Cerca de duas mil pessoas se concentraram no Pelourinho que fica no Calçadão em ato pacífico
POR OCINEI TRINDADE
Manifestantes se reuniram no Calçadão de Campos (Fotos. Carlos Grevi)
A cidade de Campos dos Goytacazes foi palco de mais uma manifestação em favor da educação nacional no fim da tarde desta quinta-feira (30). O Pelourinho, instalado no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, foi o ponto de encontro de estudantes, professores e servidores públicos, entre outros ativistas. Eles ocuparam o espaço para discursarem, exibirem cartazes e criticarem o governo federal pelos cortes e contingenciamentos na área da educação. Segundo a Polícia Militar, cerca de duas mil pessoas participaram do encontro.
Fotos. Carlos Grevi
Várias instituições da cidade foram representadas na manifestação. Um grupo de alunos e professores do Instituto Federal Fluminense fez uma marcha desde a sede da escola até o Centro. Levaram faixas, cartazes e palavras de ordem. Depois da caminhada, se uniram a outros manifestantes da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, instituições públicas de ensino superior da cidade. O reitor da Uenf, Luis Passoni, participou do protesto.
Estudantes do IFF se juntaram aos da UFF e UENF (Foto. Carlos Grevi)
“Acho fundamental ocupar as ruas. É preciso dizer verdades e desfazer mentiras. Disseram que se a Dilma saísse o país ia melhorar; que mudar os direitos trabalhistas a economia mudaria, e isto não aconteceu. Querem tirar da educação com cortes de investimentos quando é preciso fazer muito pela educação do país, desde o ensino fundamental até à universidade. Precisamos formar pessoas com pensamento crítico. Acho que até demorou a reação, mas o movimento deve aumentar”, disse.
A primeira pessoa a discursar no Calçadão foi a professora da Uenf, Luciane Silva. “Os direitos trabalhistas estão ameaçados a cada dia. Defendo uma greve geral. Esses jovens são o futuro do país”, comentou. O estudante de Administração Pública, Gilberto Gomes, também se manifestou na rua. “Acho que é um dia histórico para Campos, para o estado do Rio e para o país. É para defender a educação em todo o país”, disse. Nos cartazes e faixas, o presidente Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foram bastante criticados.
Letícia Amaral, de 19 anos, estudante de Geografia na UFF protestou com cartaz
A estudante da UFF de Geografia, Letícia Amaral, de 19 anos destacou em um cartaz sobre a crise na educação. “Acho importante a gente vir para rua se manifestar. Isto também é fazer política. Não dá para ficar inerte com o que está acontecendo no país. A educação precisa ser valorizada e cortar verbas não é a melhor decisão”, considera. Outra estudante da UFF que também se manifestou foi Maria Luiza Gomes, moradora de São Francisco de Itabapoana.
“Levo quatro horas na estrada para poder estudar entre ida e volta de São Francisco-Campos. Isto quando o ônibus não dá defeito. É um esforço de muitos de nós que queremos estudar e ter uma profissão e um futuro melhor. Defendo o ensino público e gratuito”, destacou.
Estudante da Uenf, Gilberto Gomes, defendeu a educação em discurso na rua
Durante toda a manifestação, a Polícia Militar esteve presente garantindo a segurança do evento. Não houve registros de incidentes, mas quem precisou passar pelo Calçadão foi necessário paciência por conta do espaço tomado pelos manifestantes. As entradas de bancos e alguns comércios foram parcialmente ocupadas.
Nota do MEC
No início da tarde, a assessoria de comunicação do Ministério da Educação publicou uma nota advertindo alunos, professores e servidores por participações em manifestações públicas. A nota diz:
“O Ministério da Educação (MEC) esclarece que nenhuma instituição de ensino pública tem prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações. Com isso, professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. Caso a população identifique a promoção de eventos desse cunho, basta fazer a denúncia pela ouvidoria do MEC por meio do sistema e-Ouv. Vale ressaltar que os servidores públicos têm a obrigatoriedade de cumprir a carga horária de trabalho, conforme os regimes jurídicos federais e estaduais e podem ter o ponto cortado em caso de falta injustificada. Ou seja, os servidores não podem deixar de desempenhar suas atividades nas instituições de ensino para participarem desses movimentos. Cabe destacar também que a saída de estudantes, menores de idade, no período letivo precisa de permissão prévia de pais e/ou responsáveis e que estes devem estar de acordo com a atividade a ser realizada fora do ambiente escolar”.
POR OCINEI TRINDADE
Manifestantes se reuniram no Calçadão de Campos (Fotos. Carlos Grevi)
A cidade de Campos dos Goytacazes foi palco de mais uma manifestação em favor da educação nacional no fim da tarde desta quinta-feira (30). O Pelourinho, instalado no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, foi o ponto de encontro de estudantes, professores e servidores públicos, entre outros ativistas. Eles ocuparam o espaço para discursarem, exibirem cartazes e criticarem o governo federal pelos cortes e contingenciamentos na área da educação. Segundo a Polícia Militar, cerca de duas mil pessoas participaram do encontro.
Fotos. Carlos Grevi
Várias instituições da cidade foram representadas na manifestação. Um grupo de alunos e professores do Instituto Federal Fluminense fez uma marcha desde a sede da escola até o Centro. Levaram faixas, cartazes e palavras de ordem. Depois da caminhada, se uniram a outros manifestantes da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, instituições públicas de ensino superior da cidade. O reitor da Uenf, Luis Passoni, participou do protesto.
Estudantes do IFF se juntaram aos da UFF e UENF (Foto. Carlos Grevi)
“Acho fundamental ocupar as ruas. É preciso dizer verdades e desfazer mentiras. Disseram que se a Dilma saísse o país ia melhorar; que mudar os direitos trabalhistas a economia mudaria, e isto não aconteceu. Querem tirar da educação com cortes de investimentos quando é preciso fazer muito pela educação do país, desde o ensino fundamental até à universidade. Precisamos formar pessoas com pensamento crítico. Acho que até demorou a reação, mas o movimento deve aumentar”, disse.
A primeira pessoa a discursar no Calçadão foi a professora da Uenf, Luciane Silva. “Os direitos trabalhistas estão ameaçados a cada dia. Defendo uma greve geral. Esses jovens são o futuro do país”, comentou. O estudante de Administração Pública, Gilberto Gomes, também se manifestou na rua. “Acho que é um dia histórico para Campos, para o estado do Rio e para o país. É para defender a educação em todo o país”, disse. Nos cartazes e faixas, o presidente Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foram bastante criticados.
Letícia Amaral, de 19 anos, estudante de Geografia na UFF protestou com cartaz
A estudante da UFF de Geografia, Letícia Amaral, de 19 anos destacou em um cartaz sobre a crise na educação. “Acho importante a gente vir para rua se manifestar. Isto também é fazer política. Não dá para ficar inerte com o que está acontecendo no país. A educação precisa ser valorizada e cortar verbas não é a melhor decisão”, considera. Outra estudante da UFF que também se manifestou foi Maria Luiza Gomes, moradora de São Francisco de Itabapoana.
“Levo quatro horas na estrada para poder estudar entre ida e volta de São Francisco-Campos. Isto quando o ônibus não dá defeito. É um esforço de muitos de nós que queremos estudar e ter uma profissão e um futuro melhor. Defendo o ensino público e gratuito”, destacou.
Estudante da Uenf, Gilberto Gomes, defendeu a educação em discurso na rua
Durante toda a manifestação, a Polícia Militar esteve presente garantindo a segurança do evento. Não houve registros de incidentes, mas quem precisou passar pelo Calçadão foi necessário paciência por conta do espaço tomado pelos manifestantes. As entradas de bancos e alguns comércios foram parcialmente ocupadas.
Nota do MEC
No início da tarde, a assessoria de comunicação do Ministério da Educação publicou uma nota advertindo alunos, professores e servidores por participações em manifestações públicas. A nota diz:
“O Ministério da Educação (MEC) esclarece que nenhuma instituição de ensino pública tem prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações. Com isso, professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. Caso a população identifique a promoção de eventos desse cunho, basta fazer a denúncia pela ouvidoria do MEC por meio do sistema e-Ouv. Vale ressaltar que os servidores públicos têm a obrigatoriedade de cumprir a carga horária de trabalho, conforme os regimes jurídicos federais e estaduais e podem ter o ponto cortado em caso de falta injustificada. Ou seja, os servidores não podem deixar de desempenhar suas atividades nas instituições de ensino para participarem desses movimentos. Cabe destacar também que a saída de estudantes, menores de idade, no período letivo precisa de permissão prévia de pais e/ou responsáveis e que estes devem estar de acordo com a atividade a ser realizada fora do ambiente escolar”.
Fonte:Terceira Via