Com o intuito de contribuir com propostas locais de desenvolvimento integrado, a Firjan Norte Fluminense elaborou um estudo que aponta os principais gargalos e as respectivas soluções para promover a economia dos municípios da região. E a primeira entrega aconteceu nesta quarta-feira (08/09) em São João da Barra, onde o presidente da Firjan NF, Francisco Roberto de Siqueira, entregou o documento nas mãos da prefeita Carla Machado.
“Este caderno é fruto de intensas reuniões em nossa sede regional, nas quais discutimos os problemas e as soluções para promover o desenvolvimento de forma integrada. Com o apoio do corpo técnico da Federação e dos empresários que compõem o nosso conselho regional, listamos oito grandes temas e nos colocamos à disposição das prefeituras para contribuirmos com o que for necessário”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira, que esteve acompanhado do conselheiro da Firjan, Wanderson Primo, que também é gerente de Relacionado do Porto, e da coordenadora da Firjan NF, Patrícia Daldegan.
Simbolicamente, a primeira entrega do caderno “Agendas regionais com os municípios: Norte Fluminense 2021-2024” aconteceu no município-sede do Porto do Açu, uma das maiores apostas de desenvolvimento integrado não só da região, como de todo o estado do Rio. A prefeita Carla Machado, ao lado do secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Alexandre Magno Estefan da Motta, e do subsecretário da mesma pasta, Marcelino Godinho Cerqueira de Souza, recebeu o documento no início da tarde desta terça-feira na sede da prefeitura de São João da Barra.
“Sabemos da importância da Firjan para o desenvolvimento regional e agradecemos a entrega desse estudo. São muitas indústrias que estão por vir, e sabemos da necessidade de preparar a cidade em questões como saneamento, mobilidade e tantas outras”, disse a prefeita.
Propostas integradas
O caderno foi dividido em oito grandes temas: ordenamento urbano; planejamento regional; saneamento ambiental; logística e mobilidade urbana; infraestrutura de energia e gás natural; educação; ambiente de negócios; e gestão pública. Entre as propostas voltadas para São João estão a construção de novos acessos ao distrito industrial, além de articulações junto aos governos Federal e Estadual para a duplicação da BR-101, além da construção da RJ-244 (Açu-Campos) e da malha ferroviária entre o Porto do Açu ao de Macaé e ao resto do país.
Ao todo são 31 propostas, como a adequação da infraestrutura dos distritos industriais e o controle do crescimento residencial; fortalecimento do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento; elaboração ou implantação do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos; realização de barramento do rio Paraíba do Sul, bem como a construção de reservatórios e cisternas para aumentar o volume de água destinada ao uso industrial; reavaliação do projeto do complexo logístico Farol-Barra do Furado; a ampliação da capacidade de passageiros e cargas dos aeroportos de Campos e Macaé; entre outros.
O caderno será entregue também aos prefeitos de Campos, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana. O Norte Fluminense é a sexta maior região do estado, representando 5,6% da população estadual total. O PIB regional foi de R$ 60,3 bilhões em 2018, correspondendo a 7,9% do valor estadual, sendo a quarta maior economia do estado. A Indústria foi responsável pela maior parte desse valor, com R$ 26,4 bilhões, seguido pelo setor de Serviços com R$ 21,2 bilhões da produção regional. Entre os municípios, Campos é a maior economia da região, concentrando 53,6% do PIB regional.
Com relação ao desenvolvimento socioeconômico, segundo o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), todos os nove municípios da região Norte registraram desenvolvimento moderado em 2016. Apesar disso, a nota média da região (0,6788) foi inferior à média do estado (0,6939), com grau moderado de desenvolvimento em 2016. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), em 2019 o Norte Fluminense possuía 15,2 mil estabelecimentos, que geravam 243,1 mil empregos formais – é a quinta maior região do estado em número de empresas e empregados formais.
Caderno também no Noroeste Fluminense
No Noroeste Fluminense, o caderno foi entregue de forma virtual aos prefeitos das 13 cidades que compõem a região. As propostas também foram divididas em oito grandes eixos – os mesmos do caderno do Norte Fluminense. Entre elas estão a implantação de um posto do Inea com autonomia para agilizar o licenciamento ambiental; implantação de internet na rede pública de ensino; implantação da rede de distribuição de gás na região; estabilidade e aumento no fornecimento de energia; apoio à reativação do aeroporto de Itaperuna e construção do Contorno na BR-356; entre outras propostas, num total de 16 pleitos.
O Noroeste tem um PIB de R$ 7,7 bilhões, segundo dados de 2018. O setor de Serviços foi responsável por R$ 3,3 bilhões, e a Administração pública, por R$ 2,5 bilhões da produção regional. A Indústria, por sua vez, foi responsável por R$ 856 milhões. Entre os municípios, Itaperuna é a maior economia, concentrando 36,2% do PIB regional. Em 2019, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a região possuía 7,1 mil estabelecimentos, que geravam, aproximadamente, 55,5 mil empregos formais.
Felipe Sáles
Assessor de Imprensa
Gerência de Imprensa e Conteúdo (GIM)
Firjan Norte e Noroeste Fluminense
(22) 99870-0358
www.firjan.com.br
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