segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Lixo descartado de forma indevida tem causado alagamentos em Campos

Descarte irregular tem dificultado escoamento da água da chuva; Defesa Civil e Vital fazem alerta e pedem consciência à população

POR GIRLANE RODRIGUES


O período de chuvas fortes revelou, em Campos, um problema antigo e que tem provocado outros. Descartar lixo nas ruas tem contribuído, segundo autoridades, para entupimento de bueiros, valas e canais que deveriam dar rápida vazão às águas pluviais. No entanto, o excesso de entulho espalhado pela cidade é arrastado pela força da água, provocando estragos. Foi o que alertou o secretário de Defesa Civil de Campos, coronel Alcemir Pascoutto. O órgão identificou que as volumosas chuvas das últimas semanas — que se aproximaram de 100 milímetros em poucas horas — têm demorado de quatro a oito horas para escoar com destino à Lagoa Feia e ao oceano. O período de chuvas costuma se estender até o mês de março.

Pascoutto conceitua que o relevo predominante em Campos é a planície. “Por isso, todas as valas e canais têm papel importante na nossa infraestrutura. O acúmulo de lixo está tão intenso que tem dificultado o escoamento da água da chuva, porque esse material é arrastado para os bueiros e depois para as galerias pluviais, para as valas e os canais que foram construídos com essa finalidade também. Os canais desembocam, por fim, em pequenos lagos, na Lagoa Feia e toda essa água vai para o oceano. Este é o curso natural da água da chuva em Campos, que está comprometido por causa do lixo descartado irregularmente pela população”, esclareceu Pascoutto.

De acordo com o secretário, Campos possui vários Pontos de Entrega Voluntária de Entulhos (Peves) e, apesar disso, a população insiste em jogar restos de obras, móveis, pneus, colchões e outros entulhos em terrenos baldios ou simplesmente deixam em frente às casas. “E é exatamente este lixo que é levado pela água da chuva e provoca entupimentos, dificultando a vazão da água. Para tentar resolver este problema, a Defesa Civil está promovendo limpeza das valas. Estamos atuando em várias frentes, como nos bairros Rio Branco, Santa Clara, Custodópolis, Chatuba, Novo Jóquei, Tapera, Tarcísio Miranda, Parque Imperial, entre outros”, acrescentou o secretário.

Outro problema identificado em Campos pela Defesa Civil é o furto dos tampões de ferro que cobrem galerias. “Por ali entra o lixo levado pelo vento e também pela água da chuva, provocando novos estragos. O esgoto, que também é lançado de forma irregular nas galerias pluviais, provoca a proliferação de vegetais, o que torna o escoamento da água ainda mais lento. Precisamos debater, discutir e buscar soluções. Fazemos trabalho de conscientização nas comunidades e utilizamos as redes sociais para informar os problemas e conversar com os moradores”, finalizou Pascoutto.

Alerta, conscientização e cidadania

Para minimizar esses impactos, a população deve dispensar o lixo doméstico próximo ao horário de passagem do caminhão de coleta, conforme alerta o engenheiro sanitarista e ambiental Paulo Henrique Pereira de Souza. Além disso, deve fazer a entrega de entulhos nos entulhódromos. A empresa Vital mantém equipes espalhadas pela cidade para promover limpeza de bueiros e operação de limpeza nos bairros, como roçada, capina, varrição, raspagem das sarjetas e recolhimento do material gerado.


“Ao todo, temos 100 setores que ficam nos principais corredores da cidade, sendo 73 na margem direita, 22 na esquerda e cinco setores noturnos na margem direita, sendo executados em frequências diárias, alternadas e bissemanais. Esta área é o quadrilátero que compreende a Rua dos Goitacazes, a Avenida Alberto Torres e a Avenida 28 de Março até o cruzamento com a Avenida Alberto Torres, no Parque Leopoldina. São locais de grande circulação de pessoas em que a todo momento são gerados pequenos lixos. Antes, essa área ficava restrita e agora será ampliada em 50%”, Paulo Henrique.

Equipe Padrão

A cada quatro meses, os bairros de Campos recebem a equipe da limpeza padrão para roçar o mato, capinar, raspar a sarjeta, além de varrer as ruas dos bairros. Em seguida, outra equipe recolhe o material gerado e outros entulhos encontrados pelos bairros. O engenheiro Paulo Henrique explica a divisão dos trabalhos:

“A margem direita da cidade, que é a área central, recebe duas equipes que ficam circulando e, a cada 100 dias, em média, retornam. Desta forma também acontece na margem esquerda, que compreende bairros como Aeroporto e Canaã. Já a região da Baixada Campista espera em média 160 dias para receber os serviços públicos, assim como no interior, em distritos e localidades como Morro do Coco, Lagoa de Cima, Ibitioca”, disse.

A empresa também é responsável pela administração e ampliação dos entulhódromos de Campos, Aterro de Resíduos de Construção Civil, Aterro Sanitário, transbordo, autoclave, entre outras atividades da cidade.
Fonte>Terceira Via

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Acidente de carro, mata pescador de Gargaú em São Francisco de Itabapoana

O acidente com carro que se desgovernou aconteceu nesta noite de domingo, 27, por volta de 23 horas na RJ 196 que ligas as praias de Santa Clara a Gargaú em São Francisco de Itabapoana. 

Um homem conhecido por Maurício Emorgenio Pereira era pescador e morava em Gargaú morreu e uma idosa ficou ferida, o acidente aconteceu em frente ao Parque de Energia Eólica de Gargaú.

A idosa identificada pelas iniciais C.M.P, 79 anos, foi socorrida pelo Resgate Municipal para o Hospital Ferreira Machado.

Ele perdeu o controle da direção de um Citroen C4 de cor prata. Em seguida o veículo capotou e o motorista foi arremessado para fora do carro. A idosa sofreu um trauma com escoriações no ombro esquerdo.

domingo, 27 de novembro de 2022

Homem é morto a tiros enquanto pilotava moto, em Guarus

CATARINE BARRETO 
Reprodução
Um homem, ainda não identificado, foi morto a tiros no início da tarde deste sábado (26), na Rua Projetada A, quase esquina com Avenida Senador José Carlos Pereira Pinto, no Parque Calabouço em Guarus. O óbito foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros.
A vítima teria sido atingida por pelos menos três tiros na região da cabeça e tórax, de acordo com a Polícia. Dois suspeitos em uma moto teriam passado atirando contra o homem, que também pilotava uma moto.

A autoria e motivação do crime são investigadas pela 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), onde o caso foi registrado. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML).
Fmanhã

Morre quarta vítima de ataques a escolas de Aracruz, no ES

Reprodução 

Morreu neste sábado (26) mais uma vítima do ataque de um adolescente de 16 anos contra duas escolas no distrito de Coqueiral, em Aracruz (ES), na manhã de ontem. A professora Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, estava internada em estado grave, atingida por disparos feitos pelo adolescente. Ela lecionava na Escola Estadual Plínio Bitti, onde o atirador arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores, provocando duas mortes na hora e deixando vários feridos.

Ao todo, quatro pessoas morreram, três professoras e uma estudante. Cinco pessoas permanecem internadas, uma mulher de 52 anos e uma de 45 anos, que estão em estado grave; uma mulher de 58 anos, que passou por cirurgia e está estável; um menino de 11 e uma menina de 14, que passaram por cirurgia e estão em estado grave.

Os corpos de duas professoras e da estudante foram velados na manhã deste sábado em Aracruz.

No Twitter, o governador Renato Casagrande lamentou mais esta morte. "infelizmente a tragédia em Aracruz ainda não chegou ao fim. Com profundo pesar confirmamos o falecimento de mais uma vítima, a professora Flávia Amboss Merçon, de apenas 38 anos. Nosso abraço solidário à família e aos amigos".

Ataque

A ação do adolescente teve início por volta das 9h30 desta sexta-feira e começou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores. Em seguida, o atirador entrou em um carro e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma instituição privada. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo outras vítimas.

O autor dos disparos foi apreendido. Segundo a Polícia, o adolescente usou duas armas de responsabilidade do pai, policial militar.

Fonte: Agência Brasil

Dia Nacional do Doador de Sangue movimenta a praça do Flamboyant

INGRID SILVA (ESTAGIÁRIA) 


Dia do Doador de Sangue (Foto: Rodrigo Silveira)


Dia do Doador de Sangue (Foto: Rodrigo Silveira)

Na manhã deste sábado (26) aconteceu a comemoração pelo Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, na praça do Flamboyant. O evento teve início às 7h30, juntando doadores e suas famílias para uma programação especial, contando com apresentação da Banda da Guarda Municipal de Campos, lanches e brinquedos para as crianças. A programação contou, ainda, com atividades, como corrida, caminhada, aula de yoga e dança, além de aferição de pressão, massagem e café da manhã para todos os doadores. A programação foi realizada pela Prefeitura de Campos, por meio da Fundação Municipal de Saúde e do Hemocentro Regional de Campos.

A diretora do hemocentro e médica hematologista, Sandra Chalhub, contou que a ideia da comemoração é fazer uma festa para o doador e a família e para fazer a comunidade se contextualizar com a importância da doação. A médica citou o caso do bombeiro baleado, que precisa de doações do sangue tipo O negativo. “Estamos buscando e colocando nas redes sociais para quem puder doar. Assim como ele, outros chegam de urgência, então, é de extrema necessidade. Precisamos dessa parceria e desse envolvimento da comunidade”, explica.
Para a auxiliar administrativa Letícia Pinheiro, de 37 anos, esse é o 13º ano como doadora. Ela se diz uma doadora apaixonada e que fica feliz quando tem evento assim, porque isso estimula a população a contribuir. “Hoje, por exemplo, eu conversei com algumas pessoas e para muita gente era a primeira vez. Então, isso acaba incentivando, principalmente a comodidade de estar perto de casa. E eu fico muito feliz sempre que tem esses eventos, além de eu sempre participar”, ressalta.
Secretário Municipal de Saúde, Paulo Hirano / Rodrigo Silveira / Folha da Manhã

O evento contou com a presença do secretário municipal de Saúde de Campos, Paulo Hirano, que falou sobre a importância do movimento para esclarecer a todos sobre a importância da doação de sangue. “Doar sangue é um ato de amor, um ato de doar a vida ao outro, um ato de salvar vidas. Todos que entenderem isso, com certeza, em algum momento, irão doar sangue. E lembrar que, qualquer um de nós, qualquer ser, em um determinado momento, poderá precisar de sangue na urgência. Então, é fundamental que o banco de sangue esteja sempre preparado para atender a essas emergências”, explica. O secretário ressalta, ainda, que a cada doação de sangue é possível atender de três a quatro pacientes quase que de imediato.
André Victor Santos Dumont, de 17 anos, fez sua primeira doação no evento e pretende continuar. O estudante explica que sempre quis participar e que o pai também é doador. Ele ficou sabendo sobre a campanha por um amigo e conversou com a mãe, que o acompanhou, visto que, sendo menor de 18 anos, apenas é possível acompanhado pelo responsável. “Quando eu cheguei deu aquele medo, só que quando chegou lá, o atendimento dos médicos, dos enfermeiros, foi importante demais e me passou uma calmaria muito grande. Quando chegou a hora, me acalmaram, me deram bastante tranquilidade, o processo me fez confiar neles e acho que isso é o mais importante. E quando chegou a hora de doar, foi só ficar calmo e ter a consciência de que você está salvando vidas”, disse.
Como doar — O hemocentro funciona anexo ao Hospital Ferreira Machado (HFM) e atende à demanda de 25 unidades hospitalares da região, funcionando diariamente, inclusive finais de semana e feriados, das 7h às 18h. Para doar, é preciso ter idade entre 16 e 69 anos, ter boas condições de saúde, peso superior a 50 kg, apresentar documento de identidade com foto, não estar em jejum e não ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas três horas. Menores de 18 anos devem comparecer com o responsável legal. O intervalo entre uma doação e outra é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres.
Bombeiro baleado — O bombeiro militar Ralf Gonçalves Crespo, de 47 anos, foi baleado na madrugada deste sábado (26), na Pelinca, enquanto tentava evitar um furto. Familiares e amigos seguem pedindo ajuda nas redes sociais para quem for do tipo sanguíneo O negativo.
Fonte:Fmanhã

Campos tem fim de semana chuvoso com pontos de alagamento

CHANNA VIEIRA 


O fim de semana foi chuvoso em Campos, que amanheceu neste domingo (27) com pontos de alagamento já conhecidos da população. Na Rocha Leão e no Fundão o volume da água da chuva era grande e dificultava a passagem de motoristas por esses locais, principalmente veículos de passeio. Na noite desse sábado (26), em sua rede social, o prefeito Wladimir Garotinho (sem partido) fez um alerta sobre a previsão de fortes chuvas para o município nesta semana, com acumulado de água chegando a 153.1 mm.
"Previsão de muita chuva para toda semana na cidade de Campos, com acúmulo mais forte na terça e na quarta. Em caso de emergência contate a Defesa Civil", escreveu Wladimir.



O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou aviso, iniciando neste domingo e com previsão de término nesta segunda, às 10h, para alerta de chuva no Estado do Rio entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h), tendo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
A orientação da Defesa Civil é para que a população evite enfrentar o mau tempo, observando alteração nas encostas. Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia. Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos. Para emergência, entre em contato com o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193. A Defesa Civil de Campos também se mantém atenta, podendo ser acionada pelas redes sociais @defesa_civil_campos_ e pelo telefone (22) 98175-2512.
Fotos: Rodrigo Silveira

Neste sábado, 26, por volta das 18 horas a informação chegou ao plantão da 3ª Cia de São Francisco de Itabapoana para que o patrulhamento fosse até a Estrada de Pingo D'Água, para acompanhar o possível homicídio doloso de uma jovem de nome Laysa Santos de Souza, 18 anos. 

Por determinação da 3ª CIA a guarnição procedeu ao local para verificar informação do corpo na margem de uma estrada na mata da Benta, após Patrulhamento juntamente com o PATAMO III, foi localizado o corpo de uma mulher de cor negra, de bruços, com perfurações aparentando ser de PAF(tiro) no rosto, no tórax, no braço direito e na parte de trás da cabeça, em seguida foram feitas diligências nas localidades de Pingo D'Agua, Praça Imaculada, comunidade dos Ossos e Bom Jardim no intuito de colhermos informações da vítima e possível autoria, não obtendo êxito quanto a autoria. Segundo informações de populares, a vítima é oriunda de Campos dos Goytacazes, estava morando na localidade de Bom Jardim há pouco tempo, trabalhava num bar conhecido como “Bar da Regina” e tinha ligações com o tráfico na comunidade, o local é de atuação de uma facção criminosa,  Esteve no local o perito e o corpo foi removido pela guarnição do CBMERJ, em seguida fato registrado na 147 D.P.
Redação/PM

Anna Nery e Anita Garibaldi revitalizando a Bacia de Campos

POR COLUNA DO BALBI



Finalmente saiu do estaleiro BrasFELS, rumo à Bacia de Campos, o FPSO Anna Nery, para se unir à plataforma estratégica da Petrobras Anita Garibaldi, integrando o maior programa de revitalização da indústria do petróleo do mundo. O FPSO Anna Nery chegou ao estaleiro BrasFELS no início de outubro de 2022 e passou pelo comissionamento final da planta de processo, testes de aceitação e inspeções regulatórias. Logo após zarpar do estaleiro, o Anna Nery passou por testes exigidos pela Marinha do Brasil na área de ancoragem e foi conectado aos rebocadores oceânicos que o estão conduzindo até a locação final na Bacia de Campos.
Plataforma semi-submersível P-20

Bacia de Campos já é responsável por 75% do petróleo produzido no país
A Bacia de Campos é responsável por quase 75% de todo petróleo já extraído em ambiente offshore no Brasil. Sua revitalização integra o maior programa do gênero para ativos maduros da indústria offshore global. Com isso, a Petrobras espera agregar mais valor aos campos de Marlim e Voador. Anita Garibaldi e Anna Nery com capacidade de produzir, juntos, até 150 mil barris por dia (bpd), vão aumentar, e muito, a produção, o que significa mais royalties para os estados e municípios produtores. Tudo isso para o início de 2023.


Emanuel Ramos, ex-motoboy que virou estrela das passarelas no mundo, faz visita rápida a Campos

Emanuel Ramos, modelo campista que ganhou as passarelas do mundo, com epicentro em Milão, na Itália, capital da moda no planeta, esteve há alguns dias em Campos, sua terra natal, onde chegou a trabalhar como motoboy. A visita foi típica de médico, pois sua agenda está centrada no momento em São Paulo, com vários e vários compromissos. Um craque, orgulho de Campos.

Projeto Cultural conta a história de um dos maiores flautistas brasileiros


Gustavo Polycarpo, compositor e poeta, revisita em projeto cultural a obra do seu conterrâneo fidelense Pattapio Silva, flautista virtuoso falecido no início do século XX, que, juntamente com Joaquim Callado, é considerado um dos precursores do chorinho. O projeto tem a chancela da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro. Serão quatro episódios disponibilizados em no canal do Youtube a partir no dia 22 de dezembro. www.youtube.com//@projetopattapiopolycarpo.

Arquiteto e professor em Campos vai fazer exposição em Goiana

O arquiteto Ronaldo de Souza Araújo, que reside em Campos há 15 anos, vai realizar em dezembro exposição em sua terra natal, Goiana (PE). Com doutorado em planejamento urbanístico em Barcelona, na Espanha, ele tem um trabalho com influência no movimento cubista intitulado “Crianças In Defesa”. A exposição intitulada “Sujeito no Tempo” vai mostrar um pouco disso.



Pureza vai ganhar museu do Açúcar e da MPB com grande teatro

O bucólico distrito de Pureza, em São Fidélis, vai ganhar no ano que vem um museu da Música Popular Brasileira e da Cana de Açúcar. Além disso, o complexo terá um teatro para 400 pessoas. O projeto é do Instituto Renan & Lídia Abreu e do Instituto Cultural Cravo Albin. A iniciativa é do empresário Renato Abreu.


Campos perdeu em uma semana dois grandes entusiastas da cultura

Campos perdeu, na semana passada, dois vultos que tinham ligação extrema com a cultura: Rockfeller Felisberto de Lima e o empresário Gérson Pereira. Rock foi prefeito de Campos por dois mandatos e construiu o Palácio da Cultura. Já Gérson criou o Clube do Chorinho de Campos, que se apresentava semanalmente no Hotel Flávio, que dias antes ardeu em chamas em um incêndio.

Prédio no Centro de Campos na mira do uma grande loja de departamentos

O prédio pertencente à família Waked, na Rua João Pessoa, esquina com 13 de Maio, onde funcionou a agência do Banco do Brasil para pessoas jurídicas, é hoje o espaço de desejo do mercado imobiliário no Centro. Uma grande loja de departamentos já teria começado as chamadas tratativas.


Campista na Copa integra o Movimento Verde-Amarelo, a maior torcida organizada do Brasil no Qatar

Está dando o que falar a presença do campista Raphael Bissonho na Copa do Qatar. Na estreia da seleção, com a vitória de 2 a 0 sobre a Sérvia, o torcedor bombou na arquibancada. Ele faz parte do Movimento Verde-Amarelo de nível nacional que levou outros brasileiros à copa mais diferenciada de todos os tempos. Eles se animaram e animaram a torcida e não se contiveram com os gols, assim como todos os brasileiros, mesmo que do lado de cá do planeta e na frente das telas. O fanático pela Seleção desde a Copa de 94, ano do Tetracampeonato ao Brasil, Raphael viralizou ao aparecer vibrando na tela da Rede Globo, ao dar entrevista para a ESPN, vazar no canal do YouTube do Casimiro – que faz história ao transmitir a Copa pela primeira vez pela internet, e com autorização da Fifa. Raphael também bombou ao comemorar com Fred do “Canal Desimpedidos”, a festa da vitória. O torcedor ficou em localização privilegiada, bem perto da rede que sacudiu duas vezes no segundo tempo. E tudo isto é só o começo para ele, que vai passar cerca de 15 dias no Qatar, realizando seu maior sonho de assistir de perto a uma Copa do Mundo.

Liras musicais centenárias são tema de pesquisas e publicação

Em Campos, a musicista e doutora em Políticas Sociais, Karina Gomes, estuda e divulga o gênero

POR OCINEI TRINDADE
Bandas Civis | Campos tem diversas formações musicais com mais de 100 anos; tradição é mantida por músicos de todas as idades

A pianista e pesquisadora Karina Barra Gomes vive para a música. Educadora artística por formação, ela se tornou mestra e doutora em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Em 2019, defendeu a tese “Eu sou da Lira, não posso negar: Trajetórias de vida, memórias e políticas culturais nas Bandas Civis Centenárias de Campos dos Goytacazes (RJ)”. A obra acadêmica ganhou o formato de livro com lançamento previsto para o início de 2023. Karina desenvolve projetos de extensão na rede pública de ensino. Para ela, crianças, adolescentes e adultos precisam (re)descobrir a importância das liras musicais para a promoção da arte e da cultura locais.

Desde sua formação em Piano e Educação Artística pela UniRio, Karina Gomes começou a pesquisar sobre as matrizes musicais e as matrizes culturais da Música Popular Brasileira. Na Biblioteca Nacional, Biblioteca do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e no Arquivo Público Municipal de Campos encontrou jornais e recortes que abordam as bandas civis do Brasil, especialmente, no acervo do musicólogo Mozart de Araújo.
Karina Gomes

“Ao me deparar com um rico material jornalístico, me interessei pelo tema ao identificar que a música brasileira possui, por meio desses grupos centenários, uma das suas mais pujantes matrizes culturais. Ao voltar o meu olhar sobre a cidade de Campos, averiguei a vivacidade da Sociedade Musical Operários Campistas, uma banda centenária cuja sede fica no centro urbano. Em 2002 e 2003 ela se encontrava em plena atividade, ainda como uma imponente escola de música, colaborando para a formação musical de diversas crianças, jovens e adultos. A partir desta banda, fluiu, posteriormente, o mestrado em Políticas Sociais, quando foi possível estudar sobre patrimônio cultural e políticas culturais, realizando um estudo comparativo entre esta banda e a Sociedade Musical Euterpe Sebastianense, outra lira centenária, na Baixada Campista”, explica Karina.


Nos últimos anos, Karina Gomes vem se dedicando a recolher fatos históricos de bandas de Campos dos Goytacazes. Destacam-se a Sociedade Musical Lira de Apolo (1870); Associação Musical Lira Guarany (1893); Sociedade Musical Lira Conspiradora (1882); Sociedade Musical Euterpe Sebastianense (1903), Lira Santo Amaro e Lira São José (ambas do início do século XX). “Não tenho notícias recentes da Banda Nossa Senhora da Penha, em Tócos, nem da Sociedade Musical Nossa Senhora das Dores, no distrito de Dores de Macabu e da Sociedade Musical Operários Campistas (1892), no centro da cidade”, cita.


Para a pesquisadora da Uenf, cada banda musical possui uma história, e cada história que envolve seus músicos é uma riqueza para a memória cultural da cidade.


“Por serem centenárias, duas delas (Lira de Apolo e Lira Conspiradora) participaram da campanha abolicionista e anti-escravagista, em fins do século XIX, ao tocarem nos teatros e participarem do movimento. Músicos de grande envergadura passaram por elas, por serem estas um espaço de formação musical, por excelência. Tiveram escravos e ex-escravos em suas formações, sempre trabalhadores da classe popular; estes foram os primeiros músicos do Brasil. Com suas particularidades, elas são e sempre foram, em sua essência, escolas de música gratuitas de portas abertas à comunidade. Portanto, nossos verdadeiros conservatórios de música do interior que, entre a tradição e a modernidade, representam uma das mais importantes resistências culturais no país. Agregam valores permanentes, fundidos na identidade e na memória social e coletiva de seus integrantes e de cada um, em particular”, comenta.

Livros e ensino musical

Karina Gomes é autora de diversos artigos científicos sobre suas pesquisas musicais. Ela destaca sua participação na Jornada Interdisciplinar de Expressões Culturais, de 2021, numa parceria entre o Grupo de Estudos e Práticas Musicais da Uenf e o Instituto Federal Fluminense (IFF). Escreveu sobre o trompetista Marcelo Reis e sua tradicional família de talentosos músicos campistas, incluindo Heraldo Reis, Waldir Reis e Luís Reis. “Recebi um convite para publicar minha tese de 2019 em forma de livro já em 2023. Ainda neste ano sairão dois capítulos no e-book da Jornada de Expressões Culturais sobre a família Reis”.


Como professora da rede municipal, Karina Gomes desenvolve projetos em parceria com a Uenf e Escola Municipal Pequeno Jornaleiro, para promover a prática musical.

“Preciso incentivar meus alunos, levando para sala de aula músicas que eles não conhecem, exatamente para ampliar seu repertório, além de enfatizar como as bandas civis contribuíram, ao longo dos anos, para levar muitos músicos a uma carreira profissional de sucesso. A prática do canto coral também contribui para a inclusão social e afetiva. As práticas culturais das nossas liras reiteram e reforçam a longevidade de uma cultura de identidade comunitária que acolhe a geração, o lugar, a cooperação, a solidariedade e a educação musical como esteios na construção da memória social e coletiva”, conclui.
Fonte:Terceira Via

Casa de Cultura Villa Maria passa por melhorias de R$ 1,5 milhão

Prédio histórico passa por obras de manutenção e prevenção; será aberto em fevereiro de 2023

POR ALOYSIO BALBI
Prédio histórico de Campos dos Goytacazes pertence à Uenf e já foi sede da Prefeitura Municipal

A Casa de Cultura Villa Maria, administrada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que está em fase final de obras de manutenção e prevenção, deverá ser reaberta ao público em fevereiro de 2023. As melhorias — sob a responsabilidade do arquiteto Yves Bittencourt — têm previsão de serem concluídas em janeiro.


Elas consistem basicamente na manutenção, prevenção e, em alguns casos, na restauração, como, por exemplo, as escadarias em forma de ípsilon (Y) que permitem dois acessos ao segundo andar do prédio — um pela direita e outro pela esquerda.

Toda parte elétrica do palacete está sendo trocada, assim como os forros do teto que eram de PVC e passarão a ser de gessos. Parte do telhado também foi trocado. Tudo isso sem comprometer um único centímetro do projeto original.
Manutenção e prevenção | Prédio tombado pelo Inepac e pelo Coppam passa por intervenções, com previsão de fim de obras em janeiro de 2023

“Uma obra necessária, porque já temos muitos exemplos de imóveis de grande valor histórico sendo abalados por não ter um trabalho de manutenção. Existem casos clássicos como o do Museu Nacional, no Rio, que foi atingido por um incêndio provocado por problemas na rede elétrica interna”, disse o arquiteto.

As obras não implicaram em nenhuma alteração no perfil original da arquitetura do palacete. Porém, é um trabalho minucioso que pode ser ilustrado pelo fato de todos os condutores de qualquer tipo de fio estarem sendo substituídos.

Os chamados Jardins da Villa Maria receberam tratamento especial, já que são um dos espaços mais utilizados em eventos de cultura, como apresentações musicais.

Obras custaram R$ 1,5 milhão

Segundo o reitor da Uenf, Raul Palacio, as obras têm o custo de R$ 1,5 milhão. “Existiam muitos problemas. O que pretendemos é manter um espaço para a cultura, como uma sala de cinema no térreo, um ambiente para mostras de artes diversas e literárias, assim como outras, além de sala multimídia, o que significa dizer que todo o segmento de internet foi substituído. A Casa de Cultura pertence ao povo de Campos e a cultura merece um espaço seguro e bem cuidado”, disse o reitor.

Villa Maria já foi sede da Prefeitura

O prédio — tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (inepac) e pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam) — foi, durante quase um par de décadas, sede do Executivo Municipal, antes de se transformar em um dos mais importantes espaços culturais de Campos.


Sinhazinha Queiroz, dama de posses e pertences, tinha no Villa Maria sua residência. Fez constar no seu testamento a vontade de que o palacete fosse doado para a primeira universidade que se instalasse no município, o que era um sonho distante.

No início dos anos de 1970 o imponente palacete foi invadido por vândalos, que levaram o que podiam: pedaços de cristais de lustres, veludo das cortinas e tudo que tinha valor de mercado, não levando em conta os valores históricos.

O arquiteto Raul Linhares, eleito prefeito de Campos, em meados dos mesmos anos de 1970, decidiu recuperar o prédio. O Villa Maria passaria, assim, a ser sede da Prefeitura, mais precisamente do gabinete do prefeito, com todas as pompas e circunstâncias.


Depois de Raul Linhares, seguiram utilizando o Villa Maria seu vice, o médico Wilson Paes, por um mandato de um ano. Em seguida, foi eleito José Carlos Vieira Barbosa e cumpriu também o seu terceiro mandato de prefeito de Campos, despachando do Villa Maria, que ainda abrigava a Procuradoria do Município, Secretaria de Governo e Assessoria de Imprensa.
Yves Bittencourt | Arquiteto é responsável pelas melhorias, que não implicaram em nenhuma alteração no perfil original do palacete, um patrimônio histórico da cidade

O inquilino seguinte, Anthony Garotinho, eleito prefeito pela primeira vez, também manteve a sede do Executivo no prédio histórico. O próximo prefeito, Sérgio Mendes, assumiu em 1993 no Villa Maria, mas a sede da Prefeitura teve que deixar o local, pois a Uenf já havia sido criada e seria feita a vontade de Finazinha Queiroz. Mendes passou a ocupar uma casa alugada bem próximo, na Avenida Alberto Torres, apelidada de “Casa Rosada”, por causa da cor do prédio.

Hoje, a Casa de Cultura é histórica porque foi erguida pela aristocracia rural. A dona, Finazinha Queiroz, tinha hábitos reclusos, mas chegou a abrir o palacete para muitos saraus ao som de piano de cauda. Ao mesmo tempo, vivenciou um importante período da política municipal.
Firmou-se como espaço democrático de artes, abraçando a diversidade de cultura em todos os seus níveis. Seus amplos jardins passaram a receber pessoas que iam assistir arte plena na forma de música, de pintura e tantas outras.
Fonte:Terceira Via