Acordo firmado entre categoria e poder público foi decisivo em assembleia
POR GIRLANE RODRIGUES
José Roberto Crespo (Foto: Silvana Rust)
Chegou ao fim, na noite desta sexta-feira (30), a greve dos médicos de Campos. A partir de segunda-feira (2), o atendimento será normalizado nos ambulatórios do Hospital Geral de Guarus (HGG), Hospital São José e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os atendimentos emergenciais não foram impactados com a greve que começou no dia 7 de agosto.
A decisão foi em assembleia da categoria que aconteceu na Faculdade de Medicina de Campos (FMC) após acordo com a prefeitura. O presidente do sindicato dos médicos, José Roberto Crespo, informou que a categoria aceitou as contrapropostas apresentadas pela Prefeitura de Campos e criou um compromisso com o prefeito Rafael Diniz, e com o secretário de saúde, Abdu Neme, para que os problemas que surjam na saúde sejam resolvidos o quanto antes.
“A prefeitura vai pagar em novembro, 50% da gratificação e os ambulatórios terão produtividades a partir de agora. Mas vamos continuar na luta por melhores condições de trabalho e insumos. O que foi definido é que as questões mais importantes serão resolvidas e o Cremerj fará nova vistoria na saúde, nos próximos dias, para acompanhar esse caso”, explicou Crespo.
Além disso, Crespo disse reconhecer que a falta de insumos e de infraestrutura não são resolvidos imediatamente. No entanto, o acordo entre as partes contemplou que o poder público faça as licitações necessárias. O município nos informou que eles já conseguiram adquirir materiais de algumas empresas. Sabemos que falta muita coisa, mas eles estão correndo contra o tempo, pois o compromisso é nos dar condições de trabalho”, frisou.
Segundo Crespo, as faltas registradas durante a greve serão abonadas, desde que o médico reponha os dias faltados, atendendo aos pacientes que já estavam agendados.
Ponto biométrico – José Roberto também explicou o que ficou acordado em relação ao ponto eletrônico que está sendo instalado nas unidades de saúde. “Vai haver uma unificação entre o quantitativo de pessoas atendidas e o tempo da permanência do médico em cada unidade. Isso foi proposto por nós porque temos o compromisso de atender bem a população de forma regular e sistêmica. O médico vai ao posto, formaliza sua presença e comprova sua produtividade”, falou.
Apesar do fim da greve, uma audiência de conciliação está agendada para o dia 12 de setembro de 2019 na 2ª Vara Cível de Campos. “Nossa intenção é mostrar para a justiça as condições da saúde pública de Campos, a realidade do sistema público de saúde da nossa cidade que está falido. A estrutura está deteriorada e ainda é preciso um olhar diferente na saúde. O poder público não pode deixar de investir, pois salvar uma vida não tem preço”, concluiu.
Campos tem 1.300 médicos atuando no sistema público de saúde.
POR GIRLANE RODRIGUES
José Roberto Crespo (Foto: Silvana Rust)
Chegou ao fim, na noite desta sexta-feira (30), a greve dos médicos de Campos. A partir de segunda-feira (2), o atendimento será normalizado nos ambulatórios do Hospital Geral de Guarus (HGG), Hospital São José e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os atendimentos emergenciais não foram impactados com a greve que começou no dia 7 de agosto.
A decisão foi em assembleia da categoria que aconteceu na Faculdade de Medicina de Campos (FMC) após acordo com a prefeitura. O presidente do sindicato dos médicos, José Roberto Crespo, informou que a categoria aceitou as contrapropostas apresentadas pela Prefeitura de Campos e criou um compromisso com o prefeito Rafael Diniz, e com o secretário de saúde, Abdu Neme, para que os problemas que surjam na saúde sejam resolvidos o quanto antes.
“A prefeitura vai pagar em novembro, 50% da gratificação e os ambulatórios terão produtividades a partir de agora. Mas vamos continuar na luta por melhores condições de trabalho e insumos. O que foi definido é que as questões mais importantes serão resolvidas e o Cremerj fará nova vistoria na saúde, nos próximos dias, para acompanhar esse caso”, explicou Crespo.
Além disso, Crespo disse reconhecer que a falta de insumos e de infraestrutura não são resolvidos imediatamente. No entanto, o acordo entre as partes contemplou que o poder público faça as licitações necessárias. O município nos informou que eles já conseguiram adquirir materiais de algumas empresas. Sabemos que falta muita coisa, mas eles estão correndo contra o tempo, pois o compromisso é nos dar condições de trabalho”, frisou.
Segundo Crespo, as faltas registradas durante a greve serão abonadas, desde que o médico reponha os dias faltados, atendendo aos pacientes que já estavam agendados.
Ponto biométrico – José Roberto também explicou o que ficou acordado em relação ao ponto eletrônico que está sendo instalado nas unidades de saúde. “Vai haver uma unificação entre o quantitativo de pessoas atendidas e o tempo da permanência do médico em cada unidade. Isso foi proposto por nós porque temos o compromisso de atender bem a população de forma regular e sistêmica. O médico vai ao posto, formaliza sua presença e comprova sua produtividade”, falou.
Apesar do fim da greve, uma audiência de conciliação está agendada para o dia 12 de setembro de 2019 na 2ª Vara Cível de Campos. “Nossa intenção é mostrar para a justiça as condições da saúde pública de Campos, a realidade do sistema público de saúde da nossa cidade que está falido. A estrutura está deteriorada e ainda é preciso um olhar diferente na saúde. O poder público não pode deixar de investir, pois salvar uma vida não tem preço”, concluiu.
Campos tem 1.300 médicos atuando no sistema público de saúde.
Fonte:Terceira Via
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