade da água que chega às residências no município.
Reprodução/Instagram

De acordo com Wladimir, “as informações iniciais relacionam a situação da água fornecida com a multiplicação de algas no leito do Rio Paraíba, devido ao longo período sem chuvas”.

A concessionária Águas do Paraíba, responsável pelo abstecimento em Campos informou que a água não apresenta riscos. No entanto, ainda nas redes sociais, Wladimir disse “queremos os laudos técnicos e precisos, para ter garantia que o nosso povo está em segurança e que não teremos problemas no abastecimento da cidade”.

Pesquisadores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e uma equipe do Laboratório de Ciências Ambientais, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) realizaram coletas nesta quarta-feira (24), no Rio Paraíba do Sul, para analisar a qualidade da água depois que diversos moradores do município de Campos dos Goytacazes reclamarem sobre o cheiro e o gosto da água que chega em suas residências. O prazo para que os resultados fiquem prontos é de dez dias.
Fonte:J3News

DESTAQUE SHOW 2024: HOMENAGEADA HELLEN JULIE MAYERHOFFER DA SILVA SARLO

Nasceu em 22 de junho em São Francisco de Itabapoana.
Serva do Senhor.

Assistente social, formada pela Universidade Federal Fluminense UFF. Pós graduada em Gestão de Pessoas. Professora concursada e pedagoga com especialização em serviço social na educação.

Primeira Assistente social formada no município e primeira conselheira tutelar.
Filha de Rosângela Mayerhoffer e Eli Alves, Mãe do Lucca e do Matheus. Esposa do Saulo Couto.

Experiência na área da saúde, educação e assistência social.

Atua como Assessora Técnica dos Conselhos municipais desde 2013, na Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social de SFI/RJ.


Pensamento:
"Tudo posso naquele que me fortalece".

PROGRAMAÇÃO:
Apoio:

Patrocínio:








Realização:

quinta-feira, 25 de julho de 2024

INAUGURAÇÃO NESTA SEGUNDA FEIRA DIA 29, CONVIDO VOCÊ PARA VIR PRESTIGIAR FARMAJUS DROGARIA NO CENTRO DE SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA/RJ

Pedimos aos clientes e amigos do Juscelino Drogaria, desculpas, pois não vamos funcionar no sábado(27) e no domingo(28), devido a mudança, muito obrigado pela compreensão.

Redescoberta de cobra surucucu na Mata Atlântica é celebrada por pesquisadores do RJ

Anúncio feito pelo Instituto Vital Brazil sediado em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Espécie redescoberta na Mata Atlântica do Rio de Janeiro (Reprodução)

O Instituto Vital Brazil anunciou uma descoberta científica de grande impacto para a biodiversidade brasileira, a redescoberta da espécie de surucucu, denominada Lachesis rhombeata, por meio de dados genômicos, ecológicos, morfológicos e venômica. O biólogo e pesquisador Breno Hamdan da instituição sediada em Niterói, RJ, considera a pesquisa uma contribuição significativa para a descrição da vida silvestre e conservação desses répteis peçonhentos nativos da América do Sul.

A pesquisa, que reuniu 16 especialistas de 13 instituições, foi detalhada no artigo intitulado: When a name changes everything: taxonomy and conservation of the Atlantic bushmaster (Lachesis Daudin, 1803) (Serpentes: Viperidae: Crotalinae), publicado na última segunda-feira (22) no periódico científico Systematic and Biodiversity.

O Instituto Vital Brazil é conhecido por suas contribuições para a pesquisa científica em saúde pública, biodiversidade, animais peçonhentos e seus venenos, atividades de educação ambiental e desenvolvimento de medicamentos e soro antiveneno, consolida também esforços na conservação biológica, contribuindo de forma aplicada para a preservação da biodiversidade do planeta.

O projeto faz parte de uma iniciativa do Instituto Vital Brazil para pesquisa sobre o manejo e conservação da surucucu, iniciado na década de 1980 pelo Dr. Aníbal Melgarejo, cientista do Instituto Vital Brazil. Sob a liderança do Dr. Aníbal, a equipe do Instituto Vital Brazil obteve financiamento do Ministério da Saúde para estabelecer uma instalação especializada, o Laquesário IVB, com o objetivo de reproduzir e estudar essas serpentes em cativeiro, cuja criação exige cuidado e dedicação.

“Desde minha entrada no Instituto Vital Brazil, tenho sido fascinado pelas surucucus, alinhando isso com o foco de pesquisa da instituição. A identificação de Lachesis rhombeata como uma espécie endêmica e ameaçada da Mata Atlântica é fruto de anos de intensa pesquisa e colaboração multidisciplinar. E, junto à Professora Lina Zingali da UEMP-UFRJ, especialista em venenos animais, identificamos diferenças, além de genéticas, ecológicas e morfológicas, também na composição do veneno entre as populações atlântica e amazônica, o que corroborou nossa decisão taxonômica.” , compartilhou o biólogo que coordenou o projeto de pesquisa, Breno Hamdan.

Fonte: Ascom

Acidente mata corretor de imóveis Jackson Martins Gomes

Vítima seguia para festival de moto, quando caiu em uma ribanceira

(Foto: Divulgação)

Morreu, nesta quarta-feira (24), próximo ao município mineiro de Conselheiro Lafaiete, o corretor de imóveis Jackson Martins Gomes. Ele trafegava de moto, quando passou direto em uma curva fechada, caiu em uma ribanceira e morreu no local. Segundo amigos, Jackson seguia para o Capital Moto Week, maior festival de moto e rock da América Latina, que acontece até 27 de julho, em Brasília.

Jackson deixa a esposa Rita e os filhos Carolina e Pedro. O enterro acontece nesta quinta-feira (25), às 17h na capela A do Cemitério Campo da Paz.
Fonte: J3News

Comércio de Campos espera boas vendas em alguns segmentos pelo Dia dos Avós

Data promocional tem ganhado força no calendário do setor na cidade

Foto Ilustrativa
São boas as expectativas de vendas no comércio de Campos motivadas pelo Dia das Avós, comemorado nesta sexta-feira (26). Desde que foi incorporada ao calendário do comércio, a data tem ganhado destaque. Nesta ocasião, passa a ser uma importante data promocional.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos, José Francisco Rodrigues, disse que a data “pegou” usando uma gíria para definir um contexto de modernidade.
José Francisco Rodrigues – atual presidente da CDL – Foto: Josh

“É bem assim. Antes os netos presenteavam as avós com chinelos e camisolas. Hoje tudo mudou. As avós estão jovens e querem ganhar sapatos, bolsas, maquiagens. Por conta disso tudo, a data vem ganhando cada vez mais atenção no mercado de consumo”, disse o presidente da CDL.

José Francisco Rodrigues acrescentou que ainda não há como estimar percentual comparativo de vendas em relação a outras datas mais tradicionais.

“Certamente, em um curto espaço de tempo podemos fazer isso, pois o Dia das Avós está ganhando volume e impactando a venda de alguns segmentos do nosso comércio”, concluiu.

Fonte: Ascom

Deam prende homem por estupro de vulnerável, violência doméstica e roubo em Campos

O foragido estava escondido em uma residência, localizada em área remota e de difícil acesso na zona rural

Por Nelson Nuffer (Estagiário)
Foto: Reprodução

Um homem foragido da justiça foi preso por policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) na quarta-feria (24), na localidade do Imbé, em Campos. De acordo com a polícia, haviam três mandados diferentes contra ele, um pela Comarca de São Fidélis por crime de violência doméstica contra mulher, outro pelo 1º Juizado Especial Criminal de Campos por crime de estupro de vulnerável e o último, um mandado condenatório expedido pela VEP, por roubo, pelo qual foi sentenciado a 35 anos de prisão.

Segundo informações da polícia, o foragido estava escondido em uma residência, localizada em área remota e de difícil acesso na zona rural de Campos.

O homem foi encaminhado ao sistema prisional e ficará à disposição da Justiça para responder por seus crimes.
Fonte:J3News

Pesquisador da Uenf analisa a situação crítica do Canal Campos-Macaé na área urbana

Vinicius Lima é doutor em Geografia pela UFF, além de professor de pós-doutorado da Uenf: "é preciso esforço mútuo para recuperação"

Por Ocinei Trindade
Limpeza do canal Campos-Macaé, na área urbana campista (Fotos: Silvana Rust)

o J3News destaca esta semana a reportagem “Inércia do Estado atrapalha obras no Canal Campos-Macaé” (Leia Aqui). O prefeito Wladimir Garotinho chegou a afirmar que o projeto “Limpa Rio” do Governo Estadual acontece de forma “equivocada e descoordenada”, com risco de parte da Avenida José Alves de Azevedo ceder e haver desabamento para dentro do canal. O pesquisador Vinicius Lima considera ser necessário um esforço mútuo entre universidades, Poder Público e sociedade civil para recuperar o Canal Campos-Macaé. Ele é doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense, além de pesquisador de pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Estadual do Norte Fluminense.

Apesar de inutilizado ou mal aproveitado em Campos, o Canal Campos-Macaé necessita de manutenção e limpeza. Recentemente, um afundamento de solo foi flagrado próximo à Avenida José Alves de Azevedo. Como o senhor analisa a manutenção e a situação atual do canal na zona urbana da cidade?

O Canal Campos-Macaé (ou Macaé-Campos) é um dos mais importantes cursos hídricos que perpassam pelo município de Campos dos Goytacazes, tendo sua adução no Rio Paraíba do Sul e foz no Rio Macaé. É um erro pensar que ele não cumpre funções ambientais, encarando-o como destino do esgoto. A despeito do uso do canal em Campos, qual seja, despejo de efluentes, devida atenção deve ser dada a sua gestão e manutenção, uma vez que famílias dele dependem ao longo do seu curso.

O problema da manutenção, bem como da gestão do canal Campos-Macaé, associa-se à ausência (ou quase isso) de verbas destinadas a este fim. Recentemente, cedi uma entrevista para o J3News na qual expus a interconectividade entre as entidades hidrogeomorfológicas, não apenas de Campos, mas da região Norte Fluminense. Com o canal Campos-Macaé não é diferente. Ele conecta canais, rios e lagoas ao longo dos seus aproximados 100km de extensão.

O canal encontra-se muito degradado no perímetro urbano da cidade de Campos. Muito embora um rio/canal possa se “recuperar” ao longo do seu curso, ações de combate à poluição e degradação ambiental no âmbito da escala do município são necessárias para quem deseja a boa qualidade das águas e os benefícios a ela associados.
Vinicius Lima é geógrafo e pesquisador de pós-doutorado
do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Uenf (Divulgação)

Há décadas, o canal virou Beira-Valão, devido ao esgoto e galerias pluviais serem despejados no local. Como observa a questão da poluição e abandono?

Na Geografia e na Ecologia, diz-se que os ecossistemas possuem forma e função em relações indissociáveis. Do ponto de vista da forma, o canal Campos-Macaé não sofreu grandes alterações ao longo da sua história. Não podemos dizer o mesmo quanto à função. Inicialmente construído com o fim de escoamento de mercadorias e navegação, ele logo ficou obsoleto com a chegada da ferrovia, que possibilitava maior celeridade, reduzindo o tempo entre os lugares. Bom, até o governo Collor o canal era gerido pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento. Com a extinção do DNOS, a responsabilidade passou para o órgão ambiental estadual. Existe aí um problema, uma vez que estas instituições não possuem verba e nem mesmo pessoal para lidar, não apenas com o canal Campos-Macaé, mas para toda a rede de mais de 1.200 km de canais artificiais construídos na Baixada dos Goytacá (Baixada Campista).

Essa realidade faz com que o canal sofra distintas intervenções antrópicas por parte dos pecuaristas, dos quais o canal perpassa pela propriedade. Mas o principal problema se dá na relação Homem/Meio Ambiente na cidade de Campos, onde a falta de medidas estruturantes, a exemplo da educação ambiental para sensibilização da população, mantém uma conjuntura na qual os governantes não se sentem pressionados a lidar com o verdadeiro problema, qual seja, a função que o canal cumpre hoje: destino de efluentes de toda natureza.

Há trechos do Canal Campos-Macaé em melhor estado, como em Quissamã, onde há locais navegáveis. Há trechos completamente secos em Campos. Por que isso ocorre?

Para responder essa pergunta, é necessário que coloquemos o debate no escopo da Geomorfologia Fluvial. A despeito do canal Campos-Macaé ser uma entidade artificial, ele é antes um rio. Um rio artificial, mas um rio. Todo rio possui a sua bacia de drenagem. Uma bacia de drenagem pode conter um ou mais rios. No caso da bacia do canal Campos-Macaé, ao longo deste curso hídrico, ele é abastecido com as águas do Canal Cacomanga, do Rio Ururaí, Lagoa Feia, Rio Macabu e demais lagoas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PARNA-Jurubatiba).

As águas do Rio Ururaí fluem, principalmente, de duas outras bacias de drenagem, quais sejam: bacia do Imbé e bacia do Rio Urubu. Essas águas são cristalinas, visto que suas nascentes se encontram na Serra do Mar. Fato que também podemos dizer do Rio Macabu. O mesmo raciocínio deve ser feito para as lagoas de Jurubatiba, uma vez que se trata de uma unidade de conservação e proteção integral. É pela combinação desses fatores que o canal Campos-Macaé se torna navegável em alguns trechos, até chegar em Macaé, onde novamente apresenta estado de degradação.
Sujeira no canal e local próximo a afundamento na Avenida José Alves de Azevedo

Como geógrafo, comente as condições de preservação desse patrimônio histórico.

Enquanto geógrafo, penso que para lidar com o canal Campos-Macaé é necessário um esforço mútuo entre Universidades, Poder Público e Sociedade Civil. Não consigo imaginar o planejamento e o ordenamento territorial-ambiental alheio a este diálogo. São necessárias ações de saneamento e tratamento total de efluentes, além de medidas estruturais, como a limpeza e dragagem regular do canal. Além disso, são necessárias medidas estruturantes com o fim de informar e sensibilizar a população sobre os serviços ecossistêmicos que o canal proporciona.

Em geral, os carnais artificiais de Campos sofrem dos mesmos problemas que Campos-Macaé? Qual o futuro deles se não houver limpeza e manutenção? Qual a importância dos canais para a região em 2024?

Sim, você está correto. Os problemas do canal Campos-Macaé não são diferentes dos problemas do canal Coqueiros, por exemplo. Há, contudo, outros canais que não drenam grandes áreas urbanas, como o canal São Bento e o canal Quitingute, ou mesmo o canal Cataia e o canal Eng. Antônio Resende. Esses canais se encontram em melhores estados de conservação em detrimento do canal Campos-Macaé. Isso não significa, entretanto, que eles também não necessitem de obras de macrodrenagem. Afinal de contas, eles foram construídos para aumentar o potencial de drenagem da Baixada Campista, mitigando os efeitos das grandes inundações e ampliando áreas para o uso agropecuário.
Trecho urbano do Canal Campos-Macaé

Durante o meu doutorado, realizei uma entrevista junto ao INEA e pude concluir que não há verba para que obras de macrodrenagem sejam realizadas em Campos. A última grande obra do INEA foi em 2011, no “PAC de recuperação do sistema de drenagem da Baixada Campista”. Desde então nada muito grande foi realizado. Caso os canais da nossa região sigam sem a adequada manutenção periódica e, frente às mudanças climáticas em curso, podemos esperar cenários extremos como a ocorrência de inundações excepcionais com maior frequência.

Além disso, podemos esperar conflitos no campo entre pecuaristas e pescadores e assentados. E esses são apenas alguns dos problemas decorrentes caso não haja manutenção periódica do sistema de canais artificiais da Baixada dos Goytacá ou Baixada Campista.
Fonte: J3News

Governo do Estado RJ autoriza Faetec a contratar 664 professores; salários de até R$ 4,3 mil

O governo do Estado do Rio de Janeiro autorizou a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) a contratar até 664 professores temporários, para os anos letivos de 2024 e 2025. Os salários são de até R$ 4,3 mil. A publicação saiu no Diário Oficial desta quarta-feira (24).

São 28 vagas para professor de ensino superior, com carga horária de 40 horas semanais e salário de R$ 4.309,92; 346 vagas para professor Faetec I, de 40h e remuneração de R$ 3.591,60; 201 vagas para professor Faetec I, de 20h a R$ 1.795,80; 28 vagas para professor orientador educacional, de 40h a R$ 3.591,60; 29 vagas para professor supervisor educacional, de 40h a R$ R$ 3.591,60; e 32 vagas de instrutor para disciplinas profissionalizantes, de 40h a R$ 2.565,46.

A Faetec deverá reservar no mínimo 5% das vagas a portadores de deficiência, 20% a negros e indígenas e 10% a candidatos com hipossuficiência econômica.

Os contratados terão direito a licença-maternidade e paternidade; férias, inclusive proporcionais; e 13º salário.
A carga horária semanal será dividida da seguinte forma:

I – para Professor de Ensino Superior FAETEC 40 horas semanais, será de 20 (vinte) horas aulas em efetiva regência de turma e 20 (vinte) horas destinadas ao planejamento e à complementação pedagógica;
II – para Professor FAETEC I 40 horas semanais, será de 24 (vinte e quatro) horas aulas em efetiva regência de turma e 16 (dezesseis) horas destinadas ao planejamento e à complementação pedagógica;
III – para Professor FAETEC I 20 horas semanais, será de 12 (doze) horas aulas em efetiva regência de turma e 08 (oito) horas destinadas ao planejamento e à complementação pedagógica;
IV – para Professor Orientador Educacional 40 horas semanais, será de 24 (vinte e quatro) horas em efetiva orientação e supervisão e 16 (dezesseis) horas destinadas ao planejamento e à complementação pedagógica;
V- para Professor Supervisor Educacional 40 horas semanais, será de 24 (vinte e quatro) horas em efetiva supervisão e 16 (dezesseis) horas destinadas ao planejamento e à complementação pedagógica; e
VI – para Instrutor para Disciplinas Profissionalizantes I 40 horas semanais, será de 24 (vinte e quatro) horas aulas ministrando prática profissional, nas oficinas e/ou laboratórios e 16 (dezesseis) horas destinadas ao planejamento e à complementação pedagógica.

Confira no link a publicação na primeira página do Diário Oficial com todas as informações sobre a contração:

https://www.ioerj.com.br/portal/modules/conteudoonline/mostra_edicao.php?session=VDFSWmVsRlVXWHBOYW1kMFVWUnJNazFUTURCU2EwMHlURlJzUlZKcVRYUk5hbVJGVDFST1JVNXJXa2RPYWxKR1RWUmplVTFVWjNsT2VrMHdUa0U5UFE9PQ==

Com informações Tempo Real/ acréscimo de informações Redação Tribuna NF